As classificações dos árbitros são uma completa mistificação. Um árbitro que tenha a nota mínima do observador pode ter na classificação final a nota máxima nesse mesmo jogo. São os "coeficientes" que a Comissão do sr. Guilherme aplica na "secretaria". Um segredo de Polichinelo? 1 - O método (não digo "sistema", para não aumentar a confusão) de classificação dos árbitros, a propósito da classificação atribuída pelo respectivo observador tem muito que se lhe diga. Falando curto e grosso, diria que acho uma palhaçada. Em termos mais eruditos, digamos que se trata de uma mistificação, que visa colocar nas mãos da Comissão de Arbitragem, em particular do seu do seu presidente (o tal sr. Guilherme), a classificação final dos árbitros. Na prática - a carreira e o futuro dos árbitros dependem, afinal, dessas classificações -, é do poder que estamos a falar. Por exemplo:Um observador (as notas vão de 6 a 10) deu-lhe os tais 7,4, e toda a gente desatou a dizer que o sr. árbitro tivera "nota negativa". Só que a nota "final" do sr. árbitro naquele mesmo jogo pode muito bem ficar nos 9,5 ou 10, ou seja, um "excelente", no topo da tabela. Basta o sr. Guilherme querer! São os famosos "coeficientes". 2 - A artimanha é primária. A tabela das notas não vai de 0 a 20 ou de 0 a 10, mas só de 6 a 10, ou seja, abre apenas quatro dígitos, o mínimo e o máximo. Na prática, a "pior" arbitragem teria 6 valores, a melhor 10. Porquê uma malha tão apertada? Para que tudo seja decidido, não no campo, em resultado da actuação concreta de cada árbitro e das notas dos observadores, mas na "secretaria". Tudo está na mão do sr. Guilherme e seus pares ou por pressão deles. É que a classificação final é calculada depois de eles terem adicionado a cada um dos classificados os tais "coeficientes". Uma palhaçada. Se o jogo for considerado como tendo um grau de dificuldade "muito elevado" (como era o caso do jogo da Luz), o coeficiente adicional será de 2,5 - e eis o sr. árbitro com nada menos de 9,9 valores, isto é, à beira da perfeição. 3- Mas os "recursos" destes senhores não se ficam por aqui. Se eles entenderem que a sua própria decisão de nomearem "aquele" árbitro, e não outro, teve aquilo a que eles chamam, imaginem, "grau de dificuldade de designação", podem ainda acrescentar, conforme os casos, 1 ponto, 1,5 pontos ou 2 pontos à classificação dos observadores. Não sei se estão a ver?! Um árbitro "amigo" ou "mais dócil" pode sair do campo de jogo com a nota mínima (6 pontos, arbitragem "muito insatisfatória") e chegar à tabela da classificação final com a nota máxima (10 pontos, "excelente") no mesmo jogo. As verdadeiras raízes do tal "sistema" de que fala o Dr. Dias da Cunha começam aqui, nesta mistificação grosseira que permite a grupinhos com interesses inconfessáveis manipular as arbitragens. Quase tudo passa por serem eles, e não uma "bolinha", a escolher quem arbitra o quê. Percebem agora porque é que "eles" nem querem ouvir falar no sorteio dos árbitros?
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005
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