PARA A JUSTIÇA LER E VOLTAR A "APITAR"? "Eu, Carolina" é o título de um livro que pode e deve voltar a abanar as estruturas do sistema do futebol português. O título da obra em si parece não ter nada a ver com as constantes suspeitas de resultados viciados, arbitragens corrompidas, tráfico de influências, etc.
Mas tem...
De facto, ninguém conhecia Carolina Salgado até esta começar a ser fotografada ao lado de Jorge Nuno Pinto da Costa, nos jogos do FC Porto e para algumas revistas de informação social. Trata-se de um título, no mínimo, egocêntrico... Mas o egocentrismo é, também, uma condição fundamental do carácter dos dirigentes do futebol português, principalmente daqueles que vigiam, lá do alto dos seus poderes "ocultos", os destinos de uma indústria que gera milhões para Portugal, nomeadamente na exportação de futebolistas.
O livro de Carolina abre uma janela sobre a vida privada do dirigente mais forte dos futebol indígena (um dos que coleccionou mais troféus à escala global nesta modalidade desportiva que mexe com tantas emoções) e mostra, agora, outra face desta mulher: com bom senso, arrependida, cheia de vontade de contar a verdade; parece que tudo o que ficou para trás foi o seu papel de "marioneta"... Será?
Há longos anos que se nota no presidente do FC Porto um ar bem humorado e inteligente. Seguro de si. O excesso de confiança não o deixou ver, porém, que a jovem companheira estava a observar in loco como as coisas se faziam... Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades (partindo do princípio que Carolina está a contar tudo como viu, fez ou viu aplicar, sem qualquer tipo de criatividade intelectual). A paixão não durou tanto como se imaginava e rapidamente deu um pulo para o outro lado da trincheira; o ódio e a vingança.
No livro que Carolina Salgado agora publica assumem-se como verdadeiras várias situações de promiscuidade com agentes desportivos, que não provam mas indiciam práticas criminosas. Assim haja vontade da justiça (e de quem a põe em prática) e poderão haver, em breve, novos factos em redor, por exemplo, do célebre "Apito Dourado". Porque os sentimentos feridos de Carolina (e a protecção de alguém...) não calaram a sua revolta. Abriu um livro de parte da sua vida privada, vendendo-o como objectivo e factual.
Não é só Pinto da Costa que fica em cheque; são outros nomes conhecidos do meio desportivo, muitos também referidos no "Apito Dourado", outros implicados em investigações que ainda não vieram a público.
Quero justiça! Toda a gente quer...
Que os justiceiros apitem com vontade, até ao último fôlego de verdade! Investigue-se e acabe-se, de vez, com a suspeita no desporto... E na Justiça!
Para bem dos jogadores e dos treinadores, para a credibilização dos árbitros e dos dirigentes que só querem arbitrar e dirigir dentro da lei...
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