Os dois árbitros foram ouvidos pela Polícia Judiciária em Setúbal, estando prevista para quinta-feira a audição de mais testemunhas e arguidos. Os árbitros internacionais João Ferreira e António Costa foram ouvidos hoje de manhã, em Setúbal, pela Polícia Judiciária do Porto, no âmbito do processo de corrupção no futebol "Apito Dourado".
"Fui ouvido na condição de testemunha no âmbito da investigação que está a ser efectuada pela autoridades judiciais", disse à Lusa João Ferreira que terá sido interrogado durante cerca de uma hora.
"Pela forma como fui interpelado, deduzo que se tratou de um mero formalismo para fundamentar alguns pormenores e que o essencial da investigação já terá sido realizado", acrescentou João Ferreira.
Antes de João Ferreira, a Polícia Judiciária ouviu também António Costa , não se sabendo se o árbitro nomeado para o FC Porto -Benfica de segunda-feira, da 23ª jornada da SuperLiga, foi convocado na condição de testemunha ou de arguido. De acordo com a Agência Lusa, a PJ do Porto está em Setúbal desde terça-feira para ouvir cerca de duas dezenas de pessoas no âmbito do processo "Apito Dourado", estando prevista para quinta-feira a audição de mais testemunhas e/ou arguidos.
No âmbito do processo "Apito Dourado", desencadeado em Abril de 2004, já foram constituídos mais de 30 arguidos, nomeadamente o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Valentim Loureiro (com funções suspensas), e os presidentes de FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, União de Leiria, João Bartolomeu, do Nacional, Rui Alves, e do Gondomar, José Luís Oliveira, que chegou a estar em prisão preventiva.
Pinto de Sousa, presidente suspenso do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, e outros membros do órgão também são arguidos no processo, à semelhança de diversos árbitros, nomeadamente alguns de primeira categoria, e a presidente das Câmara Municipal de Leiria, Isabel Damasceno.
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