Ana Cláudia Nogueira, juíza de instrução do processo "Apito Dourado", escreveu em despacho que pessoas próximas de Pinto da Costa (Reinaldo Teles e o empresário António Araújo) pagaram favores sexuais ao árbitro Jacinto Paixão e aos assistentes José Chilrito e Manuel Quadrado para beneficiarem o FC Porto no jogo com o Estrela da Amadora, relativo à 19.ª jornada da época passada.
Os "dragões" lideravam já a classificação com 11 pontos de avanço quando receberam o Estrela, a 24 de Janeiro de 2004, tendo vencido por 2-0, com dois golos irregulares, uma vez que os seus autores estavam em posição de fora-de-jogo.
As conclusões da juíza baseiam-se em escutas telefónicas de conversas entre Pinto da Costa e o empresário António Araújo, bem como em depoimentos dos elementos envolvidos.
O despacho que a juíza do "Apito Dourado", Ana Cláudia Nogueira, deu após os interrogatórios ao árbitro Jacinto Paixão e respectivos auxiliares, ao qual o "Expresso" teve acesso, diz que Pinto da Costa é pessoalmente responsável por ofertas a àrbitros, incluindo prostitutas.
Segundo o semanário, Jacinto Paixão confessou que foi "presenteado" com serviços de prostituição após o FC Porto-E. Amadora (2-0), do ano passado.
Contratadas pelo empresário António Araújo, também ele arguido, as prostitutas terão sido apresentadas aos árbitros, no dia do jogo, após um jantar pago pelo dirigente portista Reinaldo Teles.
Em tribunal, os árbitros negaram saber que as prostitutas - receberam 150 euros cada - tenham sido pagas por pessoas ligadas ao FC Porto, mas a juíza parece não ter tido dúvidas em considerar Pinto da Costa o responsável.
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