A abertura deste espaço, tem como principal razão de ser a denúncia de todos os casos de corrupção, que se têm verificado através da viciação do "SISTEMA" que o Dr. Dias da Cunha, corajosa e persistentemente denunciou. Até aprece que querer que exista VERDADE DESPORTIVA é ... vergonha. Enfim, agora que se sabe que entre outros favores aos árbitos, para além de peças de ouro e sem falar de viagens ao Brasil, há favores sexuais que envolvem vários dirigentes e árbitros internacionais e de meia tigela, e que têm servido de suporte aos bons resultados de alguns, não nos podemos admirar que nos últimos 20 anos os campos estejam inclinados e tenham sido o FCPorto e o sr. Pinto da Costa os maiores beneficiários. A OPERAÇÃO "APITO DOURADO" não sei se será ou não bem sucedida naquilo que TODA A GENTE SABE. No entanto, teve o condão de trazer à luz do dia muitos nomes, poucas vergonhas, batota, mentira, roubo, telemóveis e, MUITA COISA MAIS que andava escondida. Está aberta a caça! Ou estava, a justiça tem destas coisas. E o que é engraçado também no meio de tudo isto, é ver o sr. Luis Filipe Vieira, anafado e literado presidente do Benfica a deitar baba e ranho sobre os telefonemas e a promiscuidade do FCPorto e Pinto da Costa, quando ele próprio andou embrulhado com telefonemas a escolher árbitros. E o Dr. João Rodrigues ... sabem todos quem é. não sabe?
Pelo menos os telefonemas existiram, esses ninguém pode provar que não existiram.
São um facto indesmentível!

quinta-feira, 7 de abril de 2005

A investigação terminou (dizem...)

Ao fim de dois anos, o inquérito chegou ao fim e o documento final já seguiu para o Tribunal de Gondomar
"Apito Dourado" já saiu da PJ
São cerca de 200 os arguidos do Apito Dourado, cuja participação no caso é explicada pela PJ ao longo de mais de 15 mil folhas. O processo promete tranformar-se num dos maiores casos que alguma vez chegará a julgamento. Os autos seguiram anteontem à noite para o Tribunal de Gondomar e agora cabe a Carlos Teixeira, procurador do Ministério Público, deduzir a acusação. Depois de dois anos e um mês de investigação, realizada por dez inspectores, em regime de exclusividade, a Polícia Judiciária do Porto respira finalmente de alivio. A investigação do "Apito Dourado" chegou ao fim e a novela da corrupção desportiva está encerrada.
O único capítulo que ainda poderá ser reaberto tem a ver com as ligações às autarquias, as relações com as obras do Metro, as cumplicidades políticas. Mas também não é certo que isso aconteça. Só o será se o Ministério Público entender que as pessoas inquiridas e as diligências desenvolvidas pelos investigadores não são suficientes. Nesse caso, deduzirá acusação relativamente ao futebol e extrairá certidões para o restante.
Mas, para já, a PJ concluiu mesmo o inquérito. Com 370 testemunhas inquiridas e mais de 100 buscas domicliárias a empresas, clubes e residências realizadas. Ao longo do último ano, foram também feitas 25 detenções e os autos que anteontem seguiram para Gondomar estão acondicionados em 55 volumes e centenas de apensos.
Carta anónima
O processo começou em Março de 2003, com uma carta anónima para a PJ. A denúncia dava conta de que o Gondomar preparava o terreno para a subida à Liga de Honra, no ano seguinte. As investigações começaram e, no início do Verão, o telemóvel de José Luís Oliveira, presidente do clube, foi colocado sob escuta. Durante 33 jornadas, as autoridades investigaram tudo o que estava relacionado com o Gondomar.
Pelo meio, foram aparecendo outras ligações futebolistas, depois investigadas pela Polícia Judiciária. Hoje, começaram a surgir parte das escutas telefónicas que deram origem ao processo. O "filme" dos jogos da 2.ª Divisão B foi feito pela investigação, em documentos que se encontram no Tribunal de Gondomar. As escutas complementaram a investigação que não se limitou, no entanto, a ouvir os intervenientes.
Há no processo dezenas de diligências externas. Relatos de jogos feitos pelos próprios investigadores, fotografias e cassetes vídeo. Aí, atestam-se alguns encontros dos árbitros com dirigentes (não só do Gondomar, mas também da SuperLiga), bem como as entregas do ouro ou os jantares de confraternização com as equipas de arbitragem.O processo vive ainda de inúmeros depoimentos. Dezenas das 370 testemunhas deverão constituir-se assistentes, por terem sido lesadas no seu trabalho enquanto árbitros.
Aí, incluem-se os que não pactuavam com os esquemas e que, de alguma forma, foram prejudicados. Um desses casos é o de Pedro Proença, o árbitro de Lisboa, que já anunciou que o faria (constituir-se assistente e sentar-se ao lado da acusação), por estar "chocado" com a forma como alguns dirigentes se comportavam.
Agora, que o processo se aproxima rapidamente da acusação e será aberto completamente às defesas, entraremos também numa nova fase.
O momento dos recursos, em que todos tentarão questionar a forma como a investigação foi feita. A legalidade das escutas telefónicas e a forma como pelo menos parte delas foram validadas será concerteza questionada. Duzentos arguidos também fazem supor que o processo passará para ainda por uma instrução longa.

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