Hermínio Loureiro, no seu discurso de tomada de posse, prometeu actuar em relação ao caso Apito Dourado, defendendo a credibilização do futebol português. Na altura, muitos o criticaram e duvidaram das suas promessas.
Em poucas semanas de mandato, fez mais do que muitos fizeram durante anos a fio. Lançou a Taça da Liga, pôs na agenda a inevitável profissionalização dos árbitros, através da realização de um interessantíssimo colóquio internacional, quer criar a primeira escola profissional de árbitros de futebol, obrigou-os a entregarem a declaração de interesses e de rendimentos, rebaptizou a Liga de Honra, está a estudar a forma de levar mais adeptos aos estádios, sobretudo jovens e mulheres, assumiu, sem complexos, o cargo de vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, a Comissão de Arbitragem da Liga deu o tratamento devido ao árbitro da 1.ª categoria que foi acusado de corrupção e a sua Comissão Disciplinar vai instaurar processos disciplinares aos agentes desportivos que estão indiciados nos vários inquéritos do "Apito Dourado".
Hermínio Loureiro e a sua equipa já têm obra para mostrar e só espero que não parem. O futebol português precisava de mudar há muito tempo e foi preciso chegar alguém da política para o fazer. Curiosamente, o presidente da Liga é alguém que vem do basquetebol, onde tudo é mais simples, mais prático, mais espectacular, modalidade em que não há tempos mortos no jogo jogado. Talvez seja esta a grande diferença entre Hermíno Loureiro e os restantes dirigentes do futebol. É que ele não queima tempo e, pelos vistos, encesta com facilidade, quer no garrafão quer fora dele. Esperemos que não apareça ninguém a pedir um desconto de tempo com o intuito de quebrar o seu ritmo.
Mas, ainda assim, não sei se ele está mesmo com vontade de mudar. Aquela de manter o Valentim Loureiro nos seus corpos sociais como Prsidente da Assembleia Geral ... hummmm ... dá muito que pensar!
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