A abertura deste espaço, tem como principal razão de ser a denúncia de todos os casos de corrupção, que se têm verificado através da viciação do "SISTEMA" que o Dr. Dias da Cunha, corajosa e persistentemente denunciou. Até aprece que querer que exista VERDADE DESPORTIVA é ... vergonha. Enfim, agora que se sabe que entre outros favores aos árbitos, para além de peças de ouro e sem falar de viagens ao Brasil, há favores sexuais que envolvem vários dirigentes e árbitros internacionais e de meia tigela, e que têm servido de suporte aos bons resultados de alguns, não nos podemos admirar que nos últimos 20 anos os campos estejam inclinados e tenham sido o FCPorto e o sr. Pinto da Costa os maiores beneficiários. A OPERAÇÃO "APITO DOURADO" não sei se será ou não bem sucedida naquilo que TODA A GENTE SABE. No entanto, teve o condão de trazer à luz do dia muitos nomes, poucas vergonhas, batota, mentira, roubo, telemóveis e, MUITA COISA MAIS que andava escondida. Está aberta a caça! Ou estava, a justiça tem destas coisas. E o que é engraçado também no meio de tudo isto, é ver o sr. Luis Filipe Vieira, anafado e literado presidente do Benfica a deitar baba e ranho sobre os telefonemas e a promiscuidade do FCPorto e Pinto da Costa, quando ele próprio andou embrulhado com telefonemas a escolher árbitros. E o Dr. João Rodrigues ... sabem todos quem é. não sabe?
Pelo menos os telefonemas existiram, esses ninguém pode provar que não existiram.
São um facto indesmentível!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Confesso-me

VOU CONTAR TUDO!

Rui Mendes, o árbitro que deu origem ao processo "Apito Dourado", quer relatar em julgamento tudo o que sabe sobre a corrupção no futebol português, nomeadamente as reuniões que teve com Valentim Loureiro e José Luís Oliveira, na Câmara de Gondomar.

"Apesar de ter sido constituído arguido, vou contar tudo o que se passou comigo", disse o árbitro do Porto que o Ministério Público (MP) acusou de um crime de corrupção desportiva passiva.Segundo o MP, Rui Mendes, a pedido do arguido José Luís Oliveira, aceitou dirigir o Trofense-Gondomar (1-1), que se realizou no dia 8 de Abril de 2001, com a contrapartida de ajudar a equipa visitante.
Foi precisamente o que rodeou esta partida que esteve na base das investigações que, desde o início, contaram com a colaboração do juiz que, na altura, militava na 1.ª categoria nacional e que se sentia prejudicado na sua classificação (estava para descer) desde que dirigira o Campomaiorense-União de Leiria (I Liga).
De acordo com o que o CM apurou, antes do jogo de Campo Maior, que se realizou em Outubro de 2000 e terminou empatado (1-1), Rui Mendes foi alvo de uma tentativa de aliciamento. Como não correspondeu ao que lhe foi pedido "ajudar os raianos" as notas que foi recebendo colocaram-no nos lugares do fundo da classificação na arbitragem.
Decidiu, então, que tinha de contar a Valentim Loureiro o que se passara antes do encontro da 4.ª jornada da Liga. Mas só no dia 2 de Abril de 2001 o conseguiu, quando foi convocado por José Luís Oliveira para uma reunião na Câmara de Gondomar.
Após relatar o que se passou numa área de serviço a caminho do Alentejo, o árbitro ouviu o Major dizer-lhe que, embora a sua classificação fosse má, era possível recuperar. A determinada altura, Valentim Loureiro deixou o gabinete onde se encontravam.
E, segundo o MP, foi já sem a presença do Major que José Luís Oliveira perguntou a Rui Mendes se não se importava de dirigir o Trofense-Gondomar. Aceitou, para, tentar descobrir até que ponto ia a corrupção na arbitragem portuguesa e com a firme intenção de "denunciar tudo". O MP, no entanto, entendeu que o árbitro sabia muito bem que ao dizer sim a Oliveira teria de ajudar o Gondomar.
E que seria recompensado com uma boa nota, dado que o observador do seu trabalho (Joaquim Pinheiro da Silva) também estaria controlado. Durante a conversa na CM de Gondomar, ainda de acordo com o MP, Oliveira terá telefonado a Pinto de Sousa, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, ordenando-lhe que nomeasse Rui Mendes para o Trofense-Gondomar.
Passado algum tempo, Rui Mendes soube que o observador o tinha pontuado com uma nota fraca. E em Maio de 2001 contou tudo (aliciamento na área de serviço e conversas com Valentim Loureiro e José Luís Oliveira) a Pimenta Machado (na altura, presidente do V. Guimarães e arqui-rival do Major), Comissão Disciplinar da Liga e Conselho Disciplinar da FPF.
O recurso às instâncias de futebol custou-lhe 40 dias de suspensão, por ter denunciado o que lhe sucedeu à Comunicação Social.
Percebem porquê que o
Sporting Clube de Portugal
é contra as nomeações?

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