A abertura deste espaço, tem como principal razão de ser a denúncia de todos os casos de corrupção, que se têm verificado através da viciação do "SISTEMA" que o Dr. Dias da Cunha, corajosa e persistentemente denunciou. Até aprece que querer que exista VERDADE DESPORTIVA é ... vergonha. Enfim, agora que se sabe que entre outros favores aos árbitos, para além de peças de ouro e sem falar de viagens ao Brasil, há favores sexuais que envolvem vários dirigentes e árbitros internacionais e de meia tigela, e que têm servido de suporte aos bons resultados de alguns, não nos podemos admirar que nos últimos 20 anos os campos estejam inclinados e tenham sido o FCPorto e o sr. Pinto da Costa os maiores beneficiários. A OPERAÇÃO "APITO DOURADO" não sei se será ou não bem sucedida naquilo que TODA A GENTE SABE. No entanto, teve o condão de trazer à luz do dia muitos nomes, poucas vergonhas, batota, mentira, roubo, telemóveis e, MUITA COISA MAIS que andava escondida. Está aberta a caça! Ou estava, a justiça tem destas coisas. E o que é engraçado também no meio de tudo isto, é ver o sr. Luis Filipe Vieira, anafado e literado presidente do Benfica a deitar baba e ranho sobre os telefonemas e a promiscuidade do FCPorto e Pinto da Costa, quando ele próprio andou embrulhado com telefonemas a escolher árbitros. E o Dr. João Rodrigues ... sabem todos quem é. não sabe?
Pelo menos os telefonemas existiram, esses ninguém pode provar que não existiram.
São um facto indesmentível!

domingo, 10 de dezembro de 2006

Carolina "em directo"

"Jorge Nuno e o major controlam tudo e até a Polícia Judiciária do Porto"
Decidiu publicar uma autobiografia para se defender da má publicidade que tem sido feito da sua pessoa. Num relato aos bastidores do futebol, acusa o presidente do FC Porto de comprar árbitros e mover influências. Que papel está assumir a neste momento com a publicação deste livro?
- Este livro é a vontade de encerrar um capítulo da minha vida. Se a separação tivesse acontecido de uma forma normal e civilizada não haveria livro.
Vingança, arrependimento?
- Perante a tentativa persistente de Jorge Nuno de me achincalhar na praça pública decidi escrever um livro que me desse o direito de me defender.
Foi pressionada para que o livro não fosse publicado?
- Recebi algumas pressões e ameaças, mas o que interessa é que foi publicado.
Não receia as consequências que poderão advir da publicação?
- Assumo os riscos de tudo o que contei. Estou preparada para pagar os erros que cometi durante este tempo. Tudo o que escrevi aconteceu e também admito que por uma questão de precaução e segurança pessoal, não contei todas as histórias.
Falou de promiscuidade, de mundo oculto no futebol. A que se referia?
- Às inúmeras histórias de bastidores, como as que envolvem os árbitros. Relatei algumas situações de árbitros que estiveram em minha casa a conviver com o Jorge Nuno. Acho que não é normal este tipo de confraternização.
Eram árbitros indicados para os jogos do FC Porto?
- Também. Isso também acontecia em vésperas dos jogos? Sim, existiramalguns convívios.
E nesses convívios eram pedidos favores?
- Exactamente.
Favores desportivos?
- Eles eram pagos para se portarem bem.
De que tipo de pagamentos fala?
- Há muitas formas de se pagar favores. Não se pode limitar o pagamento a dar dinheiro.
Está a falar de corrupção na arbitragem...
- Pelo que vi, sim. Alguns árbitros vendem-se.
Relata no livro um telefonema de Pinto da Costa para Pinto de Sousa, (ex-presidente do Conselho de Arbitragem) queixando-se de uma arbitragem que não estava a correr bem. Era frequente essa situação?
- Aconteceu algumas vezes.
E qual era a resposta?
- Pinto de Sousa tentava tranquilizá-lo e depois acabavam por se encontrar para falar do assunto. Assistiu a alguma sugestão de árbitro para algum jogo do FC Porto?
Sim, por exemplo o Benfica-FC Porto (2004), naquele jogo em que assisti à partida no meio dos Super-Dragões e exibi um cartaz para o presidente do Benfica, uma montagem de Jorge Nuno, que me usou.
Está a dizer que esse arbitro, Olegário Benquerença, foi escolhido por Pinto da Costa?
- ... Recordo-me bem que o resultado desse jogo foi positivo para o FC Porto [vitória por 1-0].
A quem eram dirigidos os pedidos?
- A quem mandava nos árbitros e quem tinha o poder na Liga, dirigentes importantes que estão indiciados no processo Apito Dourado.
Que tipo de relacionamento tem Pinto da Costa com Valentim Loureiro.
- Há amigos que não se podem dar ao luxo de se zangarem, amizades que têm de ser mantidas a todo custo. São amizades de conveniência. Não acredito que ele goste verdadeiramente de alguém.
Neste seis anos sentiu que Pinto da Costa tem influência no futebol português?
- Tem muita influência a todos os níveis. E não tenho receio de dizer que muitos dos jogos do FC Porto foram ganhos nos bastidores.
Quem são os mais influentes?
- O major e o Jorge Nuno controlam tudo a norte. O poder deles, nomeadamente do Jorge Nuno, vai muito além do futebol, abrange a comunicação social e vai até à Polícia Judiciária do Porto, como ficou provado no processo "Apito Dourado".
Se pudesse voltar atrás o que faria de diferente?
- O Jorge Nuno estava a par, desde o início, de tudo o que se ia passando no processo, e foi avisado um dia antes de a PJ ir a nossa casa. Foi Lourenço Pinto [advogado] que lhe disse. A informação chegou por intermédio do irmão de Reinaldo Teles, Joaquim Pinheiro, que tem um amigo na Polícia Judiciária do Porto. Essa informação deu-nos tempo para preparar a fuga.
Se pudesse voltar atrás o que faria de diferente?
- Não teria ajudado o Jorge Nuno na agressão a Ricardo Bexiga. Eu fu incumbida por ele de falar com algumas pessoas e fazer o serviço ("dar uma coça", ao então vereador). Na altura ele não podia confiar nas outras pessoas, Reinaldo Teles deixara de ser, por motivos pessoais, o seu braço direito e então utilizou-me. Fiz o trabalho sujo.
E porque aceitou?
- Não tinha alternativa. Tinha que o ajudar. Eu sempre me coloquei na linha da frente em tudo.

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