A abertura deste espaço, tem como principal razão de ser a denúncia de todos os casos de corrupção, que se têm verificado através da viciação do "SISTEMA" que o Dr. Dias da Cunha, corajosa e persistentemente denunciou. Até aprece que querer que exista VERDADE DESPORTIVA é ... vergonha. Enfim, agora que se sabe que entre outros favores aos árbitos, para além de peças de ouro e sem falar de viagens ao Brasil, há favores sexuais que envolvem vários dirigentes e árbitros internacionais e de meia tigela, e que têm servido de suporte aos bons resultados de alguns, não nos podemos admirar que nos últimos 20 anos os campos estejam inclinados e tenham sido o FCPorto e o sr. Pinto da Costa os maiores beneficiários. A OPERAÇÃO "APITO DOURADO" não sei se será ou não bem sucedida naquilo que TODA A GENTE SABE. No entanto, teve o condão de trazer à luz do dia muitos nomes, poucas vergonhas, batota, mentira, roubo, telemóveis e, MUITA COISA MAIS que andava escondida. Está aberta a caça! Ou estava, a justiça tem destas coisas. E o que é engraçado também no meio de tudo isto, é ver o sr. Luis Filipe Vieira, anafado e literado presidente do Benfica a deitar baba e ranho sobre os telefonemas e a promiscuidade do FCPorto e Pinto da Costa, quando ele próprio andou embrulhado com telefonemas a escolher árbitros. E o Dr. João Rodrigues ... sabem todos quem é. não sabe?
Pelo menos os telefonemas existiram, esses ninguém pode provar que não existiram.
São um facto indesmentível!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

Pescado à linha ... ??

O apito dourado?
Bom ... parece que afinal, a montanha vai parir um rato.
Os arguidos do Apito Dourado não deverão _ser notificados antes de fins de? 2006. Como só depois disso é que poderão ser deduzidas as acusações, temos processo para 10 anos.
Terceiro Mundo puro e duro?
Poissssssssssss ... ou será por estar "caça grossa" (e que grossa!!!!) metida nisto até ao pescoço?OS ARGUIDOS SÓ SERÃO NOTIFICADOS EM FINS DE 2006 ???
Parece que o Tribunal de Gondomar, onde decorre o processo do Apito Dourado, só para notificar, notem bem, os arguidos do processo Apito Dourado, vai precisar de mais de um ano. Dizem que não têm pessoal e que em menos de um ano não estarão feitas as notificações de todos arguidos. Como só depois disso é que podem ser deduzidas as acusações, poderemos, de facto, concluir, para alívio de algumas destacadas figuras ... ehehehehe do "nosso futebol", que o famoso Apito Dourado se vai arrastar indefinidamente pelos tribunais.
Quando umas vezes penso que quem vai ser preso é o Juiz ... até me dá vontade nem sei de quê Noutras alturas, penso que somos um país do Terceiro Mundo e que, para deixar tudo na mesma, mais valia terem ficado quietos. Mas não.
Acho que, mesmo que nada aconteça no processo (para lá caminha a sabotagem), nada vai ser como dantes: basta olhar para o que são hoje alguns dos seus principais implicados mais mediáticos, como se comportam, como se contêm, como, enfim, meteram "a viola no saco."
Já não é pouco ... mas é MUITO POUCO para AQUILO que se SABE
Coitado do mexilhão ... já da outra vez foi preso o Guímaro "corrompido" e não encontraram o corruptor, o Francisco Silva "corrompido" e não encontraram o corruptor, o Calheiros "corrompido" e ... não encontraram o "corruptor (????) .... ehehehehe ... é muita fruta, não acham?

domingo, 18 de dezembro de 2005

Manobras?

CAROLINA SALGADO DENUNCIA MANOBRAS DE INTIMIDAÇÃO

Carolina Salgado denunciou a existência de várias manobras de intimidação, como o aparecimento de «uma onda de boatos» de antigos namorados ou amantes a falarem da sua vida privada. Mas «não pensem que com tais manobras me vão intimidar», adverte.

A ex-mulher de Pinto da Costa, garante que se trata de «um conjunto de manobras, previamente montadas, só para descredibilizar a minha imagem, no momento em que publico um livro sobre os bastidores do futebol profissional português».

Entretanto, é de referir que Carolina terá já entregue parte dos documentos que suportam as suas acusações contra Pinto da Costa, muitas delas tendo por base factos não constantes do livro «Eu, Carolina» e que terão mais interesse para a investigação criminal.

sexta-feira, 27 de maio de 2005

Ena ... TANTOS !

OS ARGUIDOS CONHECIDOS DO PROCESSO 'APITO DOURADO' . . . até, agora!!! DIRIGENTES
Pinto da Costa - Presidente do FC Porto; 1 crime de falsificação, 2 de corrupção e 2 de tráfico de influências.
Pinto de Sousa - Presidente da Comissão de Arbitragem da FPF; 2 crimes de falsificação, 1 de abuso de poder e 17 de corrupção.
Valentim Loureiro - Presidente da Liga de Clubes, da Câmara de Gondomar e administrador do Metro do Porto; 4 crimes de tráfico de influências, 19 de corrupção.
António Henriques - Vice-presidente da Comissão de Arbitragem da FPF; 2 crimes de falsificação, 4 de abuso de poder, 2 de corrupção.
José Luís Oliveira - Presidente do Gondomar SC e vice-presidente da Câmara de Gondomar; 1 crime de tráfico de influências, 33 de corrupção.
Azevedo Duarte - Vogal da Comissão de Arbitragem da FPF; 2 crimes de abuso de poder, 2 de corrupção.
Carlos Silva - Vogal da Comissão de Arbitragem da FPF; 1 crime de abuso de poder, 3 de corrupção.
Francisco Costa - Vogal da Comissão de Arbitragem da FPF; 17 crimes de corrupção.
Luís Nunes - Vogal da Comissão de Arbitragem da FPF; 16 crimes de corrupção.
Joaquim Castro Neves - Chefe do departamento de futebol do Gondomar e vereador da Câmara de Gondomar; 15 crimes de corrupção.
Paulo Torrão - Funcionário do departamento de informática da FPF; 2 crimes de falsificação.
OUTROS, CUJOS CRIMES SÃO DESCONHECIDOS
Rui Alves - Presidente do Nacional
Mário Graça - Comissão de Arbitragem da Liga
Júlio Mouco - Comissão de Arbitragem da Liga
Isabel Damasceno - Presidente da Câmara de Leiria
João Loureiro - Presidente do Boavista.
Avelino Ferreira Torres - Presidente da Câmara da Marco de Canaveses
Jorge Sousa - Ex-presidente do Marco
Reinaldo Teles - Vice-presidente do FC Porto.
José Manuel Ferreira - Dirigente do Leixões
António Candelária - Presidente do Santana
Américo Neves - Presidente do Sourense
Carlos Carvalho - Presidente do Conselho de Arbitragem da AF Porto
Simão Ribeiro - Penafiel
Fernando Melo - Penafiel
ÁRBITROS Pedro Sanhudo - 12 crimes de corrupção.
Augusto Duarte - Quatro crimes de corrupção.
Jorge Saramago - Quatro crimes de corrupção.
Jacinto Paixão - Dois crimes de corrupção.
Licínio Santos - Dois crimes de corrupção.
Manuel Valente Mendes - Dois crimes de corrupção.
Pedro Valente - Dois crimes de corrupção.
António Eustáquio - Um crime de corrupção.
José Manuel Rodrigues - Um crime de corrupção.
OUTROS, CUJOS CRIMES SÃO DESCONHECIDOS
Lucílio Baptista
Paulo Paraty
Martins dos Santos
Sérgio Ferreira
Rui Silva
Cosme Machado
José Palmeira
Marco Delgado
Rui Mendes
Nuno Borba
Luís Lameira
Sérgio Pereira
Pedro Maia
Pinto Miranda
Bernardino Silva
ÁRBITROS ASSISTENTES
Ricardo Pinto - Assistente de Pedro Sanhudo - 5 crimes de corrupção.
João Macedo - Assistente de Pedro Sanhudo - 3 crimes de corrupção.
Manuel Quadrado - Assistente de Jacinto Paixão - 2 crimes de corrupção.
José Chilrito - Assistente de Jacinto Paixão - 1 crime de corrupção.
OUTROS, CUJOS CRIMES SÃO DESCONHECIDOS
António Perdigão
Serafim Nogueira
Sérgio Lacroix
Paulo Alves
Carlos Amado
Ângelo Devesa Neto
Serafim Nogueira
OBSERVADORES (CRIMES SÃO DESCONHECIDOS)
Pinto Correia
Miguel Mendonça
Jorge França
Teresa Faria
OUTROS ARGUIDOS
António Araújo - Empresário de futebol - 5 crimes de corrupção.
Mário Reis - Treinador -crimes são desconhecidos.
Fernando Cerqueira - PS de Gondomar e apoiante de Pinto da Costa - crimes são desconhecidos.
Joaquim Camilo - Empreiteiro - crimes são desconhecidos.
Augusto Alves - Empreiteiro - crimes são desconhecidos.

Indícios do "Apito Dourado" em fase de avaliação pelo MP

O procurador Carlos Teixeira e outro magistrado do Ministério Público estão a avaliar os indícios recolhidos pela Polícia Judiciária no âmbito do Apito Dourado, de forma a estarem em condições de sanear o processo e deduzir a acusação no processo originário. Este labor tem como base o relatório final da PJ, que, sobretudo na sequência da demissão do Governo PSD-/CDS/PP, entrou numa deriva de diligências em vários pontos do país.
Nas últimas semanas, Carlos Teixeira e o magistrado que foi destacado para o apoiar estão a peneirar a ganga e, nuns casos, a extrair certidões de factos suceptíveis de sustentarem uma acusação. Esta visará o núcleo de arguidos detidos na primeira fase das operações. Entre os quais se inclui o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e da Câmara de Gondomar, Valentim Loureiro, vereadores sociais-democratas que eram dirigentes do clube local, além de outras figuras detidas na operação que levou o ex-director nacional da PJ, Adelino Salvado, a decapitar a hierarquia máxima da directoria do Porto da corporação.
Outros factos poderão originar novos inquéritos a tramitar na comarca de Gondomar e/ou em tribunais de outros pontos do país, ainda que possam estar relacionados com alegadas irregularidades praticadas no âmbito desportivo.
No processo principal e nos que este der origem, o Ministério Público não deixará de se ater à jurisprudência do Tribunal da Relação do Porto (TRP), que tem considerado a LPFP como uma entidade de utilidade pública, colocando assim os seus responsáveis e/ou colaboradores, na condição de funcionário prevista no Código Penal, tornando legítima a imputação de crimes como o tráfico de influência, peculato e corrupção.
As recentes mudanças na hierarquia máxima da procuradoria distrital do Porto implicaram alterações na intervenção dos procuradores-gerais adjuntos (PGA) colocados no TRP, a quem passaram a ser distribuídos recursos relacionados com o Apito Dourado. Acabou o monopólio que durante vários meses foi detido pelo PGA Pinto Nogueira, que era o único a intervir em nome do MP nos recursos dos arguidos do Apito Dourado.
Este magistrado cessou ainda a ligação ao procurador Carlos Teixeira, competindo esta função de mero aconselhamento a outro PGA, Lemos Costa, que em breve irá coordenar o Ministério Público na Relação de Guimarães. Esta transferência não implicará, todavia, o fim do apoio que Lemos Costa tem vindo a dar ao procurador Carlos Teixeira, dado que a Relação de Guimarães está na esfera de influência da procuradoria distrital do Porto.

quarta-feira, 25 de maio de 2005

É mesmo para rir

"Fait-divers" ... diz ele!

O árbitro internacional Paulo Paraty não deu grande ênfase ao facto de Pinto da Costa - no aniversário da Casa do FC Porto em Espinho - o "acusar" de ter estado no jantar de quinta-feira, no restaurante Sapo, em Penafiel, com o director-geral do Benfica, José Veiga, e o ex-árbitro auxiliar Devesa Neto.
"Não ligo a "fait-divers". Tenho mais com que me preocupar", refere Paulo Paraty sobre o facto de o presidente do FC Porto o ter relacionado com o já célebre jantar realizado na pretérita quinta-feira, no conhecido restaurante penafidelense.
Recorde-se que o FC Porto fez questão de tornar público este encontro, colocando a notícia no seu sítio na internet o que, de imediato, causou alguma celeuma.

terça-feira, 24 de maio de 2005

Comadres ...

«Pinto da Costa é a figura das mentiras no nosso futebol» (José Veiga)

«O nosso inimigo está identificado, anda protegido, imune e impune», afirmou Pinto da Costa na noite de ontem. José Veiga não perdeu tempo a reagir, disparou em várias direcções e frisou esta manhã: «Não sou a figura que está ligada às mentiras dos últimos 25 anos no futebol português».
Pinto da Costa lançou várias «farpas» ao velho rival de Lisboa, revelou que o seu segundo livro terá um capítulo intitulado apito encarnado , mostrando-se também surpreso com o facto de «ainda não ter surgido qualquer processo por causa das coisas que têm acontecido».
José Veiga afirma-se desiludido com as declarações do líder portista e enumera os assuntos que gostaria de ver esclarecidos: «Estava à espera doutro tipo de explicações, como os comunicados da claque no site; estava à espera que explicasse o que é que o Sr. António Garrido anda a fazer estes anos todos no clube do Sr. Nuno; estava à espera que explicasse também a relação de promiscuidade do Sr. António Araújo com o Sr. Nuno.
Gostaria de saber mais algumas coisinhas...»José Veiga: «Sei perfeitamente como ele funciona» ... ahahahahahahahahahahaha

quarta-feira, 27 de abril de 2005

Ainda há dúvidas?

O árbitro Jacinto Paixão, confirmou hoje tudo o que se tem dito aqui, sobre o seu processo no APITO DOURADO: Que é verdade as 3 meninas arranjadas pelo senhor António Araújo, que foram jantar com o Senhor Reinaldo Teles e quando perguntou quanto era, já estava tudo pago ( parece o árbitro de Viana, que foi de férias ao Brasil e quando veio quis pagar e também lhe disseram que estava tudo pago), depois foram para a borga (deve ter sido na Taverna do Infante - propriedade do Reinaldo Teles) e este depois levou-os ao Hotel, onde eram esperados pelas meninas.

terça-feira, 26 de abril de 2005

Tragicomédia indecorosa

Deve ser desmoralizador ver o nome associado ao lado mais negro, mas também mais constantemente genuíno, do nosso futebol: aquele onde se cruzam, em teia vastíssima, influências e jeitinhos, favores, recomendações e cunhas, coisas rasteiras e tão mesquinhas.
E isso daria matéria de estalo para uma série de programas cómicos na moda, daqueles que duram e duram e duram
1 - Pronta que está a recolha de material, que há-de servir de base à acusação no processo do Apito Dourado, confesso-lhes a minha mais absoluta descrença quanto às consequências penais da matéria arrolada. Para lhes ser franco, adianto-lhes até que só me chocou a natureza indecorosa de alguns factos indiciados e entretanto divulgados.
O resto, pouco releva da mesquinhez de intenções, que a «vox populi» há tanto e tanto tempo associa a certos figurões da bola.
2 - Por isso e mais do que carrear argumentos para justificar sanções penais graves a este ou àquele - máxime a privação da liberdade - o que este processo parece pronto a tornar-se é numa hilariante tragicomédia, na linha das rábulas permanentemente em cena no nosso pequeno teatro indígena.
3 - Assim, mesmo falando-se de suspeitas quanto a um ou outro resultado, não me parece que sejam razões exclusivamente futebolísticas a ditar problemas de maior seja a quem for. Esses, a acontecerem, só noutra sede, se os tribunais avançarem sobre eventuais interesses ilícitos associados ao futebol e que se traduzem em cifrões quando cruzados, por exemplo, com os que medram à sombra das autarquias.
4 - A maior parte dos implicados neste processo está lá por miudezas. O problema é que são uns 200 os membros da nossa tribo apanhados na teia. E isso é muita gente, considerando que a tribo é pequena, funciona normalmente em circuito fechado e todos somos lá primos e primas. Ou seja: não havendo nenhum futebolista no rol (e isso é de destacar!), dava para constituir umas 18 equipas, tantas quantas concorrem aos campeonatos profissionais.
E ainda sobram uns suplentes.
5 - Do mal o menos: tirando este ou aquele árbitro referido no processo (e são poucos, além de que quase irrelevantes...) a larga maioria dos envolvidos é gente que apenas circula na orla dos campos , fora portanto dos lugares de culto da nossa religião. O que pressupõe um abalo menor, para a estrutura do conjunto, se algumas destas maçãs podres foram despejadas do saco e varridas de cena.
6 - Não obstante e mesmo que ninguém vá parar com os ossos à cadeia, é um dado adquirido que, depois disto, nada ficará como dantes no futebol português. Já se defende, e eu não discordo, que o campeonato principal já está tão igualado, justamente porque o apito actualmente mais em uso é o dourado.
Outras consequências? O certo é que muita gente vai ficar sem condições morais para continuar no futebol.
7 - Pode nem ser por nenhuma razão em especial, mas deve ser desmoralizador ver o nome associado ao lado mais negro, mas também mais constantemente genuíno, do nosso futebol: aquele onde se cruzam, em teia vastíssima, influências e jeitinhos, favores, recomendações e cunhas, coisas rasteiras e tão mesquinhas.
E isso, se pouco valerá em juízo, daria sem dúvida matéria de estalo para uma série de televisão, ou para programas cómicos na moda, daqueles que duram e duram e duram.
8 - Recordam-se do capitão Roby, produzido pela SIC e que ainda anda a ser repetido? Pois troquem-no por aquele árbitro que pedia um «rebuçado » para passar a noite, destaquem a eficiência com que o pedido foi atendido e sublinhem as expectativas de que, assim adoçado, ele facilitaria uma vitória, para se avaliar do alcance cénico da coisa.
9 - Também há o lado dramático, de ameaçarem ruir algumas pedras basilares em que assentava o sistema. Inclusive, figuras que anos e anos nomeámos como soluções únicas e infalíveis para todos os males da bola e que, afinal, parecem não tão infalíveis como isso. Às vezes só por não saberem dizer que não, ou não serem capazes de resistir à cunha, ao pedido e ao jeitinho.
10 - Mas a haver série televisiva, que daqui vivamente recomendo, não se esqueçam porém de que o grande final, apesar de se tratar de coisas da bola, não pode ser com penaltis, ou golos mais ou menos encomendados. Só pode ser a chegada a um certo quadro de certo hotel, das duas medidas de café e de leite, que determinado personagem encomendara e um prestimoso empresário pediu autorização a quem de direito para combinar na proporção adequada.
Se fosse eu o argumentista, garanto-lhes que só hesitaria num ponto, ao escrever o grande final: entre saber se encomendas seriam entregues pessoalmente pelo mandante, ou pelo mandatário.
Daniel Reis

sexta-feira, 22 de abril de 2005

Fruta ... café ... ó chocolate??

Interrogado sobre a questão das prostitutas, Jacinto Paixão declarou que, em jeito de brincadeira, pedi a um amigo meu, Luís Lameira, de Beja, também árbitro de futebol, umas garotas para a noite em que estaríamos no Porto por ocasião do jogo que iríamos arbitrar.
Nunca antes eu tinha ouvido falar desse tal António Araújo, desconhecendo o que ele faz e quem é no meio futebolístico.
Questionado se perguntou quanto custaria esse tipo de serviço de prostituição, afirmou não saber nem querer saber, não tendo feito qualquer pergunta a esse propósito.
Em meu entender tratava-se de uma oferta de um amigo [António Araújo] do meu amigo [Luís Lameira]. Quando eu cheguei ao meu quarto, no Hotel Meridien, já estava lá o senhor que se intitulou Araújo com as três meninas.
O senhor Araújo disse-lhes a elas: meninas, estão em boas mãos, tratem bem dos meus amigos e foi-se embora. Fui eu que disse ao senhor Araújo o número do meu quarto, no Hotel Meridien, mas desconheço a forma como ele entrou no quarto sem a minha presença, deixando-me uma menina no meu quarto e seguindo com as outras duas para o quarto onde estavam instalados os meus colegas.
No que diz respeito ao jogo FC Porto-Estrela da Amadora, relativamente aos contactos do FC Porto, por parte de Pinto da Costa, através de interposta pessoa, neste caso António Araújo, estão documentados nos autos, através das escutas telefónicas assinaladas nos factos comunicados aos arguidos.
Acresce que como normalmente acontece e resulta das restantes escutas telefónicas efectuadas a outros arguidos, o contacto prévio é sempre efectuado apenas com o árbitro da partida e não também, necessariamente, com os assistentes (ver a propósito as escutas telefónicas efectuadas ao árbitro Pedro Gonçalo Martins Sanhudo) e daí que o arguido Chilrito declare que ninguém falou consigo antes da partida e que não conhece o Araújo.
Por outro lado, o acordo para a prática de actos contrários às Leis do Jogo, a troco de contrapartidas, não tem de ser expresso, basta que seja tácito, como normalmente acontece: quando é oferecida por alguém ligado a um clube desportivo uma determinada contrapartida a um árbitro, este já sabe para que é quando a aceita, como foi o caso dos arguidos, já que ninguém recebe contrapartidas neste contexto se não for para retribuir com o trabalho que vai desenvolver em campo ao arbitrar o jogo da equipa em nome da qual é oferecida a contrapartida.
Por seu turno, quem a oferece tem apenas como objectivo o benefício da sua equipa através da prática de actos contrários às Leis do Jogo pela equipa de arbitragem e assim corruptor e corrompido estabelecem um acordo tácito sobre o papel a desempenhar por cada um.
O árbitro da partida contactado comunica depois aos árbitros-assistentes o sentido do contacto destinado a beneficiar a equipa que o contactou. No que diz respeito às contrapartidas estão também documentadas na sessão telefónica serviços sexuais de prostitutas e outras contrapartidas que, segundo Pinto da Costa, já haviam sido mandadas (já foi mandada) e que se depreende que teriam valor pecuniário, a que acresce um jantar num restaurante, que os arguidos não pagaram e que foi pago pelo FC Porto, o que resulta das declarações do arguido Chilrito, do arguido Quadrado, nomeadamente do facto por estes referido, e que o empregado de mesa lhes disse que o jantar já estava pago e que apareceram junto deles o senhor Garrido e o senhor Reinaldo Teles, que foi à frente indicar-lhes o caminho até ao restaurante onde comeram e depois até ao Hotel Meridien, onde iam dormir.
Da conjugação de tal análise com as declarações do arguido Chilrito resulta que este praticou actos contrários às Leis do Jogo, de que beneficiou o FC Porto, já que este estava a acompanhar o ataque do Estrela da Amadora na primeira parte e por isso daí resulta que foi ele quem não assinalou falta de Paulo Ferreira (do FC Porto) e assinalou o fora-de-jogo inexistente ao Estrela da Amadora.
Por seu turno, o arguido Quadrado não assinalou o fora-dejogo de que resultou um pontapé de canto de que beneficiou o FC Porto e de que veio a resultar o primeiro golo desta equipa, nem o fora-de-jogo de McCarthy, de que resultou o segundo golo da mesma equipa.
O arguido Quadrado não se recorda em que posição concreta estava em campo na primeira e depois na segunda parte, pelo que nada permite pôr em causa as declarações do arguido Chilrito quanto ao posicionamento relativo dos árbitros-assistentes no jogo em causa.
O arguido Jacinto Paixão, enquanto árbitro da partida, não assinalou as faltas que beneficiaram o FC Porto e prejudicaram o Estrela da Amadora, com influência no resultado final.

É frutóchocolate ...

Depoimentos das prostitutas
Celina Fonseca: (negra, companhia de Jacinto Paixão), nome de código café
"Estive uma hora no quarto com Jacinto Paixão, com quem mantive relações sexuais; Ele disse-me que podia tratá-lo por Paixão e tinha sido o árbitro do jogo no Estádio do Dragão, daí ter chegado atrasado ao nosso hotel
Danielle (branca, companhia de Manuel Quadrado), nome de código café com leite pouco escuro "Um deles foi comigo para a casa de banho privativa do hotel, onde mantivemos relações sexuais"
Emanuelle: (mulata, companhia de José Chilrito), nome de código café com leite muito escuro
"Um deles, que não o Paixão, com cerca de trinta e poucos anos de idade, era calvo, tinha as pernas grossas e media cerca de 1,60 a 1,65 metros"

Um golpe de estádio

Despacho da juíza Ana Cláudia Nogueira acusa o líder do FC Porto de pôr em causa o Estado de Direito através da viciação de resultados desportivos.
A juíza chegou a esta conclusão depois de ouvir escuta em que Pinto da Costa aprova oferta de «fruta para dormir» aos árbitros que garantiram vitória portista com golos irregulares

Retrato de uma intermediária

Cláudia Gomes é uma jovem brasileira residente em Portugal desde 2003.
Trabalhava em estabelecimentos de diversão nocturna como alternadeira, prostituindo-se ocasionalmente com clientes.
Há cerca de dois anos, em Maceió, no Brasil, conheceu António Araújo, que lhe foi apresentado pelo presidente do clube de futebol daquela cidade Corinthians Alagoano.
Foi através de CláudiaGomes que António Araújo contratou as três prostitutas para terem relações sexuais com os três elementos da equipa de arbitragem, recrutando-as no clube nocturno Golden, na Avenida Fernão de Magalhães, a poucas centenas de metros do Estádio do Dragão, segundo a Polícia Judiciária do Porto apurou.

quarta-feira, 20 de abril de 2005

"A Salette é uma paixão"

O CLIENTE DA SEMANA:
Salette: ONTEM, estava eu prestes a recolher a minha viatura à garagem, quando me entra no veículo a única pessoa, em Portugal, a quem o José Mourinho pede meçasem termos de títulos conquistados. A única diferença é que o ex-técnico tripeiro não teve que suar tanto.
Zé Manel : Ora viva! É pardonde, minha senhora?
Salette : É ali para a Pensão Antonieta. E depressa, que eu tenho três pontos para conquistar.
Zé Manel : Três pontos? Ah, já percebo porque é que a shôra está assim vestida. Você é uma mulher da vida, não é?
Salette : Não. Sou uma mulher do futebol. Durante os últimos vinte anos, só tenho trabalhado à base de árbitros. Sabe como é: hoje em dia, tal como noutros ramos, o segredo está na especialização.
Zé Manel : Pois, mas então não se percebe porque é que, quando falta a luz, os árbitros de futebol costumam decidir adiar os jogos. Se os resultados dos jogos, afinal, são decididos justamente às escuras... Eh, eh, eh! Pode-se, então, dizer que a shôra foi essencial na conquista do pentacampeonato?
Salette : Claro. Porque é que acha que se chamou a essa conquista «penta campeonato »?
Zé Manel: Porque os tripeiros conquistaram o campeonato cinco vezes seguidas.
Salette : Qual quê! Foi, justamente, porque os momentos decisivos para a conquista desses títulos foram passados no Hotel Penta.
Zé Manel : Ah! Realmente, agora tudo faz sentido. Prova-se com isto que os adeptos não percebem nada do que se passa nos bastidores do futebol.Éque eles costumam chamar um nome aos juízes da partida que não corresponde minimamente ao que eles são.
Salette : Como assim?
Zé Manel : É que eles não são seus filhos. São seus clientes, assim é que é. Eh, eh, eh! Só não percebo é como é que os árbitros, comesse estilo de vida, conseguem ter uma situação financeira estável.
Salette : Ó filho, mas não são eles que pagam.
Zé Manel :Eu sei. Não é a isso que me refiro. O que eu quero dizer é que os árbitros devem gastar uma fortuna em dentistas: com a quantidade de rebuçadinhos que ingerem. Eh, eh, eh! A meu ver, só há uma coisa a fazer. E se o Conselho de Arbitragem não tomar essa decisão é porque está feito com os acusados do processo Apito Dourado.
Salette : O quê? O que é que há a fazer?
Zé Manel : É passar a nomear pròs jogos árbitros de sexualidade alternativa. Eh, eh, eh! Salette : Nããããããooo! Isso significa o desemprego para nós... Olhe, o que é que eu posso fazer por si para não contar a ninguém essa ideia que você teve?
Zé Manel : O que é que pode fazer por mim? Sei lá.
Salette : Hum... E se eu lhe trouxesse um café com leite?
Zé Manel : Olhe, por acaso até calhava bem. Salette:E quer um café com leite mais clarinho ou mais escuro? Zé Manel : Pode ser com mais café, que está-me a dar a quebra.
Salette : Então, pare aí à frente desse prédio. Já venho, está bem?
Zé Manel : Por mim, tudo bem. Mas vai ser complicado arranjar café com leite num bairro sem pastelarias... Ouviu? Onde é que ela se meteu? Ah, aí vem ela de novo!
Salette : Aqui está o seu café com leite.
Zé Manel : Ó diabo, não sabia que estávamos a falar em código...

domingo, 17 de abril de 2005

Pinto da Costa responsabilizado

O presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, é responsabilizado pela juíza do processo "Apito Dourado" por ofertas a árbitros com o objectivo de beneficiar o FC Porto e prejudicar o Benfica e o Sporting Clube de Portugal .
Segundo noticia hoje o "Expresso", o dirigente chegou a oferecer prostitutas a árbitros. O semanário cita fontes judiciais e o despacho de Ana Cláudia Nogueira. Jacinto Paixão é um dos árbitros referidos pela magistrada.
De acordo com o referido semanário, que alega ter tido acesso "às linhas gerais" do despacho assinado pela juíza do processo 'Apito Dourado', Ana Cláudia Nogueira, os "favores" a prestar aos árbitros eram pedidos por Pinto da Costa e executados pelo empresário António Araújo. A juíza cita ainda Reinaldo Teles, por um jantar pago em nome do FC Porto.O despacho assinado pela juíza, segundo noticia o 'Expresso', refere em concreto o FC Porto - Estrela da Amadora de 24 de Janeiro de 2004, no qual houve muitos erros de arbitragem reconhecidos pelo próprio árbitro, Jacinto Paixão.
O documento sublinha que todos os erros favoreceram o FC Porto. De acordo com a juíza, depois de terminar esse jogo, Jacinto Paixão e os seus auxiliares foram conduzidos por Reinaldo Teles a um restaurante próximo do Porto, onde jantaram, tendo o dirigente portista pago o repasto. Após o jantar, Reinaldo Teles conduziu Jacinto Paixão e os seus dois auxiliares ao Hotel Méridien. No quarto reservado a Jacinto Paixão esperava-os António Araújo com três prostitutas, que confirmaram ter mantido relações sexuais com os árbitros. Estes também terão confessado tudo à juíza.
O despacho refere ainda - segundo o 'Expresso' - Valentim Loureiro e João Loureiro a propósito de um jogo entre o Boavista e o Estrela da Amadora também arbitrado por Jacinto Paixão, a 3 de Abril de 2004.
A juíza atribui menor importância a este caso porque a contrapartida terá sido apenas a promessa de boa nota ao árbitro, refere o 'Expresso' que, sem síntese, conclui pelo facto de Pinto da Costa ter "viciado" o campeonato de 2003/04, a tal época de glória do 'dragão' .

Entrevista a José Manuel Meirim

"PODERES PÚBLICOS NÃO SE METEM COM O FUTEBOL"
Entrevista de José Manuel Meirim, especialista em Direito Desportivo, que critica posição da Liga.
Pergunta - Defende que a Comissão Disciplinar da Liga abra processos aos arguidos do "Apito Dourado"?
João Manuel Meirim - Sim. Este caso tem duas vertentes, uma ao nível do direito penal e outra ao nível disciplinar, no âmbito da Liga. A primeira está a evoluir, mas a segunda não. Esperava-se que houvesse abertura de processos disciplinares.
P - Porquê?
JMM - Porque se corre o risco de no final do processo criminal a infracção disciplinar se encontrar prescrita, sendo que o prazo é de cinco anos. O Regulamento Disciplinar da Liga só obriga a instaurar inquérito quando houver sentença transitada em julgado, sem hipótese de recurso, mas tendo em conta a demora da Justiça poderá ser tarde.
P - Defende uma intervenção do Estado?
JMM - Sim. A Liga tem um poder disciplinar qualificado pela lei como de natureza pública e, portanto, o Governo, nomeadamente o responsável pelo Desporto, já devia ter perguntado à Liga por que motivo não o exerce. Abrir o processo já contaria para efeitos de prescrição e se não o fizerem estão a violar o estatuto de utilidade pública desportiva.
P - Na sua opinião, por que motivo o Estado não age?
JMM - Há uma omissão dos poderes públicos para não se meter os com poderes do futebol.
REGULAMENTO DISCIPLINAR DA LIGA PORTUGUESA DE FUTEBOL PROFISSIONAL
Artigo 6.º - (Autonomia do regime disciplinar desportivo)
2. As pessoas singulares serão punidas pelas faltas cometidas durante o tempo em que desempenhem as respectivas funções ou exerçam os respectivos cargos, ainda que as deixem de desempenhar ou passem a exercer outros.
4. A Comissão Disciplinar, oficiosamente ou a instâncias de qualquer interessado, deverá comunicar ao Ministério Público e demais entidades competentes as infracções que possam revestir natureza criminal ou contra-ordenacional, sem prejuízo da tramitação do processo disciplinar desportivo que, por esse facto, não deverá ser suspenso.
5. A aplicação de penas criminais ou sanções administrativas não constitui impedimento, atento o seu distinto fundamento, à investigação e punição das infracções disciplinares de natureza desportiva.
6. O conhecimento pela LFPF de decisão judicial condenatória, transitada em julgado, pela prática de infracção que revista também natureza disciplinar, obriga à instauração de procedimento disciplinar, excepto se o mesmo já estiver prescrito.
Artigo 16.º - (Prescrição do procedimento disciplinar)
1. O direito de exigir responsabilidade disciplinar prescreve ao fim de três anos, um ano ou um mês, consoante as faltas sejam, respectivamente, muito graves, graves ou leves, sobre a data em que a falta tenha sido cometida, salvo o disposto nos números seguintes.
2. Se o facto qualificado de infracção disciplinar for também considerado infracção penal, o prazo de prescrição será de cinco anos.
3. A prescrição interromper-se-á no momento em que é instaurado o procedimento disciplinar, voltando a correr o prazo se aquele permanecer parado mais de dois meses, por causa não imputável ao arguido.
4. O prazo da prescrição começa a contar-se desde o dia em que o facto ocorreu.
5. Trinta dias após a realização de um jogo, considera-se o seu resultado tacitamente homologado, pelo que, quer os protestos sobre qualificação de jogadores quer as denúncias de infracções disciplinares admitidos e feitos depois daquele prazo não terão quaisquer consequências relativamente a esse jogo e na tabela classificativa, ficando os infractores unicamente sujeitos às penas disciplinares previstas e aplicáveis para os ilícitos que vierem a ser provados.
Artigo 51.º - (Corrupção da equipa de arbitragem)
1. O Clube que, através da oferta de presentes, empréstimos, promessas de recompensa ou de, em geral, qualquer outra vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer elemento da equipa de arbitragem ou terceiros, directa ou indirectamente, solicitar e obtiver, daqueles agentes uma actuação parcial por forma a que o jogo decorra em condições anormais ou com consequências no seu resultado ou que seja falseado o boletim do encontro, será punido com as seguintes penas:a) Baixa de divisão;b) Multa de 50.000 euros (cinquenta mil euros) a 200.000 euros (duzentos mil euros)
Artigo 151º - A - (Corrupção da equipa de arbitragem)Os árbitros e árbitros assistentes que solicitem ou aceitem, para si ou para terceiros, directa ou indirectamente, quaisquer presentes, empréstimos, vantagens ou, em geral, quaisquer ofertas susceptíveis, pela natureza ou valor, de pôr em causa a credibilidade das funções que exercem são punidos com a pena de suspensão de dois a dez anos.

Despacho da juiza

Ana Cláudia Nogueira, juíza de instrução do processo "Apito Dourado", escreveu em despacho que pessoas próximas de Pinto da Costa (Reinaldo Teles e o empresário António Araújo) pagaram favores sexuais ao árbitro Jacinto Paixão e aos assistentes José Chilrito e Manuel Quadrado para beneficiarem o FC Porto no jogo com o Estrela da Amadora, relativo à 19.ª jornada da época passada.
Os "dragões" lideravam já a classificação com 11 pontos de avanço quando receberam o Estrela, a 24 de Janeiro de 2004, tendo vencido por 2-0, com dois golos irregulares, uma vez que os seus autores estavam em posição de fora-de-jogo.
As conclusões da juíza baseiam-se em escutas telefónicas de conversas entre Pinto da Costa e o empresário António Araújo, bem como em depoimentos dos elementos envolvidos.
O despacho que a juíza do "Apito Dourado", Ana Cláudia Nogueira, deu após os interrogatórios ao árbitro Jacinto Paixão e respectivos auxiliares, ao qual o "Expresso" teve acesso, diz que Pinto da Costa é pessoalmente responsável por ofertas a àrbitros, incluindo prostitutas.
Segundo o semanário, Jacinto Paixão confessou que foi "presenteado" com serviços de prostituição após o FC Porto-E. Amadora (2-0), do ano passado.
Contratadas pelo empresário António Araújo, também ele arguido, as prostitutas terão sido apresentadas aos árbitros, no dia do jogo, após um jantar pago pelo dirigente portista Reinaldo Teles.
Em tribunal, os árbitros negaram saber que as prostitutas - receberam 150 euros cada - tenham sido pagas por pessoas ligadas ao FC Porto, mas a juíza parece não ter tido dúvidas em considerar Pinto da Costa o responsável.

terça-feira, 12 de abril de 2005

Crispação antiga

Não é nova a crispação entre o magistrado de Gondomar e os procuradores gerais adjuntos da Relação do Porto.
Nos recursos às medidas de coacção têm sido visíveis os desentendimentos. Pinto Nogueira, o procurador-geral adjunto que continua a acompanhar os recursos, tem defendido medidas de coacção mais brandas e atacado de forma violenta a direcção do processo.
Por sua vez, Carlos Teixeira tem "desafiado" todas as indicações de Pinto Nogueira - como o não levantamento do sigilo bancário ao F. C. Porto - e lembrado ao magistrado da segunda instância que é ele quem conduz o inquérito, não sendo por isso obrigado a seguir as indicações superiores.
No entanto, a possibilidade de Teixeira querer que a maioria dos 198 arguidos vá a julgamento está a causar mau estar no MP. Muitos consideram que um mega-processo poderá condicionar o desfecho e fazer arrastar o caso em recursos.

É para rir, ou ... para chorar?

É giro!
Obviamente que não sou eu que está a inventar o que quer que seja, toda a gente sabe da vergonha que se está a passar, e que pelos vistos era prática comum desde há 20 anos a esta parte.
Estas notícias entram-nos pela casa adentro pela rádio, televisão e jornais, basta não andar distraído nem ser ... cego, surdo e mudo.
Percebo o mal estar de alguns, eu no lugar desses também teria vergonha. Acredito que não tenham capacidade de argumentação porque na verdade, isto é tão reles e tão grave que, não dá para tal, é tamanha a baixeza ... premeditada e programada, que lhes resta aceitar o desenrolar dos acontecimentos, rezar para que nem tudo seja assim, e, os mais sensatos, penitenciarem-se pelo sucedido quando acharem oportuno, reconhecerem a máquina promíscua onde se apoiaram tantos anos.
Também quero dizer o seguinte: sei que há felizmente adeptos de bem, que sabem o que se passa e se passou, estão tristes e revoltados com essa situação porque o clube deles é demasiado grande para ter tido necessidade de enveredar por esses caminhos mafiosos e obscuros por dirigentes sem escrupulos e sem nível.
Felizmente, os dirigentes passam e o CLUBE fica. A sua grandeza está infelizmente marcada PARA TODA A VIDA com estes episódios (e outros, anteriormente já provados) de que foi vítima por parte de dirigentes que idolatram mas que vendem a alma ao diabo sem olhar a meios para atingirem fins. No futebol, infelizmente é assim, imaginem se em vez de dirigente de futebol fossem outra coisa ... Outros adeptos há que preferem "enrolar" para ver se as coisas são branqueadas, desviam atenções e conversas para outros assuntos, poem dúvidas em tudo e em nada, como se, por exemplo, conversas telefónicas públicas, JÁ confirmadas por outros agentes desportivos, não existissem.
Claro que há muita coisa por provar, claro que há muita coisa que se sabe e que jamais será provada por falta de provas (o que como sabes, não quer dizer que não tenha acontecido), claro que há muitas coisas que já se sabem que ACONTECERAM EFECTIVAMENTE ...Acreditem que todos sabem bem que tudo isto é VERDADE, não sou eu a inventar ... ahahahahah ... e que pura e simplesmente lhes custa aceitar uma realidade DURA e VERGONHOSA, por manifesta FALTA de CORAGEM em aceitar os acontecimentos e assumi-los quando forem provados.
Estamos aqui para ver e ouvir, quem e quantos se irão penitenciar quando os factos se provarem, se se provarem (outros estão provados, repito) e reconhecerem o que andaram a fazer para conseguir ganhar ENGANANDO os outros nomeadamente o meu Sporting Clube de Portugal, que é o que me REVOLTA no meio disto tudo - saber-se das artimanhas com prostitutas, férias de árbitros, cozinhados com fiscais de linha, árbitros de conveniência, promiscuidade autárquica, empresários desportivos e da construção civil, políticos, prémios, observadores ... bom ... um rol de argumentos utilizados ...
Espero que no final deste processo, na vitrine dos troféus, junto com todos os outros, haja lá ainda espaço para um novo TROFÉU - um Apito Dourado.
Maior que todos, para se ver bem e para não se esquecerem do que andaram a fazer anos a fio.

segunda-feira, 11 de abril de 2005

Levantado sigilo a contas bancárias do F.C. Porto

O procurador do Tribunal de Gondomar mandou investigar as contas bancárias da SAD do FC PORTO
Contas bancárias da SAD do F. C. Porto foram anexadas ao processo Apito Dourado e poderão vir a ser em breve do domínio público. Em causa esteve o suposto pagamento de prostitutas à equipa de arbitragem liderada por Jacinto Paixão, num total de 450 euros . Um valor que motivou mais um desentendimento grave entre os dois procuradores que estavam a dirigir o inquérito e que levou o magistrado da Relação a opor-se terminantemente ao levantamento do sigilo. Pinto Nogueira defendeu que tal medida servia para investigar a grande criminalidade e a sua banalização poderia trazer problemas para futuro.
Alertou também para o perigo de tal medida, atendendo a que o processo, mais tarde ou mais cedo, seria público.
Carlos Teixeira, o magistrado de Gondomar que foi responsável pelo início do processo, terá entendido de forma diferente, considerando que só com o levantamento do sigilo se conseguiria confirmar se o pagamento tinha sido feito ou não com dinheiro saído da SAD. E ordenou a medida, com a autorização da juíza daquele tribunal.
Outro momento de tensão, que poderá agora causar embaraços na dedução da acusação pública, teve a ver com a audição de Isabel Damasceno.
A autarca, que presidia à Câmara de Leiria e era vice-presidente do PSD, foi envolvida no processo depois de ter telefonado a Pinto de Sousa, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga de Clubes e seu amigo pessoal.
No decorrer da conversa, Damasceno falou de Carlos Amado, um árbitro com quem chegara a trabalhar anos antes, pedindo então a Pinto de Sousa para tratar bem o seu amigo.
A conversa foi entendida, por Carlos Teixeira, como um indício de crime, atendendo a que o terceiro protagonista era árbitro. Damasceno foi constituída arguida por tráfico de influências, mas a verdade é que a autarca nada disse ao seu interlocutor sobre contrapartidas ou benefícios.

domingo, 10 de abril de 2005

Gosto de ouvir o Dr. Silva Resende

"Tragédia moral
Trata-se de reformar o futebol para que respire na sua dimensão atlética; de restituir ao árbitro a sua missão pedagógica
A investigação criminal deu por concluída a primeira fase da operação Apito Dourado, levando a tribunal um rol de duzentos arguidos.
Seja qual for a evolução do processo, já referenciado nestas colunas, estamos perante um grave descalabro das consciências e uma séria ameaça ao futuro do futebol em Portugal. Sabe-se que mesmo os suspeitos não pronunciados raramente conquistam na avaliação das provas o galardão da inocência porque o que fica é isso mesmo: a insuficiência da prova ou até mesmo a simples dúvida, que na enciclopédia jurídica opera a favor do réu.
Mas duzentos arguidos espelham desde logo uma rede de ilicitude de proporções tentaculares, cujos agentes manobrariam a seu talante, beneficiando do tráfico de influências e de interesses em que a organização dá sinais de se prostituir.Não culpemos apenas nem principalmente os árbitros. Aqui há anos, a UEFA circulou às federações nacionais um convite por escrito para que comunicassem o que no seu âmbito ocorreria de suspeito. Não era gratuita a desconfiança.
Quem observasse certos jogos e incidências com olhos de ver notaria que no lastro das competições crescia perigosamente a indisciplina e nessa desordem se insinuavam comportamentos estranhos.
As federações ou responderam com evasivas ou simplesmente se fecharam em copas.
O "Top Executive" de que falei nesta secção há oito dias vai na mesma linha de preocupações. É preciso desgafar o futebol da lepra que o corrói tomando a arbitragem como instrumento. De resto, em Portugal, à medida em que avançava a investigação, diminuíam os "erros" suspeitos e principalmente iam desaparecendo os erros sempre a favor dos mesmos.
Mas não chega. A doença não se cura se não se lhe suprimir a causa. As regras do futebol levaram um século a definir-se sob o escopo de tornar o golo suficientemente difícil para conferir brilho aos resultados, estímulo aos atletas e interesse ao espectáculo. O processo esgotou-se. As regras essenciais perderam o seu normativo, confinadas na letra que mata. A maior parte dos jogos são enormes embaçadelas de acidentes e faltas.
É preciso reencontrar a verdade do jogo - no próprio jogo!
Trata-se de reformar o futebol para que respire na sua dimensão atlética; de restituir o árbitro à sua missão pedagógica, livrando-o de cair em tentações; de clarificar o fenómeno desportivo para que não se converta na tragédia moral do "apito dourado". "

Foi muito tempo ... muitos anos ...

O número de arguidos constituídos no processo "Apito Dourado" está a levantar grande preocupação nas cúpulas do Ministério Público (MP) que admite que após a dedução da acusação, a fase de instrução possa ser "caótica" dado o número de intervenientes no processo. Há a preocupação de que, caso os tais 200 arguidos sejam todos acusados, a celeridade da instrução irá depender muito do juiz que a realizará.
A Polícia Judiciária do Porto (PJ) já entregou ao procurador adjunto da comarca de Gondomar o relatório final das investigações. Caberá agora a Carlos Teixeira deduzir, ou não, a acusação contra os arguidos constituídos. Que, no caso, serão perto de 200 pessoas indiciadas por crimes de tráfico de influência e corrupção desportiva. A investigação desenrolou-se durante dois anos, sendo que a acusação deverá ficar pronta até ao final deste mês.
O processo já contará com mais de 15 mil folhas, distribuídas por 55 volumes e centenas de apensos, nas quais o MP pretende sustentar os crimes imputados aos arguidos. Durante o inquérito foram ouvidas ainda 370 testemunhas.É esta dimensão que tem levado a algumas discussões no seio do MP, uma vez que a experiência recente do processo da Casa Pia de Lisboa demonstrou que a utilização de vários recursos do processo penal têm apenas um objectivo dilatório. Isto pode revelar-se se, por exemplo, os 200 arguidos arrolarem, no mínimo, 10 testemunhas. O tribunal terá, além de outras diligências que considere pertinentes, que ouvir 2000 pessoas.
Caberá ao juiz de instrução - fase que com toda a certeza será requerida por alguns ou mesmo todos os arguidos - delimitar ao máximo os actos relevantes. Por outro lado, a mesma fonte sublinhou que muito do que se discutirá nesta fase processual resultará da "qualidade" do despacho de acusação.
No que diz respeito ao MP, aguarda-se com alguma expectativa o teor do despacho de acusação e que deverá ser "revisto" pelo procurador geral adjunto do Tribunal da Relação do Porto, nomeado pelo Procurador geral da República (PGR), para "coordenar" o inquérito. Os "desencontros" entre ambos os magistrados, em matéria de medidas de coacção e quanto ao rumo da investigação, podem ficar dissipados ou agravar-se com o despacho de acusação. Após esta fase, o processo poderá entrar noutra mais "quente" relacionada com suspeitas de ligações pouco claras entre o mundo do futebol, as autarquias locais e a empresa Metro do Porto.

sábado, 9 de abril de 2005

Isto está a ficar demais ...

O APITO ... é uma PAIXÃO!!!
Ainda a propósito dos jogos FC Porto - Estrela da Amadora e Boavista - Estrela da Amadora , relativos à última época, a investigação sobre o árbitro Jacinto Paixão é na verdade uma parte central.
O árbitro de Évora "enganou-se" demasiadas vezes nos jogos com os "Dragões", é o que consta da leitura do processo
Os peritos em arbitragem confirmaram que aos 14' o portista Paulo Ferreira rasteirou o amadorense Semedo sem que nada fosse assinalado. O golo inaugural do FC Porto, aos 27', foi, segundo os peritos, obtido na marcação de um canto ganho por um jogador do FC Porto aparentemente em fora-de-jogo.
Aos 43', registam, não foi assinalado um fora-de-jogo a McCarthy e aos 45+3 o golo do sul-africano resulta de uma clara posição de fora-de-jogo. Segundo os peritos, o Estrela teve razões de queixa até ao momento do 2º golo portista. O jogo acabou com a vitória dos dragões por 2-0.
Na época de 2003/2004, Jacinto Paixão arbitrou um jogo do FCPorto: a vitória em casa por 4-1 sobre a Académica, jogo no qual foi auxiliado por João Madeira e Décio Cordeiro.
No final, João Alves, treinador dos estudantes, desabafou: "Estou cansado do futebol e desta porcaria toda".
A Académica marcou primeiro mas o FC Porto empatou de "penalty" e colocou-se em vantagem num livre também mal assinalado. Paixão esteve ainda presente no jogo particular com o Farense, no encerramento do estágio algarvio que antecedeu a final da Taça de Portugal.
O Major falou com Jacinto Paixão Se no caso do FC Porto -Estrela da Amadora os investigadores encontraram muitos indícios que apontam para o facto de Jacinto Paixão e os seus auxiliares (José Chilrito e Manuel Quadrado) terem, no final da partida, usufruído do serviço de prostitutas, no que se refere ao Boavista-Estrela, dois meses depois, em causa está uma conversa de João Loureiro com Júlio Mouco (a acertar a nomeação dos árbitros assistentes José Chilrito e José Espada).
E também uma outra do presidente do Boavista com o observador Pinto Correia, informando-o que Paixão poderia trazer ao Porto um ou mais acompanhantes pois o Boavista trataria do alojamento.
O Boavista perdeu por 1-2 e no dia seguinte há registo de uma conversa entre Paixão e Valentim Loureiro, na qual o árbitro tentou explicar como tinha ajudado o Boavista. "Não foi possível fazer mais...", terá dito, ao que o major reagiu com condescendência.
O presidente da Liga garantiu também a Paixão que falou com o observador, Pinto Correia, no sentido de providenciar uma boa nota

sexta-feira, 8 de abril de 2005

Surge a ... fruta

Escutas comprometem F. C. Porto e Boavista
Conversas entre António Araújo e Pinto da Costa sobre oferta de prostitutas a Jacinto Paixão e auxiliares João Loureiro e Júlio Mouco terão escolhido árbitro para jogo no Bessa As escutas telefónicas que estão anexas ao processo "Apito Dourado" e que, na passada terça-feira, seguiram para o Tribunal de Gondomar não envolvem só o Gondomar Sport Clube, mas comprometem também emblemas da SuperLiga.
Designadamente, o Boavista e o F.C.Porto, havendo suspeitas, validadas pela juíza que procedeu aos primeiros interrogatórios judiciais, de que Pinto da Costa e João Loureiro terão tentado alterar a verdade desportiva da competição. Dois dos jogos em causa, ambos da época passada, têm um denominador comum o árbitro Jacinto Paixão, de Évora, que apitou os jogos F. C. Porto-Estrela da Amadora e o Boavista-Estrela da Amadora (ver textos em baixo). As escutas telefónicas, a que se juntaram as vigilâncias e as perícias feitas pelos "especialistas"(os ex-árbitros Vítor Pereira, Jorge Coroado e Adelino Antunes) a quem a PJ recorreu, foram consideradas muito comprometedoras pela magistrada, que entendeu serem fortes os indícios de corrupção.
Os arguidos tiveram obviamente um entendimento diferente - reconheceram as conversas, porém negaram a prática de crimes - mas só agora, quando o processo for aberto, poderão ter acesso ao teor da totalidade das escutas, para poderem explicar o contexto em que determinadas frases terão sido ditas.
Araújo arranja prostitutas
O jogo do F. C. Porto estava marcado para as 19 horas. Ao meio dia, a PJ gravou uma conversa entre Jacinto Paixão e António Araújo, empresário de futebol próximo do F. C. Porto.
O primeiro pedia que nessa noite lhe fosse assegurado o serviço de "prostitutas". Dois minutos depois, constata a juíza, Araújo falou telefonicamente com Pinto da Costa e deu-lhe conta do pedido. "Ligaram-me a pedir fruta para logo à noite. Posso levar a fruta à vontade?". Segundo o registo considerado, Pinto da Costa terá respondido que sim, depois de algumas dificuldades de entendimento sobre o significado da palavra fruta.
O que obrigou Araújo a explicar que se tratava de uma fruta que "servia para dormir".
As escutas seguintes voltam a envolver Pinto da Costa e Araújo. E ainda segundo a juíza indicaram que foi o F. C. Porto a pagar o serviço de prostitutas. A conversa volta, no entanto, a não ser clara "Só estou a dar conhecimento ao presidente.... é que eu estou sempre a dispor", disse Araújo.
As autoridades possuem também uma relação completa das chamadas feitas entre o árbitro e o empresário e este e o presidente do F. C. Porto. Que foram várias e às vezes com apenas minutos de diferença.
As prostitutas confirmaram ter estado nessa noite com o árbitro e os respectivos auxiliares, tendo reconhecido António Araújo, Jacinto Paixão e Manuel Quadrado através de fotografias que lhes foram apresentadas em tribunal. Todas já foram ouvidas para "memória futura" e os seus depoimentos têm valor em tribunal.
Loureiro combina árbitro
O segundo jogo envolvendo Jacinto Paixão foi no estádio do Bessa, também no Porto. As escutas feitas pela PJ dão conta de que João Loureiro, presidente do clube, terá combinado com Júlio Mouco - o vogal da Comissão de Arbitragem da Liga que esta semana pediu a suspensão do mandato - quem eram os auxiliares. Acredita ainda a juíza, com base nas provas reunidas pela PJ, que João Loureiro combinou depois com o observador Pinto Correia que seria aquele que deveria pressionar o árbitro para que o Boavista fosse beneficiado.
O resultado não foi o melhor. O Boavista perdeu esse jogo, o que no entanto não terá feito a juíza deixar de acreditar nos indícios de corrupção. Isto porque, no dia a seguir ao jogo, foi registada uma conversa telefónica envolvendo Valentim Loureiro e Jacinto Paixão, na qual o árbitro terá explicado que "não podia fazer mais". Valentim Loureiro reconheceu-o "Foi um azar. Os gajos cada vez que foram lá acima deram um goleco". Mas o mais grave parece ser a promessa feita, em seguida, por Valentim, em que deixa entender que o árbitro foi bem classificado e terá boa nota no final da época.
Jacinto Paixão negou em tribunal qualquer tentativa de corrupção. Embora reconhecesse ter uma boa relação com Valentim Loureiro, garantiu que, inclusivamente, desceu de categoria nesse ano . Além disso, o árbitro assumiu ter estado com as prostitutas, desconhecendo quem pagou e negando qualquer favorecimento ao F. C. Porto.
Pinto da Costa e João Loureiro não quiseram prestar esclarecimentos, alegando estar o processo em segredo de justiça. Valentim Loureiro esteve sempre incontactável.

quinta-feira, 7 de abril de 2005

A investigação terminou (dizem...)

Ao fim de dois anos, o inquérito chegou ao fim e o documento final já seguiu para o Tribunal de Gondomar
"Apito Dourado" já saiu da PJ
São cerca de 200 os arguidos do Apito Dourado, cuja participação no caso é explicada pela PJ ao longo de mais de 15 mil folhas. O processo promete tranformar-se num dos maiores casos que alguma vez chegará a julgamento. Os autos seguiram anteontem à noite para o Tribunal de Gondomar e agora cabe a Carlos Teixeira, procurador do Ministério Público, deduzir a acusação. Depois de dois anos e um mês de investigação, realizada por dez inspectores, em regime de exclusividade, a Polícia Judiciária do Porto respira finalmente de alivio. A investigação do "Apito Dourado" chegou ao fim e a novela da corrupção desportiva está encerrada.
O único capítulo que ainda poderá ser reaberto tem a ver com as ligações às autarquias, as relações com as obras do Metro, as cumplicidades políticas. Mas também não é certo que isso aconteça. Só o será se o Ministério Público entender que as pessoas inquiridas e as diligências desenvolvidas pelos investigadores não são suficientes. Nesse caso, deduzirá acusação relativamente ao futebol e extrairá certidões para o restante.
Mas, para já, a PJ concluiu mesmo o inquérito. Com 370 testemunhas inquiridas e mais de 100 buscas domicliárias a empresas, clubes e residências realizadas. Ao longo do último ano, foram também feitas 25 detenções e os autos que anteontem seguiram para Gondomar estão acondicionados em 55 volumes e centenas de apensos.
Carta anónima
O processo começou em Março de 2003, com uma carta anónima para a PJ. A denúncia dava conta de que o Gondomar preparava o terreno para a subida à Liga de Honra, no ano seguinte. As investigações começaram e, no início do Verão, o telemóvel de José Luís Oliveira, presidente do clube, foi colocado sob escuta. Durante 33 jornadas, as autoridades investigaram tudo o que estava relacionado com o Gondomar.
Pelo meio, foram aparecendo outras ligações futebolistas, depois investigadas pela Polícia Judiciária. Hoje, começaram a surgir parte das escutas telefónicas que deram origem ao processo. O "filme" dos jogos da 2.ª Divisão B foi feito pela investigação, em documentos que se encontram no Tribunal de Gondomar. As escutas complementaram a investigação que não se limitou, no entanto, a ouvir os intervenientes.
Há no processo dezenas de diligências externas. Relatos de jogos feitos pelos próprios investigadores, fotografias e cassetes vídeo. Aí, atestam-se alguns encontros dos árbitros com dirigentes (não só do Gondomar, mas também da SuperLiga), bem como as entregas do ouro ou os jantares de confraternização com as equipas de arbitragem.O processo vive ainda de inúmeros depoimentos. Dezenas das 370 testemunhas deverão constituir-se assistentes, por terem sido lesadas no seu trabalho enquanto árbitros.
Aí, incluem-se os que não pactuavam com os esquemas e que, de alguma forma, foram prejudicados. Um desses casos é o de Pedro Proença, o árbitro de Lisboa, que já anunciou que o faria (constituir-se assistente e sentar-se ao lado da acusação), por estar "chocado" com a forma como alguns dirigentes se comportavam.
Agora, que o processo se aproxima rapidamente da acusação e será aberto completamente às defesas, entraremos também numa nova fase.
O momento dos recursos, em que todos tentarão questionar a forma como a investigação foi feita. A legalidade das escutas telefónicas e a forma como pelo menos parte delas foram validadas será concerteza questionada. Duzentos arguidos também fazem supor que o processo passará para ainda por uma instrução longa.

domingo, 3 de abril de 2005

Ahahahahaha ...

Um grupo de anões resolve jogar futebol no domingo e alugam um campo.
Formadas as equipas, cada um pega no seu equipamento, quando reparam que o campo de futebol não tem balneário. Resolvem então perguntar ao dono de uma tasca ao lado, se eles podem utilizar a casa de banho para trocar de roupa.
O dono diz que não tem problema nenhum.
Entram todos na tasca e vão até à casa de banho e vestem-se e começam a sair da casa de banho. Um bêbado, que estava sentado ao balcão, vê passar por ele a equipa de azul, estranha, mas continua a beber.
Quando, ao fim de pouco tempo, vê passar a equipa de vermelho, vira-se para o dono do bar e diz:
- Eu não me quero meter... mas acho que os jogadores dos teus matraquilhos acabam de fugir...

sábado, 2 de abril de 2005

Tretas

Não parece anedótica a pressão exercida por Luís Guilherme e Cunha Leal para que o vogal do Conselho de Arbitragem da Liga, Júlio Mouco, auto-suspenda as suas funções por estar envolvido no processo Apito Dourado?
Isso apenas seria de todo legítimo se Luis Guilherme e Cunha Leal exigissem o mesmo aos restantes arguidos e envolvidos no processo, tal como advoga a APAF, ou não parece?
Luis Guilherme equivocou-se ou não ouviu o que disse. Este Luis Guilherme é exactamente o mesmo que, veementemente, negou afastar fosse quem fosse sem receber uma ordem inequívoca de tribunal. Em abono da verdade desportiva e da sanidade mental dos que acompanham apaixonadamente o futebol, Luis Guilherme devia era autodemitir-se.
Por isso temos de continuar com os Costas, os Lucílios, os Paratys e com os Paixões, coitadinhos ... realmente, uma família muito unida!!!!
O Lucilio Batista, o tal da camisola rasgada ao Rui Jorge. Nada é feito ao acaso!

Diz-me com quem andas ...

Parece que o tal apoiante de Pinto da Costa, Fernando Cerqueira, afinal de contas é mesmo arguido no processo Apito Dourado
Fernando Cerqueira suspendeu as funções na Câmara de Gondomar e na concelhia do PS depois de ter sido constituído arguido no processo Apito Dourado, segundo comunicado da estrutura socialista daquele concelho.
A decisão de Fernando Cerqueira - conhecido líder do Grupo dos Seiscentos que se destacou por ser apoiante de Pinto da Costa, e que apenas é conhecido como tal, também foi constituído arguido nesta "operação" - foi, de imediato, aceite e vigorará até que seja concluído o processo judicial em curso.No comunicado, defende-se, e muito bem, que os outros arguidos deste processo também deveriam suspender os seus mandatos e cargos políticos "até os tribunais esclarecerem cabalmente os factos de que estão indiciados".
Lamenta-se igualmente, que o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Valentim Loureiro, e restantes autarcas de Gondomar envolvidos neste processo "insistam em permanecer nos cargos que ocupam, colocando os seus interesses pessoais e partidários à frente dos interesses públicos".

quarta-feira, 30 de março de 2005

Poissss ...

Nunca de forma tão escandalosa, nem durante tanto tempo houve "erros" de árbitros a beneficiarem sempre para o mesmo lado.Por outro lado, um erro antigo não pode servir de justificação para a situação mais recente.
O ideal seria que os erros de arbitragem se devessem unicamente a limitações humanas. Sabemos, hoje, que não é assim...
Será interessante reler o livro do Carlos Gomes, concordo. Mas, que eu saiba, ninguém lhe bateu, pelo que ele escreveu (ou alguém por ele).
Ao contrário do que aconteceu a Marinho Neves - jornalista da "falecida" Gazeta dos Desportos -, que publicou um livro intitulado "Golpe de Estádio", onde punha a nu os métodos de alguns dirigentes do FCPorto para controlar os árbitros (e não só. Revelava também o destino de parte do dinheiro das transferências de alguns jogadores, que não era contabilizado nos livros do clube, segundo ele.)
Ninguém o contestou publicamente, ou lhe moveu qualquer acção judicial.
Mas foi sovado duas vezes por "jagunços" que nunca foram descobertos e, durante muito tempo, teve guarda-costas a protegê-lo.
Outros métodos....

Quanto mais se sabe ... maior é a revolta

JACINTO PAIXÃO, MARISCO E ESCUTAS
Afinal o António Garrido voltou a ser ouvido pela segunda vez pela equipa da PJ do Porto que conduz a investigação e o inquérito do processo Apito Dourado.
O antigo árbitro internacional costuma colaborar com o FC Porto sobretudo no apoio a jogos internacionais e actualmente é assessor do Conselho de Arbitragem da FPF.
António Garrido nas instalações da PJ, disse que foi ouvido na qualidade de "testemunha normal". Também eu acho que foi mais na "cólidade" de "convidado" tipo Nuno Cardoso que de outra coisa qualquer. E não fez qualquer comentário quanto ao facto de eventualmente ter sido ouvido a propósito da sua presença na marisqueira de Matosinhos onde terá jantado o árbitro Jacinto Paixão e a sua equipa com o dirigente portista Reinaldo Teles, após o jogo entre FC Porto e Estrela da Amadora, a contar para a SuperLiga, em Janeiro de 2004.
O antigo árbitro da Marinha Grande já estaria no restaurante quando ali chegaram os árbitros e terá sido convidado a prestar esclarecimentos sobre o que viu e ouviu. "Sendo eu um quadro da arbitragem da FPF, era natural que fosse chamado para vir cá", disse Garrido... ehehehehehe ... que na qualidade de assessor do Conselho de Arbitrabem da FPF terá tido também algumas conversas com Pinto de Sousa que foram "analisadas" pela PJ.
O assessor tem como missão avaliar o observador do árbitro e dissecar com a equipa de arbitragem o que esteve bem ou mal no jogo.
Reinaldo Teles também foi ouvido, a propósito da sua presença num jantar com Jacinto Paixão e os seus assistentes, depois do jogo FC Porto-Estrela da Amadora, a quem terá seguido uma solicitação de prostitutas. A PJ também o confrontou com uma escuta com Valentim Loureiro.Qualquer observador atento do futebol português nos últimos 20 anos sabe que o António Garrido é uma peça fundamental em todo este processo. Vale a pena aceder ao site do Sporting Clube de Portugal ou procurar algures nesta página da Sanzala, as denúncias - feitas antes do jogo Boavista-Sporting da época passada - de encontros entre ele e Bruno Paixão no NorteShopping na cidade do Porto.
Alguns dias depois dessas denúncias, a arbitragem de Paixão foi inqualificável expulsando Rui Jorge e dando a vitória ao Boavista nos últimos minutos, depois de o Sporting Clube de Portugal ter estado a ganhar todo o jogo.
Curiosamente, o Benfica - indirectamente beneficiado nesse jogo - decidiu premiá-lo com a inauguração da Luz e mais tarde como arbitro do "centenário de 98 anos"

terça-feira, 29 de março de 2005

Mais um fedorento ...

Recentemente perguntaram ao antigo árbitro José Leirós (9 anos na 1ª Divisão) se de alguma maneira foi surpreendido em relação ao que já se conhece sobre a investigação ainda em cursoOlha o que é que ele respondeu:
citação:
- Não. Só me surpreendeu por ser tão tardia. Por outro lado, há árbitros que estão envolvidos que nunca pensei que pudessem pertencer a este filme.
Pois é, esteve 9 anos na 1ª Divisão e está afastado há 3 anos, imaginem ... Afinal eles todos sabiam muita coisa que se passava só que ninguém dizia NADA.
Uma corja de cobardes que depois da Operação Apito Dourado, passaram todos a ... "iróis" ... afinal não estão admirados com nada, já sabiam tudo, nada os espanta ... etc...
Poissssss é, não estão admirados com NADA mas o que é certo, é que andaram todo este tempo calados.
UMA VERGONHA.
Andámos 20 anos a ser roubados com toda a gente a saber ... caladinhos que nem uns ratos ... e agora, aparecem e, nem sequer cabem dentro do fato tão inchados eles estão!
Mais um fedorento ... fala, fala, fala, fala ... mas NUNCA disse NADA!
Claro que me CHATEIO

Será mesmo?

Árbitros exigem demissões de dirigentes e observador Pedro Proença, Duarte Gomes e Olegário Benquerença lideraram revolta
"A arbitragem bateu no fundo, é a pouca-vergonha completa", diz o árbitro Pedro Proença. Três árbitros internacionais - Pedro Proença, Duarte Gomes e Olegário Benquerença - exigiram, anteontem, a demissão de Júlio Mouco, vogal do Conselho de Arbitragem da Liga Portuguesa de Clubes, na sequência das escutas telefónicas que lhes foram exibidas no processo Apito Dourado. E pediram, ainda, ao presidente do Conselho, Luís Guilherme, que se demitisse para forçar a queda do órgão. Isto porque têm suspeitas que outros dirigentes, para além de Júlio Mouco, estejam envolvidos no processo.
Os três árbitros do primeiro escalão de futebol haviam sido confrontados com as intercepções telefónicas quando foram ouvidos na PJ do Porto. Não gostaram do que ouviram e, no final do curso de arbitragem promovido pela Liga, que decorreu no passado fim-de-semana e foi marcado pela tensão crescente, questionaram Luís Guilherme sobre a matéria. "Não havia como ignorar que conhecemos algumas das escutas telefónicas. O que perguntamos foi se o presidente mantinha a confiança na sua equipa. Ele explicou-nos que nada podia fazer, porque os membros não se podem demitir.
Mas que já tinha falado com esse dirigente para que a situação fosse resolvida", explicou, Pedro Proença, garantindo que não foi necessário fazer qualquer ameaça. "O presidente percebeu-nos. Sabe que temos razão, mas também ele está de pés e mãos atadas . Só que entendo, neste caso, que ele próprio se devia demitir, para forçar a demissão do órgão e que houvesse eleições antecipadas. Isto embora acreditemos nele, saibamos da sua seriedade, mas a verdade é que não é assim com todos os elementos. E por isso exigimos que sejam tomadas atitudes", continuou, garantindo desconhecer qual a figura jurídica que será usada para afastar Júlio Mouco. "Não sei se será suspenso. Só espero que algo seja feito. Porque os dirigentes que são arguidos deviam afastar-se espontaneamente pelo menos até ao final das investigações. Para que a Justiça actue livremente", continuou.
Pedro Proença é muito crítico relativamente à arbitragem. "A arbitragem bateu no fundo, é a pouca-vergonha completa. E agora que sabemos de algumas das situações não podemos ficar calados", continuou, confirmando que também foi levantado o problema das escutas telefónicas relativamente a pelo menos um observador. "Trata-se de uma pessoa sobre quem também ouvimos as escutas. Há suspeitas de manipulações e não aceitamos que continue nas suas funções. Mas o que o nosso presidente nos disse é que não podia fazer nada . Tinha de ser ele a suspender funções, o que ainda não fez".
Pedro Proença garante, ainda, que espera que a Comissão de Arbitragem tome uma atitude de força. "Estamos a oito jornadas do fim e sentimo-nos abandonados. Há árbitros corruptos, dirigentes igualmente pouco sérios . Mas nós, que não precisamos do futebol para nada, é que não estamos para aturar isto", concluiu.
Entretanto, Júlio Mouco não quis confirmar se hoje suspenderia funções. "Não posso nem devo pronunciar-me, mas a opinião dos árbitros também pouco me interessa. É na Justiça que vai decidir-se", disse.

quarta-feira, 23 de março de 2005

ADRIANO PINTO TAMBÉM JÁ FOI OUVIDO

Tem sido grande, nos últimos dias, o afã nas instalações da Polícia Judiciária do Porto. De manhã e de tarde multiplicam-se as presenças de agentes desportivos para depor perante os inspectores do "Apito Dourado". Entre os vários rostos que foram reconhecidos encontram-se dirigentes do Penafiel, entre os quais António Oliveira, o árbitro Rui Mendes, o presidente da União Desportiva Sousense - da Divisão de Honra da AF do Porto -, o responsável pelas camadas jovens do Leixões.
Também Adriano Pinto, o todo poderoso presidente da Associação de Futebol do Porto, já lá esteve. A Polícia Judiciária já ouviu mais de 600 agentes desportivos, sendo que mais de uma centena foram provisoriamente constituídos arguidos.
A Acusação só deverá ser deduzida pelo Ministério Público em meados de Abril - altura em que se perfaz um ano das primeiras detenções- e a lista de arguidos, segundo fontes indirectamente ligadas ao processo, será substancialmente reduzida.
APONTAMENTOS
INDIGNAÇÃO João Loureiro reagiu com indignação quando em Dezembro leu as notícias em diversos jornais de que seria ouvido pela PJ. Afirmou que caso o teor das notícias viesse a confirmar-se, tal revelaria violações ao segredo de justiça e avançaria com processos judiciais. As notícias confirmaram-se pelo que a reacção não deve tardar.
RUI MENDES
Rui Mendes também saiu como arguido. O árbitro do Marco de Canaveses foi um dos homens que mais contribuiu para o desencadear do processo Apito Dourado, atravéz de uma carta que enviou em 2002 ao major Valentim Loureiro.

Não sei como é que isto vai acabar!

Como se confirma que não há quem tenha dúvidas de que o sistema existe e, que é feito de favores, promiscuidades e tráfico de influências, vamos continuando a dar notícias e a pôr os sumários em dia.
João Loureiro é arguido após ser ouvido na PJ
João Loureiro à saída da Polícia Judiciária do Porto, não confirmou a condição de arguido onde foi inquirido pelos investigadores do caso "Apito Dourado" e saiu também como arguido, tal como o árbitro Rui Mendes, do Marco de Canavezes, cujas denúncias fizeram despoletar todo o processo. Também José Manuel Ferreira, dirigente das camadas jovens do Leixões foi constituido arguido. "Perguntem a quem vos notificou para estarem aqui à minha espera se sou testemunha ou arguido", atirou aos jornalistas, preferindo a evasiva.
Mas João Loureiro foi mesmo constituído arguido. O envolvimento do presidente do Boavista na investigação de corrupção na arbitragem foi despoletada no seguimento de escutas telefónicas interceptadas pela PJ, com conteúdos comprometedores.
Em Dezembro foi noticiado que João Loureiro teria tentado garantir uma arbitragem favorável para o jogo que disputou em casa com o Estrela da Amadora, à 29ª jornada da época passada. Loureiro teria solicitado a Júlio Mouco, membro da Comissão de Arbitragem da Liga, o escalamento de dois árbitros assistentes. Este pedido terá sido satisfeito, tratando-se de José Chilrito e José Espada.
O árbitro da partida foi Jacinto Paixão, e a PJ suspeita que Loureiro tenha pedido a um observador para abordar o árbitro de Évora, a fim de interceder em favor do Boavista. Este pedido terá sido feito também pelo telemóvel de João Loureiro, e no mesmo telefonema agendou-se um encontro entre ambos onde o observador daria conta da receptividade de Paixão. A verdade é que o Boavista perdeu o jogo (1-2), não se tendo concretizado a eventual tentativa de favorecimento.
Uma situação que teria levado mais tarde Jacinto Paixão a telefonar a Valentim Loureiro, presidente da Liga e pai de João Loureiro, explicando as razões por que as coisas não correram conforme o previsto.
__________________

E mais estes ...

Reinaldo Teles e António Garrido ouvidos na Judiciária
O administrador da SAD do FC Porto, Reinaldo Teles, e o antigo árbitro internacional António Garrido estiveram esta quarta-feira nas instalações da Polícia Judiciária do Porto, tendo sido ouvidos pelos investigadores do processo «Apito Dourado».Reinaldo Teles deixou o edifício da PJ passado pouco mais de uma hora de aí ter entrado, logo pela manhã, não tendo explicado em que condição foi ouvido, enquanto António Garrido, já durante esta tarde, esclareceu que prestou depoimentos como testemunha.

Que trupe ...

Mário de Almeida, Narciso Miranda e Oliveira Marques ouvidos pela PJ
Os presidentes das câmaras municipais de Vila do Conde e de Matosinhos, Mário de Almeida e Narciso Miranda, respectivamente, e o presidente da Comissão Executiva do Metro do Porto, Oliveira Marques, foram ouvidos na Polícia Judiciária (PJ) do Porto, aparentemente por questões relacionadas com aquela empresa de transportes.Mário de Almeida , autarca de Vila do Conde e administrador da Metro do Porto, afirmou que a PJ pretendia saber se tinha participado numa reunião em que foi abordada uma empreitada do Metro do Porto envolvente à Casa da Música.
À saída das instalações, o autarca socialista acrescentou ter sido convidado pela PJ a prestar esclarecimentos no âmbito de um processo que considerou "colateral" ao denominado "Apito Dourado", que envolve suspeitas de corrupção na arbitragem portuguesa.Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Matosinhos e também administrador da Metro do Porto, Narciso Miranda , limitou-se a dizer que foi convocado para ser testemunha de um processo relacionado com as funções que desempenha na administração do Metro do Porto.
O autarca socialista referiu ainda desconhecer "processos de apitos dourados, alaranjados ou vermelhos", quando saiu das instalações da PJ.Já Oliveira Marques , presidente da Comissão Executiva do Metro do Porto, esteve também durante três quartos de hora nas instalações policiais, não tendo, à saída, prestado quaisquer declarações.
E também, Avelino Torres e ... Luís Guilherme
Também na sede da PJ do Porto esteve esta manhã o presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, Avelino Ferreira Torres, alegadamente ouvido como testemunha no âmbito do processo "Apito Dourado".
O presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, Luís Guilherme, também foi ouvido pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto no âmbito do proce

sábado, 12 de março de 2005

Francisco Costa admite Jogos "viciados"

Ana Nogueira: «Enorme gravidade nos factos imputados» A juíza de instrução do processo Apito Dourado sublinhou, no despacho no qual pretendeu sustentar as medidas de coacção aplicadas e entretanto revogadas pelo Tribunal da Relação do Porto, a forma digna e relevante como Francisco Costa confessou alguns factos que lhe são imputados. Segundo Ana Cláudia Nogueira, o vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, suspenso e agora reintegrado, teve a garantia de que os pedidos de árbitros formulados por Pinto de Sousa provinham do então presidente do Gondomar, José Luís Oliveira, admitindo como possível que este procedimento contribuía para a viciação dos resultados desportivos nos jogos que envolviam a equipa gondomarense.
Mais, a juíza entendeu que o sistema de nomeações dos observadores dos árbitros obedecia a uma lógica protegidos/protectores e falou também daquilo que considerou a permeabilidade de Pinto de Sousa em relação ao seu amigo de infância Pinto da Costa na nomeação de árbitros para os jogos do FC Porto.
Segundo a juíza, os factos indiciados são de enorme gravidade pois defraudam em toda a linha milhares de pessoas e colocam em causa o próprio Estado de Direito Democrático em relação ao princípio da dignidade humana e da igualdade! A juíza ter-se-á também surpreendido com a forma descontraída e natural como os arguidos assumiram as respectivas condutas. No processo consta também, uma conversa telefónica, ocorrida no final de 2003, entre Francisco Costa e o presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Porto, Carlos Carvalho, na qual o vice-presidente do CA da FPF terá dado conta de uma reunião com Pinto de Sousa para determinar os árbitros da A. F. Porto que iriam descer ou subir de escalão.
Entendeu a Relação que a revogação das principais medidas de coacção aplicadas a Francisco Costa se impõe devido a exagero nas necessidades preventivas, na impossibilidade de fiscalizar a sua aplicação e também no facto de três elementos do CA da FPF (P. de Sousa, L. Nunes e A. Henriques) já se terem demitido. Mas os juízes deste tribunal superior não deixam de referir que as diligências da investigação (sobretudo intercepções telefónicas) cumpriram bem o seu papel.13 volumes e 18 documentos apensos.
O processo Apito Dourado tem já 13 volumes e 18 documentos apensos, sobretudo com a transcrição de escutas telefónicas, algumas delas já apresentadas aos arguidos para contestação. A acusação, aliás, tem nas transcrições de conversas telefónicas o suporte nuclear dos indícios dos crimes de que estão imputados os arguidos

quinta-feira, 10 de março de 2005

Só de pensar que andámos 20 anos a ser prejudicados DESCARADAMENTE!...

Nem imaginam o que me tem custado a engolir ouvir os Benfiquistas dizerem que estão nos quartos de final da Taça de Portugal sem verem o seu nariz crescer.Na verdade, para estarem onde estão, foi preciso o "centenário" sr. Bruno Paixão (esse mesmo, exactamente!) marcar 3 (três) penaltis, disse bem e repito 3 (três) penaltis ao Oliveirense para que o Benfica fosse capaz de os eliminar. E, se bem se recordam, estava na disposição de marcar tantos quantos fossem precisos para o Benfica ganhar, já que cada penalti assinalado ... eles falhavam, lembram-se disso?IMAGINE-SE!!
Depois, veio o Sporting Clube de Portugal e foi aquela roubalheira que todos vimos, em que, até o sr. António Costa (esse mesmo, sim, também é Costa, pois!) corolário da sua incompetência dourada, até expulsou o Hugo Viana sem ver e sem qualquer opinião do fiscal de linha.Uma VERGONHA! Por último, ganha ao Beira Mar com um golo fora de jogo (sabem quem era o árbitro?) e aquela defesa com a mão do Ricardo Rocha dentro da área quando a bola se dirigia para a baliza com o árbitro na marca dos 9 metros. INCRÍVEL!
O que estará preparado para o Estrela da Amadora? VALA-NOS DEUS! Colos há muitos ... e esta novela do colo que tem andado a levar o Benfica e que, para já, nada tem a ver nem com o do Santana Lopes nem com o do ... outro, faz-nos rir despregadamente.Melhor que esta novela, nem a da Carolina Salgado, namorada e companheira do sr. Costa, invejável professora de gestos públicos obscenos e descarados e de uma linguagem e postura muito pouco polida e recomendada. Ficou célebre a interpelação mal educada que essa senhora (?) , decidiu fazer à comitiva benfiquista que se deslocou ao Dragão, em particular ao administrador delegado da SAD, José Veiga. Parece que Carolina não ficou contente com a apreciação feita por Veiga quanto ao seu passado conhecido, na sequência do jogo da primeira volta, e devolveu-lhe o trato à maneira dela, com expressões de fazer corar o Bispo do Porto e as vendedoras do Bolhão.
Como Veiga estava acompanhado de alguns jogadores que também dominam o mesmo vocabulário e a senhora saiu de lá pior tratada do que o fora na conferência de imprensa da Luz. Diz quem viu que foi um VERDADEIRO ESPECTÁCULO!
Bom ... retomando ...
Com a mesma veemência com que os contemporâneos de Galileu o interpelavam sobre o movimento de translação da Terra ainda há muita gente a questionar-se sobre o Sistema, não tanto se calhar pela sua existência mas antes pela forma lenta como se vai desenvolvendo, benesses e desigualdades, o que nos deixa desconfiados. Está no entanto claro que, mesmo sem sentença transitada em julgado, o famoso sistema de tipo mafioso que se dizia à boca pequena dominava o futebol português existe mesmo. Existe, e bem se pode dizer, como nos tempos de Roma, que Dias da Cunha é o seu profeta. E para os incrédulos e para os ingénuos, ei-lo aí diante dos olhos de todos, esventrado pelas denotadas investigações da PJ e do MP, que levaram à descoberta, identificação, notificação, convocação, audição, indiciamento e acusação de mais de 500 cidadãos ligados ao futebol, tais como árbitros, dirigentes e altos responsáveis de clubes, entre eles algumas das mais mediáticas figuras desse luzido firmamento. As listas de nomes, passagens das escutas telefónicas incriminatórias e outros pormenores enchem por aí os jornais, rádios e televisões. Em suma, o sistema existe e, pelo que se vê, é feito de favores, promiscuidades e tráfico de influências.
Alguém DUVIDA? Fica aqui o repto!

sexta-feira, 4 de março de 2005

MAJOR VALENTÃO ligado aos árbitros

Apito Dourado - jogos do Sporting "transformam" juízes em arguidos.
Valentim Loureiro está suspenso das funções que desempenhava e impedido de frequentar a sede da Liga Alegadas conversas consideradas suspeitas envolvendo o Major Valentim Loureiro, então presidente da Liga de Clubes, e os árbitros Augusto Duarte, Bruno Paixão e Lucílio Baptista, ocorridas antes e depois de alguns jogos do Sporting, estarão também a ser investigadas no âmbito do processo "Apito Dourado". As partidas em causa, remontam à última época e envolvem ainda o Boavista e o FC Porto, admitindo-se que as mesmas estejam na origem da constituição dos árbitros enquanto arguidos.Um dos jogos em causa é o Sporting-Boavista da época transacta, na 14.ª jornada. Sob arbitragem de Augusto Duarte, os "leões" venceram por 2-1, mas o trabalho do juiz esteve longe de agradar. Aliás, terá sido uma conversa posterior à partida, entre o presidente da Liga e o árbitro a levantar suspeitas. Certo é que Augusto Duarte, tal como Azevedo Duarte, seu pai, conselheiro afastado do Conselho de Arbitragem da FPF por ter sido constituído arguido, está no rol de implicados.Também o encontro da segunda volta, no Bessa, relativo à 31.ª jornada, está a merecer a atenção dos investigadores. Então, já com o Sporting reduzido a dez, o Boavista virou o jogo e venceu por 2-1 , mas seria Bruno Paixão o grande protagonista. Os "leões" não calaram a revolta e logo se tornaram públicos alegados encontros, no Gaia Shopping, entre o juiz de Setúbal e o ex-árbitro António Garrido, assessor do FCPorto para assuntos de arbitragem e colaborador a tempo inteiro, na semana que antecedeu o jogo. Nada se provou e, mais recentemente, Bruno Paixão negou a condição de arguido.E quem não se recorda do empate do FC Porto em Alvalade (1-1), marcado pelo célebre episódio da camisola rasgada de Rui Jorge? Jogava-se a 20.ª jornada e Lucílio Baptista haveria de ser criticado por Mourinho, incrédulo com a forma como os "leões" chegaram ao empate - penalti de Paulo Ferreira sobre Liedson, com João Pinto a receber assistência médica. Só que, pelos vistos, nem só Mourinho se "atirou" a Lucílio. Conversas a envolver outros protagonistas estarão a ser alvo de análise, tal como o teor de algumas críticas então dirigidas ao juiz.
PAIXÃO DIZ-SE TESTEMUNHA Por exemplo, o árbitro Bruno Paixão, negou ser arguido no processo Apito Dourado, auto-intitulando-se "associado como testemunha". À saída da PJ de Setúbal, pouco depois de ter sido inquirido, o juiz foi claro e categórico. "Todos temos o dever cívico de contribuir para que se apure a verdade e ajudar no que for preciso para credibilizar o futebol e a arbitragem", disse Paixão, confessando-se disposto a colaborar com a investigação. "A conduta que tenho tido até aqui é a que quero manter no futuro. Estou na arbitragem de forma honesta e vertical . Não sei se terei de voltar, mas quando o entenderem estarei disponível para o fazer", sustentou. Ora, acontece que em posição vertical, estamos todos, não percebo bem o que este senhor árbitro que apitou o vergonhoso jogo, Boavista-Sporting que levou o Benfica às competições europeias quis dizer com isso de ser vertical.
AUGUSTO DUARTE A arbitragem vem de família. Aliás, o pai, Azevedo Duarte, só recentemente foi suspenso do cargo de conselheiro da FPF, já depois do "Apito" ... apitar! Aliás, deixem-me fazer aqui uma pergunta: Algum de vocês ia para um Conselho de Arbitragem se tivessem um filho árbitro? A terem que o classificar? Que o nomear? Que lhe dar notas de mérito, castigar e outras nota$?A começar logo por AQUI, acham que ISTO É SERIEDADE ? Não acham que começa logo AQUI a PROMISCUIDADE e a CORRUPÇÃO ???????
BRUNO PAIXÃO É dos poucos jovens árbitros portugueses cuja dedicação "à causa" é quase total. Engenheiro de formação, prefere dedicar-se à arbitragem. É o tal que foi escolhido para arbitrar o "Jogo do Centenário" nas Festas do Benfica, apesar de ter ficado pessimamente mal classificado na época anterior. Todos os favores têm um favor, lá diz o "velho" ditado que acabei agora mesmo de inventar!
LUCÍLIO BAPTISTA Tem com o BES, entidade patronal, um acordo que lhe dá liberdade total para se empenhar na arbitragem sem perder qualquer regalia. E é melhor ficar por aqui. Com aquele teu sorriso de artista ... a mim não me enganas não!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

António Costa e João Ferreira

Os dois árbitros foram ouvidos pela Polícia Judiciária em Setúbal, estando prevista para quinta-feira a audição de mais testemunhas e arguidos. Os árbitros internacionais João Ferreira e António Costa foram ouvidos hoje de manhã, em Setúbal, pela Polícia Judiciária do Porto, no âmbito do processo de corrupção no futebol "Apito Dourado".
"Fui ouvido na condição de testemunha no âmbito da investigação que está a ser efectuada pela autoridades judiciais", disse à Lusa João Ferreira que terá sido interrogado durante cerca de uma hora.
"Pela forma como fui interpelado, deduzo que se tratou de um mero formalismo para fundamentar alguns pormenores e que o essencial da investigação já terá sido realizado", acrescentou João Ferreira.
Antes de João Ferreira, a Polícia Judiciária ouviu também António Costa , não se sabendo se o árbitro nomeado para o FC Porto -Benfica de segunda-feira, da 23ª jornada da SuperLiga, foi convocado na condição de testemunha ou de arguido. De acordo com a Agência Lusa, a PJ do Porto está em Setúbal desde terça-feira para ouvir cerca de duas dezenas de pessoas no âmbito do processo "Apito Dourado", estando prevista para quinta-feira a audição de mais testemunhas e/ou arguidos.
No âmbito do processo "Apito Dourado", desencadeado em Abril de 2004, já foram constituídos mais de 30 arguidos, nomeadamente o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Valentim Loureiro (com funções suspensas), e os presidentes de FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, União de Leiria, João Bartolomeu, do Nacional, Rui Alves, e do Gondomar, José Luís Oliveira, que chegou a estar em prisão preventiva.
Pinto de Sousa, presidente suspenso do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, e outros membros do órgão também são arguidos no processo, à semelhança de diversos árbitros, nomeadamente alguns de primeira categoria, e a presidente das Câmara Municipal de Leiria, Isabel Damasceno.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

Rui Alves conta quase tudo...

Em entrevista ao "Diário de Notícias da Madeira", o alegado engenheiro Rui Alves confirmou que foi ouvido recentemente pela PJ na qualidade de arguido no processo Apito Dourado. O presidente do Nacional da Madeira até disse mais: que está indiciado de um crime de corrupção activa "através da interpretação de uma conversa telefónica com um empresário de futebol que trabalha com o FC Porto ".
O empresário é António Araújo - indiciado de cinco crimes de corrupção activa -, o árbitro Augusto Duarte - indiciado de três crimes de corrupção desportiva passiva - e o jogo em causa o Nacional-Benfica da época passada. A tese defendida pelo Ministério Público aponta para a intenção de o FC Porto, através de um benefício do Nacional, conseguir prejudicar o seu rival directo, o Benfica.
Rui Alves até aproveitou nessa conversa para queixar-se do árbitro Augusto Duarte. "Com aquele nunca ganho", afirmou sobre o juiz bracarense. Mas o Nacional acabou mesmo por vencer o Benfica.
"Quase que diria que se comprei um árbitro uma vez em onze anos que levo como dirigente, então devo ser um santo", desabafou o presidente nacionalista, que aceita como "prováve l" que se comprem árbitros."Trabalhar o árbitro" foi uma expressão na conversa em causa, tendo Alves reagido com um "toca a andar" que hoje diz dever-se ao facto de querer terminar o diálogo escutado.
"Disse aos agentes da PJ que mulheres só arranjo para mim", revelou Rui Alves, a propósito de uma alegada rede de prostituição dedicada aos árbitros que aterravam na Madeira.
Isto está a ficar bonito, está, está ...!!!!!
VERGONHOSO!!!!!

O apito na Madeira

... Embora haja muita gente pelo mundo fora que não gosta de ouvir falar disto, fugindo do Apito Dourado como o Diabo foge da Cruz, têm que ter alguma paciência, mas vamos ter de continuar na sua senda para bem e para abono da VERDADE DESPORTIVA que tem sido adulterada nos últimos 20 anos como toda a gente sabe.
Eu sei que custa ouvir mas, ... é isso mesmo, e, o famoso Apito Dourado chegou à Madeira e vai por lá uma revolução que muito tem enervado o Vaticano aqui no Continente. Até o alegado eng. Rui Alves, um dos dois únicos cidadãos vivos com o nome num estádio de futebol, está em maus lençóis. Mas o dr Alberto João Jardim já avisou a PJ, imaginem ... para não se meterem com ele. Sem mais nem menos!A PJ e o MP têm gravações de escutas telefónicas (a tecnologia moderna veio dar uma nova dimensão ao velho ditado "pela boca morre o peixe") que provam que o distinto presidente do Nacional da Madeira, alegadamente engenheiro Rui Alves, estaria envolvido num caso concreto de corrupção activa, verificado no jogo entre o Nacional e o Benfica, que o primeiro ganhou 3-2, no Estádio da Choupana, que o eng. Rui Alves modestamente rebaptizou com o seu próprio nome.
O árbitro alegadamente corrompido pelo sr. engenheiro foi, imaginem, o sr. Augusto Duarte, de Braga. E o jogo foi no dia 22/2/2004.
Mas vamos por partes.
O alegado eng. Rui Alves, um dos dois únicos cidadãos, vivos, em todo o Mundo, que tem um estádio de futebol com o seu nome - o outro é esse não menos distinto autarca de Marco de Canaveses, Avelino Ferreira Torres - é suspeito de ter procurado favorecer o FC Porto no comando da SuperLiga com essa derrota do Benfica. Foi constituído arguido e acusado de crime de corrupção activa. Conhecido pelo "500" e ex-vereador das Obras da Câmara Municipal do Funchal durante vários anos, é amigo pessoal do doutor Jardim e consta na Madeira que é hoje um homem muito rico.
Quanto ao Augusto Duarte, de Braga, foi detido em Dezembro último, acusado de cinco crimes de corrupção activa e passiva pelo já célebre Tribunal de Gondomar, onde foram igualmente constituídos arguidos e acusados de alegada corrupção os srs. Pinto da Costa e António Araújo, o empresário dos brasileiros para o FC Porto e que fez, à última hora, o descaminho de Paulo Assunção e Rossato, dados como certos no Sporting Clube de Portugal.
Mas, na Madeira, a operação estendeu-se ainda ao sr. António Henriques (grande amigo do peito do sr. Pinto da Costa e compadre), vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, com sede em Lisboa, também ele constituído arguido, e mais 25 agentes desportivos madeirenses, presidentes de clubes, árbitros, etc., tendo havido buscas a sedes de clubes e domicílios privados. Por coincidência, ou talvez não, este Augusto Duarte é filho do ex-árbitro e actual membro do Conselho de Arbitragem da FPF, Azevedo Duarte, também ele arguido no processo Apito Dourado, e irmão, como se diz na tropa, "do também árbitro" de 1ª categoria Hernâni Duarte. Enfim, estes Duartes são um caso óbvio de vocação para a arbitragem. Não menos óbvio é o "incómodo" do dr Jardim com estas intromissões da justiça do continente. Tanto que já fez ameaças e chamou "polícia política" à Judiciária. Mais nada!