A abertura deste espaço, tem como principal razão de ser a denúncia de todos os casos de corrupção, que se têm verificado através da viciação do "SISTEMA" que o Dr. Dias da Cunha, corajosa e persistentemente denunciou. Até aprece que querer que exista VERDADE DESPORTIVA é ... vergonha. Enfim, agora que se sabe que entre outros favores aos árbitos, para além de peças de ouro e sem falar de viagens ao Brasil, há favores sexuais que envolvem vários dirigentes e árbitros internacionais e de meia tigela, e que têm servido de suporte aos bons resultados de alguns, não nos podemos admirar que nos últimos 20 anos os campos estejam inclinados e tenham sido o FCPorto e o sr. Pinto da Costa os maiores beneficiários. A OPERAÇÃO "APITO DOURADO" não sei se será ou não bem sucedida naquilo que TODA A GENTE SABE. No entanto, teve o condão de trazer à luz do dia muitos nomes, poucas vergonhas, batota, mentira, roubo, telemóveis e, MUITA COISA MAIS que andava escondida. Está aberta a caça! Ou estava, a justiça tem destas coisas. E o que é engraçado também no meio de tudo isto, é ver o sr. Luis Filipe Vieira, anafado e literado presidente do Benfica a deitar baba e ranho sobre os telefonemas e a promiscuidade do FCPorto e Pinto da Costa, quando ele próprio andou embrulhado com telefonemas a escolher árbitros. E o Dr. João Rodrigues ... sabem todos quem é. não sabe?
Pelo menos os telefonemas existiram, esses ninguém pode provar que não existiram.
São um facto indesmentível!

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

O que Carolina Salgado disse ao tribunal

A Ex-companheira de Pinto da Costa disse ao juiz de Gondomar que testemunhou encontros para exigir árbitros e garante que Valentim Loureiro prometia «recompensas». Carolina prestou juramento em tribunal. Carolina Salgado revelou ao juiz de instrução do processo «Apito Dourado» que Pinto da Costa, Valentim Loureiro e o ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Pinto de Sousa, mantinham encontros frequentes no restaurante portuense «Degrau Chá», propriedade do autarca de Gondomar, porque sabiam que os respectivos telemóveis estavam sob escuta e assim «podiam falar mais tranquilamente».
A antiga companheira do presidente do Futebol Clube do Porto (FCP) terá ainda acrescentando, durante o interrogatório no Tribunal de Gondomar, a 18 de Dezembro, que estas reuniões ocorriam «mais ou menos de 15 em 15 dias ou quando algum jogo, quer para o Porto quer para o Gondomar, não corria de feição».

Durante estes encontros, a que Carolina afirma ter assistido, a ex-companheira do dirigente portista recorda-se de «ouvir por diversas vezes o arguido Valentim Loureiro dirigir-se ao arguido Pinto de Sousa e dizer-lhe ó Zé, vê lá isso, vê lá se falas com o gajo ou vê lá se escolhes o gajo para ajudar, tendo sempre em vista a presença do árbitro mais favorável para que pudesse ajudar o Gondomar a ganhar os respectivos jogos».

A antiga companheira de Pinto da Costa, que prestou juramento durante o interrogatório feito pelo juiz Pedro Miguel Vieira, referiu ainda uma conversa entre os arguidos na Sala VIP do estádio do Bessa, no Porto, em que Valentim Loureiro se mostrava «muito indignado pelo facto de o árbitro que apitara o jogo do Gondomar não ter alegadamente beneficiado ou ajudado de maneira a que o Gondomar pudesse ganhar o jogo».

No decurso das conversas a que assistiu, Carolina Salgado afirmou recordar-se de ouvir Valentim Loureiro referir ao arguido Pinto de Sousa «que depois os árbitros seriam recompensados com a oferta de presentes». Acrescentou, finalmente, que o arguido Pinto de Sousa «mostrava-se bastante subjugado ao arguido Valentim Loureiro, sendo incapaz em algum momento de lhe negar algum serviço ou de contrariar o que ele dissesse ou quisesse».

A defesa de Valentim Loureiro confirmou ter sido notificada das declarações de Carolina Salgado, considerando-as «irrelevantes». O advogado Amílcar Fernandes acrescentou que ainda não decidiu qual a resposta a dar ao testemunho da antiga companheira do presidente portista. Recorde-se que Valentim Loureiro está acusado de 26 crimes de corrupção activa em cumplicidade, no âmbito do processo que se encontra na fase de instrução no Tribunal de Gondomar. Pinto de Sousa está acusado por 26 crimes de corrupção passiva para acto ilícito.

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