A abertura deste espaço, tem como principal razão de ser a denúncia de todos os casos de corrupção, que se têm verificado através da viciação do "SISTEMA" que o Dr. Dias da Cunha, corajosa e persistentemente denunciou. Até aprece que querer que exista VERDADE DESPORTIVA é ... vergonha. Enfim, agora que se sabe que entre outros favores aos árbitos, para além de peças de ouro e sem falar de viagens ao Brasil, há favores sexuais que envolvem vários dirigentes e árbitros internacionais e de meia tigela, e que têm servido de suporte aos bons resultados de alguns, não nos podemos admirar que nos últimos 20 anos os campos estejam inclinados e tenham sido o FCPorto e o sr. Pinto da Costa os maiores beneficiários. A OPERAÇÃO "APITO DOURADO" não sei se será ou não bem sucedida naquilo que TODA A GENTE SABE. No entanto, teve o condão de trazer à luz do dia muitos nomes, poucas vergonhas, batota, mentira, roubo, telemóveis e, MUITA COISA MAIS que andava escondida. Está aberta a caça! Ou estava, a justiça tem destas coisas. E o que é engraçado também no meio de tudo isto, é ver o sr. Luis Filipe Vieira, anafado e literado presidente do Benfica a deitar baba e ranho sobre os telefonemas e a promiscuidade do FCPorto e Pinto da Costa, quando ele próprio andou embrulhado com telefonemas a escolher árbitros. E o Dr. João Rodrigues ... sabem todos quem é. não sabe?
Pelo menos os telefonemas existiram, esses ninguém pode provar que não existiram.
São um facto indesmentível!

sábado, 6 de janeiro de 2007

Duas mulheres a agitarem o Apito Dourado

Carolina Salgado e Maria José Morgado apareceram na recta final de 2006 para dar fôlego ao processo de corrupção no futebol. Este foi o ano de acusações e processos arquivados. Que agora podem renascer.
A acusação no processo «Apito Dourado» parecia marcar o ponto alto no processo de corrupção no futebol, em 2006, mas na recta final do ano, duas mulheres trouxeram novo fôlego (e que fôlego!) ao escândalo do futebol. Carolina Salgado e Maria José Morgado: sobre elas falaremos mais adiante.
- 8/2/06: 27 arguidos conhecem a acusação. Valentim Loureiro é o mais mediático. É acusado de 26 crimes de corrupção activa sob a forma de cumplicidade e dois crimes de prevaricação, estes relacionados com a gestão autárquica. A acusação cinge-se ao jogo do Gondomar Sport Clube.São extraídas 81 certidões do processo e enviadas para 32 comarcas diferentes, de Lisboa ao Funchal. Segundo a Procuradoria-Geral da República, em Setembro havia 14 arquivamentos e duas acusações: uma delas respeita ao jogo Marítimo/Nacional (2004). Os arguidos são o ex-árbitro Martins dos Santos e o ex-vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF e também antigo presidente do Marítimo, António Henriques.
- 10/4 O principal visado na acusação do Apito Dourado, ex-presidente do clube de Gondomar, José Luís Oliveira, reclama a inconstitucionalidade da lei que pune a corrupção no desporto. Argumento: irregularidades na lei de autorização legislativa. Mais tarde junta um parecer do constitucionalista Gomes Canotilho a sustentar a tese. Está nas mãos do juiz de instrução o destino do processo.
- 24/4 Pinto da Costa foi ilibado no processo relativo à oferta de prostitutas aos árbitros do jogo FC Porto-Estrela da Amadora. Eram ainda arguidos neste processo, o administrador da SAD do FC Porto Reinaldo Teles, o árbitro Jacinto Paixão, o ex-árbitro António Garrido e o empresário António Araújo. Todos foram ilibados.
- 26/4: DIAP do Porto arquivou o processo relacionado com as ligações entre Valentim Loureiro e empresários da construção, considerado um dos mais graves envolvendo o major. Em causa, o alegado favorecimento dos empresários na atribuição de empreitadas, relacionadas com a Câmara de Gondomar e com o Metro do Porto, em troca de financiamentos para o Boavista Futebol Clube.
- 26/5: Valentim pede o afastamento do procurador e justifica com o «historial de más relações e inimizade» anterior ao processo. O requerimento é indeferido.
- 25/9: PJ investiga fuga de informação e pede à PGR que descubra quem avisou Pinto da Costa do mandado de detenção.
- 8/12: «Eu, Carolina», o livro da ex-companheira de Pinto da Costa é publicado. Carolina Salgado faz várias denúncias que atingem factos investigados. Garante que recebeu 10 mil euros do presidente do FCP para contratar dois homens que agrediram o ex-vereador socialista da Câmara de Gondomar, Ricardo Bexiga, cujas denúncias espoletaram o caso «Apito Dourado». Revela, ainda, que Pinto da Costa foi avisado das buscas da PJ a sua casa, o que lhe permitiu «fugir» para Espanha e ganhar tempo para preparar o depoimento em tribunal. PGR admite que está a ler o livro «Eu, carolina» com atenção.
- 9/12: procurador-adjunto que investigou o processo «Apito Dourado» admite ter sido alvo de perseguições de carro por parte de elementos próximos de arguidos do processo. E garante mesmo ter identificado uma das pessoas.
- 12/12: Instrução do processo «Apito Dourado» começa à porta fechada
- 14/12: Procurador-Geral da República nomeia a procuradora-geral adjunta, Maria José Morgado, para chefiar uma equipa que vai investigar todos os casos extraídos do processo «Apito Dourado». Livro de Carolina «apressou» decisão. Processos arquivados podem ser reabertos, dependendo dos novos elementos de prova recolhidos.
- 18/12: Juiz de Gondomar ouve a ex-companheira de Pinto da Costa como testemunha. Magistrado invoca as «relações pessoais» entre o presidente do FCP e dois arguidos do processo, Valentim Loureiro e Pinto de Sousa. E entende que o seu depoimento pode ser «importante para a descoberta da verdade»
O ano de 2007 promete novidades.

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