No âmbito do apito dourado, João Bartolomeu foi indiciado por tráfico de influências e estão em causa escutas com Pinto de Sousa, Valentim Loureiro e Pinto da Costa.
O presidente da SAD da União Desportiva de Leiria é suspeito de tráfico de influências no âmbito do processo Apito Dourado, tendo sido constituído arguido a semana passada. João Bartolomeu, recusou prestar declarações quando se deslocou às instalações da Polícia Judiciária de Leiria, para ser questionado pelos inspectores da PJ do Porto que aí se haviam deslocado propositadamente.
Fê-lo depois de saber que era arguido e a conselho do seu advogado, Dinis Lucas.Em causa estarão conversas telefónicas mantidas com Pinto de Sousa, presidente suspenso do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol; Valentim Loureiro, presidente da Câmara de Gondomar e presidente suspenso da Liga de Clubes; e Pinto da Costa, presidente do F. C. Porto. Foi na sequência dessas escutas que os investigadores pretenderam interrogar o dirigente desportivo, ainda que, no caso, não tivessem tido êxito.
Ao que se apurou, o presidente da SAD do Leiria também já estaria à espera de ser inquirido. Desde o início do processo que saberia que tinha sido escutado, tendo tido então, alegadamente, conhecimento de algumas das situações que lhe eram imputadas - tanto mais que os outros arguidos já tinham sido confrontados com as mesmas conversas.
No âmbito do processo, faltarão ainda ouvir cerca de 150 pessoas, embora a maioria seja interrogada na qualidade de testemunhas e como uma última tentativa das autoridades conseguirem reunir mais queixosos para consolidar o processo.Refira-se que, antes de ser concluído o inquérito, deverá haver mais uma leva de detenções e apresentação de suspeitos à juíza de instrução criminal.
Mesmo assim, tudo indica que, até Março, a PJ tenha pronto o relatório final, de forma a enviá-lo para o Ministério Público, para que seja deduzida acusação.
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