"O Procurador Geral da República (PGR) Fernando Pinto Monteiro esteve presente esta quarta-feira na Grande Entrevista, programa da jornalista da RTP Judite de Sousa. Sem grandes revelações relativamente ao Apito Dourado, o PGR mostrou confiança: "Até Junho muitos processos do Apito Dourado estarão resolvidos, excepto alguns em que se verifiquem, por exemplo, indícios de crime financeiro. "Pinto Monteiro não confirmou que, de entre os três grandes, apenas o FC Porto terá dirigentes constituídos arguidos, remetendo-se a um "Vamos esperar até ao fim".
Questionado se haverá matéria para acusação e eventual pronúncia nos processos de investigação em que Pinto da Costa está envolvido, sublinhou desconhecer ainda se serão casos para arquivar. "Até ao Verão haverá respostas e alguma coisa vai mudar no futebol", sublinhou.Revelou que os processos relativamente aos quais Carolina Salgado depôs "estão todos em segredo de justiça", sem acrescentar, porém, se as declarações prestadas pela ex-companheira do presidente portista acrescentou algo aos factos relatados no livro "Eu, Carolina". E sobre o livro identifica-o como "apenas um dos muitos elementos probatórios"."Se o livro não existisse os processos decorriam na mesma", disse Pinto Monteiro, acrescentando que é "normal que qualquer pessoa que forneça elementos probatórios seja interrogado".
"Mulher corajosa, lutadora, com obra feita..."
O PGR aproveitou a oportunidade para elogiar a Procuradora Geral Adjunta Maria José Morgado, a quem entregou todo o Apito Dourado: "Tive a sorte de constituir uma bela equipa de investigação, mas não sei o que conseguirão provar. Tinha grandes referências da dra. Maria José Morgado, uma mulher corajosa, lutadora, com obra feita. Informa-me semanalmente sobre o andamento dos processos. Pinto Monteiro considerou o processo Apito Dourado, cujas investigações são lideradas pela procuradora adjunta Maria José Morgado, "uma matéria muito difícil, complicada e morosa", que, alegadamente, envolve favorecimento de resultados desportivos, corrupção, criminalidade económica, jogos de influências, entre outros crimes. O processo Apito Dourado, do qual foram extraídas 81 certidões antes de ser avocado pela equipa de Maria José Morgado, já deu origem a quatro acusações "duas das quais na Madeira" e, na opinião do Procurador, "há possibilidades de haver mais acusações".
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