O Sporting recorda que há muito formulou propostas que visam resolver dois dos maiores problemas que caracterizam o Sistema: os dinheiros sujos no futebol e a questão da arbitragemAs graves questões em torno da operação "Apito Dourado" são apenas uma árvore na floresta. São meros afloramentos daquilo a que convencionou chamar-se o Sistema, cuja actividade não se esgota em práticas e em alguns casos como os que estão a ser apreciados pela justiça.O Sporting, mantendo o respeito escrupuloso pela actividade da justiça, não se pronuncia sobre as situações em averiguação. Recorda, porém, que há muito formulou propostas que considera prioritárias e que visam resolver dois dos maiores problemas que caracterizam o Sistema: os dinheiros sujos no futebol e a questão da arbitragem.
Não querem estas propostas significar que as duas vertentes estejam interligadas - podem, no limite, até nem estar porque há maneiras diversificadas de escoar os dinheiros sujos; paralelamente, o problema da arbitragem é a sua própria orgânica, o poder ditatorial da Comissão de Arbitragem acumulando as funções de nomear e classificar, condicionando assim os árbitros. Poderes reforçados ainda esta temporada com a capacidade discricionária de "corrigir" as notas dos observadores.As propostas do Sporting são simples.
- Por um lado, criar normas de contabilidade iguais para todas as entidades que se dedicam ao futebol profissional, sujeitas a fiscalização e auditoria independente. Assim se estabeleceria a transparência sobre os movimentos de dinheiro no futebol. O Estado, todos nós, deixaríamos de ser enganados por exercícios de contabilidade criativa que viciam a concorrência.
- Por outro lado, reformar o funcionamento da arbitragem através da separação entre as funções de nomear e classificar os árbitros. Estruturas essas encimadas por um conselho superior integrando magistrados. Um quadro que daria muito maior independência e tranquilidade aos árbitros , estabelecendo deste modo o primado da competência.As propostas do Sporting são simples e não são novas. Infelizmente, são mal conhecidas e é possível detectar, por vezes, barreiras à sua divulgação, por insuficiência de informação e até por distorção. Os que disso tiram proveito são os interessados em manter tudo como está. E não está bem, como qualquer cidadão constata facilmente.
O Sporting não se cansará de lembrar essas propostas, como contributo aberto para um processo de reforma que cabe inquestionavelmente ao poder político entendido na sua globalidade. A falsa questão do "associativismo" não passa, em termos de futebol profissional, de um cada vez mais inconvincente álibi.
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