A abertura deste espaço, tem como principal razão de ser a denúncia de todos os casos de corrupção, que se têm verificado através da viciação do "SISTEMA" que o Dr. Dias da Cunha, corajosa e persistentemente denunciou. Até aprece que querer que exista VERDADE DESPORTIVA é ... vergonha. Enfim, agora que se sabe que entre outros favores aos árbitos, para além de peças de ouro e sem falar de viagens ao Brasil, há favores sexuais que envolvem vários dirigentes e árbitros internacionais e de meia tigela, e que têm servido de suporte aos bons resultados de alguns, não nos podemos admirar que nos últimos 20 anos os campos estejam inclinados e tenham sido o FCPorto e o sr. Pinto da Costa os maiores beneficiários. A OPERAÇÃO "APITO DOURADO" não sei se será ou não bem sucedida naquilo que TODA A GENTE SABE. No entanto, teve o condão de trazer à luz do dia muitos nomes, poucas vergonhas, batota, mentira, roubo, telemóveis e, MUITA COISA MAIS que andava escondida. Está aberta a caça! Ou estava, a justiça tem destas coisas. E o que é engraçado também no meio de tudo isto, é ver o sr. Luis Filipe Vieira, anafado e literado presidente do Benfica a deitar baba e ranho sobre os telefonemas e a promiscuidade do FCPorto e Pinto da Costa, quando ele próprio andou embrulhado com telefonemas a escolher árbitros. E o Dr. João Rodrigues ... sabem todos quem é. não sabe?
Pelo menos os telefonemas existiram, esses ninguém pode provar que não existiram.
São um facto indesmentível!

sábado, 14 de abril de 2007

Lourenço Pinto também na baila

LOURENÇO PINTO: " O LELLO DISSE-ME QUE ATÉ ME AGRADECIA MUITO"
Pinto da Costa e Lourenço Pinto decidem não apresentar queixa contra uma procuradora, que "tem muito peso", mas avançam com uma contra a socialista Ana Gomes porque José Lello até agradecia.
- LP ? Agora, a ... a Liga... o Major f****-me para aqui a cabeça... já tenho procuração da..da..da Federação e da Liga, para fazer o processo contra a Ana Gomes, não é?
- PC? Sim
- LP ? Isso vou fazer! Agora contra a procuradora... eu estou a ver se arranjo matéria, não é? Mas não sei se tenho matéria para... para...
- PC? Não, e o Major disse-me que as declarações dela que não têm nada... o próprio Major me disse que até... Não, nem acho que se deva, agora, estar a... meter com a procuradora...
- LP ? Nada, nada! Nem de perto nem de longe!
- PC? Não porque aquilo também representa um grupo que tem... ela não é sozinha...
- LP? É e tem peso, a gaja tem peso!
- PC? Acho que nem o Major - e o meu amigo muito menos - está para meter-se nisso!
- LP ? Não, não eu não me meto nada nisso! Agora, contra a Ana Gomes... contra a Ana Gomes... vou-lhe chegar!
- PC? Ah, isso é diferente! Claro!
- LP ? Ela chamou-nos "gabirus", não é?
- PC? "Gabirus" que não pagam impostos!
- LP ? É! Essa vai comer, não é? Vai comer!
- PC? É... ela vai para o Parlamento Europeu, que eles querem-se ver livres dela!
- LP ? Pois mas... mas vêem-se livres dela mas mandam-na para um tacho bestial, não é?
- PC? Pois é!
- LP ? Mandam-na para um tacho bestial!! O Lello disse--me que... que... até me agradecia muito que fizéssemos a queixa porque queriam ver--se livres dela...
- PC? Pois!
- LP? ... e, portanto, a queixa dá mais... mais força para... para a gaja desandar, não é?
CAROLINA REITERA ACUSAÇÕES CONTRA PINTO DA COSTA
Carolina Salgado reiterou ontem, no Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto (DIAP), que Pinto da Costa e Reinaldo Teles foram avisados de que, no âmbito do processo Apito Dourado, iam ser detidos pela Polícia Judiciária, o que permitiu aos dois dirigentes do FC Porto não estarem em casa no dia 2 de Dezembro de 2004.
Carolina Salgado foi ontem ouvida no DIAP do Porto, no decurso do inquérito sobre as queixas, por difamação, que lhe foram movidas por causa do livro "Eu, Carolina", no qual escreveu que Pinto da Costa, Reinaldo Teles e o irmão deste último, Joaquim Pinheiro, souberam antecipadamente que iam ser detidos pela PJ.
Perante o representante do Ministério Público que a inquiriu, Carolina confirmou tudo o que consta no livro. Sobre Pinto da Costa, Carolina Salgado repetiu ainda que foi ele quem pagou 10 mil euros aos agressores do ex-vereador do PS de Gondomar, Ricardo Bexiga. Confirmou ainda que o médico Fernando Póvoas lhe receitou medicamentos que lhe fizeram mal e que os motoristas de Pinto da Costa, Afonso e Nuno Santos, a agrediram, situações que também descreveu no livro "Eu, Carolina".
CASA NO BRASILO
Pinto da Costa terá adquirido uma casa em Fortaleza, no Brasil, e que estará a preparar o casamento com a sua actual companheira, a brasileira Lisa.
"ESCUTAS ILEGAIS"
O major Valentim Loureiro considera ilegal a transcrição de escutas que não deram origem a processo-crime. por isso não comenta o que o Correio da Manhã tem vindo a publicar.CAROLINACarolina diz no livro que Pinto da Costa pediu ao juiz Mortágua para o albergar em casa quando "fugiu".
"NÃO TENHO IDEIA"
O juiz Costa Mortágua afirmou não ter nada a "comunicar" sobre as escutas, limitando-se a dizer: "Não tenho ideia. Podem publicar à vontade". O conselheiro Costa Mortágua, que chegou a ser desembargador na Relação do Porto, é apanhado em várias escutas, onde manifesta ser um portista ferrenho.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Olha-me os malandros ....

VALENTIM LOUREIRO E PINTO DA COSTA FAZIAM QUESTÃO DE MANTER BOAS RELAÇÕES COM MAGISTRADOS E POLÍCIAS.
VALENTIM LOUREIRO e PINTO DA COSTA faziam questão de manter uma boa relação com magistrados e polícias que mais tarde poderiam ser "úteis" noutro tipo de circunstâncias.A maioria das situações detectadas nas escutas telefónicas no âmbito do processo Apito Dourado passam mesmo pela oferta de bilhetes para jogos internacionais, que o magistrado Carlos Teixeira considerou configurarem o crime de corrupção e serem passíveis de infracção disciplinar no caso dos magistrados que solicitaram as ofertas. Outras há que não deram origem a qualquer extracção de certidão criminal, por nem sequer se ter determinado quem eram os envolvidos. No entanto, fica claro como se processava algumas teias de favores.
Exemplo disso é uma conversa entre Pinto da Costa e o empresário Jorge Mendes, onde o dirigente portista pede ao segundo para arranjar um clube da 2.ª divisão para um guarda-redes que eles próprios consideram não ser especialmente dotado. O motivo, no entanto, é claro: Pinto da Costa quer que o empresário faça o favor ao irmão do jogador, comissário da PSP de Gaia, cujo cargo, segundo Pinto da Costa, "tem sempre interesse". Dois dos magistrados envolvidos nesta situação (pedido de bilhetes) são Antero Luís, na altura juiz de 1.ª instância, actualmente director do SIS, e Madeira Pinto, juiz desembargador da Relação do Porto e à data magistrado do Tribunal de Menores.
Segundo as escutas, que deram origem a uma das certidões, Antero Luís pretenderia bilhetes para a inauguração do Estádio da Luz, enquanto Madeira Pinto queria assistir ao encontro Porto-Manchester. Os pedidos foram feitos através do advogado Lourenço Pinto e tiveram como interlocutores Valentim Loureiro e Pinto da Costa.
Lourenço Pinto garantiu que os bilhetes foram pagos.Houve também um caso investigado pelas autoridades que dizia respeito a um contrato de trabalho do filho do juiz Costa Mortágua, celebrado com a Câmara de Gondomar. O contrato chegou a ser apreendido durante uma busca à autarquia, mas as autoridades não conseguiram demonstrar que tinha havido tráfico de influências.
JUIZ COSTA MORTÁGUA: "ESSE NÃO PODE SER, QUE ESSE É SPORTINGUISTA"
Valentim Loureiro liga ao presidente do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, o juiz Costa Mortágua, a propósito de declarações prestadas por Dias da Cunha. O magistrado dá-lhe conta de que as afirmações de Saldanha Sanches que também merecem participação e acaba a prometer abrir um inquérito ao dirigente do Sporting e arranjar um colega que não seja sportinguista.
- Costa Mortágua (CM) - ...em directo...que...os grandes clubes..ele disse, à cabeça, que os grandes responsáveis pela corrupção, pelo que está mal no futebol, - aquelas m****s todas, aqueles chavões! - que eram os dois nomes: Gilberto Madaíl e Valentim Loureiro! Exactamente assim, pá!!
- Valentim Loureiro (VL) - Não me diga que isso, também tem que se fazer uma participação para a...criminal, ou não?!
- CM: Essa... essa... essa é que sim. Essa, eu chamei a atenção disso ao Madaíl.
- VL: O senhor é da área, porra! O que é que lhe parece? Hã?
- CM - Eu chamei a atenção ao Madaíl, que me disse...que ia..tentar obter a cassete. Eu ontem falei com ele...falei com ele...ele vai hoje à Suíça, mas segunda-feira vamos aí faze...vou tentar, pá!... não deixar esfriar isto...
- VL - Para ele coisa, e... e transcreve-a?...Para ele
- CM - E porque...essa é que fala mesmo com os...vem com os nomes à cabeça! Está a ver... o Saldanha Sanches é um fiscalista, não percebe nada de futebol, pá...e, chega ali, debita um ódio terrível em cinco minutos, pá...
- VL - Quê? Os responsáveis são A e B! Prontos! Come também.
- CM - A e B! À cabeça! Nomes e tudo!
- VL - Come também!
- CM - É que não é o Presid... é: Gilberto Madaíl e Valentim Loureiro. Quer dizer... cidadãos...
- VL -Nós é que somos os responsáveis?...
- CM - Exactamente! Oh pá, não pode ser!
- VL - Tem que dizer porquê!
- CM - Pá! Evidente, pá! É evidente! (...) Eu disse ao Madaíl para arranjar a cassete da SIC, pá... porque essa é fundamental, está lá o nome... os dois nomes e... eh pá, eu fiquei... eu fiquei... achei aquilo horrível.
- VL: - Está bem. OK. Mas, ouça: essa, se for, ´é... é... participação, nem é preciso falar... é pumba!
- CM - Pumba! Essa é directa, pá!VL - Percebe? Pumba! (risos)
- CM - Essa é directo!
- VL - O resto é conversa...
- CM - Eh... qua... não diga nada que...
- VL - Não, não, não!
- CM - Diga... Não! Diga que... diga que vai mandar para o Conselho de Justiça, e tal, não faça considerações, porque eu, na próxima reunião...
- VL - Sim...
- CM - Vou... vou mandar... abrir um inquérito..
- VL - É...CM - ... e vou pôr um colega a ouvi-lo.
- VL - Sim, sim! Eu tenho lá um gajo bom, pá! Aquele gajo que conseguiu engavetar o Pimenta!
- CM - Sim. Mas esse não pode ser, que esse é sportinguista.
- VL - Ai é?
- CM - Pois. Porque eles também não têm tempo, e tal. Simplesmente, eu vou tentar pôr outro... outro gajo, sem ser ele...
- VL - Sim... sim...

sexta-feira, 6 de abril de 2007

MP quer Valentim Loureiro julgado por mais uma acusação

JUSTIÇA: EM CAUSA UM ALEGADO FAVOR A APOIANTE DE GONDOMAR.
RECURSO CONTRA O MAJOR VALENTIM LOUREIRO.
O Ministério Público (MP) de Gondomar recorrerá da decisão instrutória do juiz, pois entende que Valentim Loureiro deverá ser julgado pelos alegados favores a um apoiante e que os árbitros Rui Mendes, Sérgio Pereira e Aníbal Gonçalves devem ser julgados.Carlos Teixeira, titular do processo Apito Dourado, de Gondomar, não se conforma com a decisão do juiz de instrução de a comarca retirar a Valentim Loureiro uma acusação por prevaricação, pela não demolição de uma casa de um apoiante da sua candidatura independente à Câmara de Gondomar.

Foi a única imputação que o juiz Pedro Miguel Vieira não sufragou acerca do despacho do juiz de instrução criminal e para o Ministério Público os indícios existentes deveriam justificar ainda a submissão a julgamento por alegada prevaricação. A 6 de Março, o autarca foi já pronunciado por outro crime de prevaricação sobre a adjudicação de uma revista e é suspeito de 26 alegados crimes de corrupção desportiva activa na forma de cumplicidade. Igualmente desejado é o julgamento dos três árbitros do Porto, ilibados na fase de instrução.

Para o MP, Rui Mendes (que denunciou a corrupção à PJ), Sérgio Pereira e Aníbal Gonçalves deverão ser julgados, como tinha sido preconizado na Acusação. São todos suspeitos de alegados crimes de corrupção passiva desportiva, só que o juiz de instrução criminal considera que não existem indícios suficientes e nem os pronunciou. O recurso do MP deverá suspender o caso do Apito Dourado, o que implicaria o atraso do próprio julgamento, segundo é o entendimento do Tribunal da Relação do Porto, ao contrário da prática corrente noutros tribunais.

MAJOR NÃO SE CALA
Valentim Loureiro referiu que não será silenciado "com ou sem Apito Dourado e há quem por aí diga mal de mim só para aparecer em público, mas estou vacinado".
"Já sou um homem descomplexado, pois nada me atinge", acrescentou, referindo-se às declarações do provedor da RTP, Paquete de Oliveira, que criticou o facto de Valentim Loureiro ter sido entrevistado por Judite Sousa, a propósito do julgamento do Apito Dourado.
Valentim já fez saber: "Nada temo."
FASES DO PROCESSO AUTOS
Os recursos são entregues no tribunal recorrido (comarca de Gondomar), subindo depois para a Relação do Porto, mas só após a outra parte exercer contraditório, dando a versão sobre a motivação do recurso apresentado. O juiz só admite a subida do recurso do MP após respostas dos advogados dos arguidos, Valentim Loureiro e ainda três árbitros portuenses.
CASO SEM PRIORIDADE
O processo Apito Dourado pode demorar cerca de meio ano na Relação do Porto, por não existir qualquer arguido em prisão preventiva. José Luís Oliveira foi o único arguido submetido a prisão após a operação Apito Dourado.
RELAÇÃO PODE MEXER
Relação do Porto pode alterar a decisão do juiz de instrução criminal de Gondomar, pois existe recurso do próprio MP. Joaquim Gomes

O Valentim e o Pinto ... da Costa

MARIA JOSÉ MORGADO ENVIOU PARA A LIGA E FEDERAÇÃO OS PROCESSOS QUE ENVOLVEM VALENTIM LOUREIRO E PINTO DA COSTA.
ESTES PROCESSOS JÁ FORAM ALVO DE ARQUIVAMENTO (5) E ACUSAÇÃO (4).

As informações que a equipa liderada pela procuradora-geral adjunta está a enviar para a Liga e FPF têm "fins disciplinares". Ainda, que o facto de não haver indícios suficientes para avançar com acusações a nível judicial, "não quer dizer que suceda o mesmo" a nível desportivo: "Mas isso tem de ser apreciado pelos órgãos competentes da Liga e da Federação, que têm a missão pública de combater a corrupção, a violência, a dopagem e defender a integridade no desporto."

E para que os órgãos jurisdicionais do futebol cumpram a "missão pública que lhes é exigida", o Ministério Público está a "fornecer-lhes os elementos necessários". Apesar da iniciativa da equipa de Maria José Morgado, que não está a ser seguida por todos os procuradores que estão a investigar casos relacionados com o processo Apito Dourado, o Ministério Público "não pode obrigar a Liga e a FPF" a instaurar inquéritos, dado que "os órgãos da justiça desportiva são autónomos".
O presidente da Liga, Hermínio Loureiro, limitou-se a afirmar que os processos oriundos da equipa de Maria José Morgado "são matéria do foro da Comissão Disciplinar".
Já Gilberto Madaíl, presidente da FPF, assegurou que "qualquer certidão de tribunal que entre" na Federação será objecto de processo disciplinar.

PINTO DA COSTA E VALENTIM SÃO VISADOS

Um dos cinco processos arquivados pela procuradora-geral adjunta Maria José Morgado que foi enviado para a Federação Portuguesa de Futebol tem a ver com o jogo FC Porto-Boavista, da final da Taça de Portugal da época 2003/04, que teve como arguidos, entre outros, Pinto de Sousa e Pinto da Costa.Para a Liga, Maria José Morgado enviou o processo (arquivado) do Boavista-Alverca (2003/04), em que Valentim Loureiro, entre outros, foi constituído arguido.
O Major é o actual presidente da Assembleia Geral da Liga.Quanto aos quatro processos relacionados com o Apito Dourado que resultaram em acusação por parte da equipa de Maria José Morgado, um deles é o que está relacionado com o jogo Boavista-Estrela da Amadora (2003/04), em que Valentim também surge como arguido.

FPF ACTUA CONTRA ÁRBITROS

No âmbito do processo Apito Dourado, o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol já avançou com processos disciplinares contra onze árbitros.
Em causa estão jogos da época 2203/04, da II Divisão B.
Entre os árbitros visados estão Cosme Machado, de Braga, Licínio Santos (Leiria), José Rodrigues (Braga), Rui Silva (Vila Real), Pedro Sanhudo, Vladimiro Silva, João Pedro da Silva e Ricardo Fonseca (todos do Porto), Valente Pinto, Fausto Marques e Jorge Mendes (Lisboa).
Também ao ex-elemento do Conselho de Arbitragem da FPF, Francisco Costa foi instaurado procedimento disciplinar. Na base dos processos estão as escutas telefónicas realizadas pela PJ do Porto.

sábado, 17 de março de 2007

Já agora ...

O que sucedeu com Jacinto Paixão, que foi empurrado para o abandono da arbitragem, enquanto todos os restantes árbitros suspeitos no apito dourado continuam no activo?
É ESTRANHO, não acham??????

Reinaldo Teles e o jogo no ... casino!

Já não bastava o envolvimento na prostituição do VICE PRESIDENTE do FCPorto e BRAÇO DIREITO e homem de CONFIANÇA do arguido Pinto da Costa, ainda se mete no vício do jogo. Onde será que ele arranja tanto dinheiro? Deve ser do TRABALHO!!!!!!!!!!!!!!!!!

citação:

Um processo já entregue no Tribunal de Espinho mostra que o homem de confiança de Pinto da Costa no FC Porto «terá para com aquele casino uma dívida de 297 700 euros, que resulta de vários jogos de banca de fortuna e azar, um vício já antigo e que a própria família do dirigente portista reconheceu publicamente», detalha o artigo. Reinaldo Teles «é um homem experiente na vida nocturna - foi dono de várias casas de diversão - e estaria praticamente curado do vício do jogo, a crer nas promessas que já teria feito à família»

Correio da Manhã.

Casas de diversão noturnas?

ahhhhhhhh ... mudaram de nome!

quarta-feira, 14 de março de 2007

Pinto da Costa arguido

LÍDER PORTISTA SOB TERMO DE IDENTIDADE

Pinto da Costa foi anteontem ouvido na Polícia Judiciária do Porto na qualidade de arguido como arguido, por três elementos da equipa de Maria José Morgado, no âmbito do processo das agressões de que foi alvo o ex-vereador da Câmara de Gondomar Ricardo Bexiga, revela o "Correio da Manhã" de hoje.

O líder portista, alegado mandante do crime, apresentou-se acompanhado pelo seu advogado, Gil Moreira, e, apesar de ter estado durante 2 horas na PJ, não prestou mais indicações do que as necessárias ao questionário do termo de identidade e residência, medida mais leve de coacção, que lhe foi imposta.

No mesmo processo já foram constituídos arguidos a ex-companheira do presidente do FC Porto, Carolina Salgado e o líder da claque SuperDragões, Fernando Madureira

quarta-feira, 7 de março de 2007

As penas do Apito dourado

Ao fim de três anos vem aí o primeiro julgamento relativo ao processo Apito Dourado. Pronunciados estão, entre outros Valentim Loureiro, na altura dos alegados ilícitos era presidente da Liga de Clubes, Pinto de Sousa, então presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, e José Luís Oliveira, como presidente do Gondomar.
Não se sabe se os acusados vão ser condenados, mas se houver penas essas, ao que tudo indica, irão atingir apenas os pronunciados.
Neste caso que envolve alegadas ajudas ao Gondomar, que levaram o clube a subir à Segunda Liga, se isso ficar provado, o que vai acontecer?
Será que o Gondomar não vai ser penalizado?
Tendo em conta a globalidade do Apito Dourado, se ficar provado que houve títulos em que as equipas vencedoras beneficiaram de alegadas ajudas fundamentais para erguerem os troféus, como vai ser?
Só os alegados prevaricadores vão ser penalizados ou os clubes em causa também sofrerão consequências?
Até agora, só o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, com legitimidade ou não, tem vindo a público clamar por justiça, mas tem estado sozinho. No Sporting veio agora o treinador, Paulo Bento, dizer, após o jogo com o Leiria, que não o tomem por inocente referindo-se à arbitragem da equipa liderada por Paulo Costa. O presidente leonino, Soares Franco, também se veio insurgir, mas questionado sobre se o sucedido tinha a ver com o famigerado sistema respondeu que nunca ninguém o ouviu falar disso e que não era agora que o ia fazer.
Perante os ecos dos protestos já ouvidos, em nenhum momento foi reivindicado que as condenações, a existirem, passem pela retirada de títulos ou a perda de jogos onde se provar que houve mãozinha habilidosa. Será de propósito, será porque ninguém se lembrou ou será que não interessa nada falar disso por razões objectivas?
Se houver penalizações só para os dirigentes, o efeito público será claro e o pensamento de todos, mesmo aqueles que não o queiram admitir, é de que o "crime" compensa.
Em Itália ninguém escapou. Os clubes pagaram as "loucuras" dos dirigentes condenados. A "batata quente" está nas mãos da justiça.

Os 24 arguidos que vão a tribunal

Eis a lista de 24 arguidos revelada esta terça-feira no Tribunal de Gondomar no âmbito das investigações do chamado processo Apito Dourado.
Três árbitros (Aníbal Gonçalves, Rui Mendes e Sérgio Pereira) livraram-se da acusação.
- José Luís Oliveira (Vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar), com o autor de 26 crimes dolosos de corrupção activa e 21 crimes dolosos de corrupção desportiva activa.
- Valentim Loureiro (ex-presidente da Liga de Clubes de Futebol e presidente da Câmara de Gondomar), por cumplicidade em 26 crimes dolosos de corrupção activa e autoria de um crime doloso de prevaricação.
- Pinto de Sousa (antigo presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol), por autoria de 26 crimes dolosos de corrupção passiva para acto ilícito.
- Castro Neves (Vereador da Câmara de Gondomar), como co-autor de 1 9 crimes dolosos de corrupção desportiva activa.
- Luís Nunes (ex-vogal do conselho de arbitragem da FPF), por autoria de um crime doloso de corrupção activa, cumplicidade num crime doloso de corrupção activa, co-autoria de três crimes dolosos de corrupção desportiva activa e cumplicidade num crime doloso de corrupção desportiva activa.
- Francisco Costa (actual vice-presidente do Conselho de arbitragem da FPF), por cumplicidade em 26 crimes dolosos de corrupção passiva para acto ilícito.- Carlos Carvalho (presidente do Conselho de Arbitragem da associação de Futebol do Porto), por cumplicidade em dois crimes dolosos de corrupção desportiva.
- Licínio Santos (árbitro), pela autoria de dois crimes dolosos de corrupção desportiva passiva.
- Pedro Sanhudo (árbitro), pela autoria de três crimes dolosos de corrupção desportiva passiva, cumplicidade num crime doloso de corrupção desportiva activa e autoria de um crime doloso de corrupção desportiva activa.
- Hugo Silva (árbitro), pela autoria de dois crimes dolosos de corrupção desportiva passiva.
- João Macedo (árbitro), pela autoria de quatro crimes dolosos de corrupção desportiva passiva.
- Ricardo Pinto (árbitro), pela autoria de três crimes dolosos de corrupção desportiva passiva.
- Manuel Mendes (árbitro), pela autoria de três crimes dolosos de corrupção desportiva passiva.
- António Eustáquio (árbitro), pela autoria de dois crimes dolosos de corrupção desportiva passiva.
- Jorge Saramago (árbitro), pela autoria de um crime doloso de corrupção desportiva passiva.
- José Manuel Rodrigues (árbitro), pela autoria de dois crimes dolosos de corrupção desportiva passiva.
- Sérgio Sedas (árbitro), pela autoria de um crime doloso de corrupção desportiva passiva.
- Manuel Cunha (observador de árbitros), pela autoria de um crime doloso de corrupção passiva para acto ilícito.
- João Mesquita (ex-árbitro e assessor do CA da FPF), por cumplicidade num crime doloso de corrupção activa.
- Américo Neves (Presidente do clube de futebol Sousense), por co-autoria de um crime doloso de corrupção desportiva activa.
- Agostinho Silva (ex-chefe de departamento de futebol do So usense), por co-autoria de um crime doloso de corrupção desportiva activa.
- Leonel Viana (Antigo vereador da Câmara Municipal de Gondomar), por co-autoria de um crime doloso de prevaricação.
- António Ferreira (observador), por instigação à prática de um crime doloso de prevaricação.
- António Ferreira (observador), por cumplicidade num crime doloso de prevaricação.

terça-feira, 6 de março de 2007

Grande surpresa ... muito me contam.

ADVOGADO DE VALENTIM SURPREENDIDO COM A VALIDAÇÃO DAS ESCUTAS TELEFÓNICAS.

O advogado de Valentim Loureiro, Amílcar Fernandes, diz estar "surpreendido" com a decisão do juiz do Tribunal de Gondomar (Pedro Miguel Vieira) por este ter considerado válidas as escutas telefónicas, no âmbito do processo Apito Dourado. Apesar deste revés, frisou estar "confiante" para o julgamento."Esta não foi uma decisão final e, por isso, estou tranquilo", assegurou Amílcar Fernandes, à saída do Tribunal, onde foi deliberado que Valentim Loureiro irá ser julgado por cumplicidade em 26 crimes dolosos de corrupção activa e pela autoria de um crime doloso de prevaricação."A decisão do juiz não correspondeu às minhas expectativas. Fiquei surpreendido, especialmente na validação das escutas telefónicas. Reconheço que era essa parte em que mais apostava", confessou.

Amílcar Fernandes revelou, ainda, que pretende recorrer em todas as matérias em que puder. "O processo ainda não acabou, mas a parte mais importante é o julgamento," prosseguiu, dando mostras de estar confiante na próxima fase deste processo.Por outro lado, Artur Marques, representante de José Luís Oliveira (ex-presidente do Gondomar), deu a conhecer que o seu clientes vai ser julgado pela autoria de 26 crimes dolosos de corrupção activa e de 21 crimes dolosos de corrupção desportiva activa.

"Estou decepcionado, mas não vencido. Vou recorrer nomeadamente a questão da nulidade das escutas telefónicas e da inconstitucionalidade", apontou.A concluir, afiançou, tal como havia feito Amílcar Fernandes, estar "optimista, uma vez que esta decisão é a "primeira fase" deste processo. "Não há tragédia nenhuma, há apenas uma decisão com a qual estou em desacordo", lembrou

Era o que eles não queriam ...

O TRIBUNAL DE GONDOMAR VALIDOU TODAS AS ESCUTAS TELEFÓNICAS

O Tribunal de Gondomar validou esta terça-feira as escutas telefónicas feitas na investigação do processo Apito Dourado, disse um dos advogados de defesa à saída da sala onde está a ser lida a decisão instrutória.A defesa tinha pedido a nulidade das escutas telefónicas, sob várias alegações, entre as quais a de que terão sido feitas sem controlo do juiz de instrução e transcritas fora dos prazos legais. O juiz Pedro Miguel Vieira está a ler no Tribunal de Gondomar desde as 14:40 de hoje, à porta fechada, a decisão instrutória do processo, desconhecendo-se ainda se haverá ou não julgamento.

O processo tem 27 acusados, entre os quais os ex-presidentes da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Valentim Loureiro, do Gondomar Sport Club, José Luís Oliveira, e do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Pinto de Sousa.Os três principais arguidos são defendidos, respectivamente, pelos advogados Amílcar Fernandes, Artur Marques (que defende Fátima Felgueiras no caso Saco Azul) e José Miguel Júdice.A quase totalidade dos arguidos, 25 em 27, é acusada de crimes de corrupção, cometidos no âmbito da sua actividade desportiva.O processo Apito Dourado, que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências entre elementos do futebol profissional português e de autarquias, foi investigado durante quase dois anos.

A 8 Fevereiro de 2006, o despacho de acusação do processo citava mais 24 arguidos, entre os quais 12 árbitros de futebol.A acusação sustenta que José António Pinto de Sousa nomeava os árbitros a pedido dos dois dirigentes [Valentim Loureiro e José Luís Oliveira], tendo como contrapartidas os votos para ser eleito presidente do Conselho de Arbitragem e as influências de Valentim Loureiro junto do poder político.Além da dedução das acusações relativas ao caso de Gondomar, foram extraídas 81 certidões relativas a factos no âmbito deste processo que reportam a outras comarcas.

Valentão com o rabo no mocho!

APITO DOURADO: VALENTIM LOUREIRO VAI A JULGAMENTO.AS ESCUTAS TELEFÓNICAS FORAM ACEITES PELO JUIZ DE INSTRUÇÃO CRIMINAL DE GONDOMAR.

Valentim Loureiro está entre os 24 arguidos (dos 27 iniciais) que serão julgados no âmbito do processo originário do Apito Dourado, cuja instrução começou, à porta fechada, às 14.45 de hoje.As escutas telefónicas foram ainda consideradas válidas pelo juiz de instrução criminal de Gondomar e que a lei da corrupção desportiva é, ainda no entendimento de Pedro Miguel Vieira, constitucional.

À decisão instrutória estão a assistir apenas cinco dos acusados: os árbitros Jorge Saramago, Pedro Valente e Licínio Santos, o ex-árbitro Rui Mendes e Castro Neves, vereador da Câmara Municipal de Gondomar e na época dos factos chefe do departamento de futebol do Gondomar.

Do lote inicial de 27 arguidos ficam de fora os árbitros Fernando Valente e Aníbal Gonçalves e o ex-árbitro Rui Mendes (cuja carta a Valentim Loureiro, então presidente da Liga, originou todo o processo Apito Dourado), que iam todos acusados de um crime de corrupção desportiva passiva.

Isto é o que eles querem

DEFESA ACREDITA NO ARQUIVAMENTO DO PROCESSO.
O Tribunal de Gondomar lê esta terça-feira a decisão instrutória do processo Apito Dourado e a defesa dos principais arguidos acredita, segundo fontes citadas pela Lusa, no arquivamento do caso que investiga suspeitas de corrupção no futebol. Entre os 27 acusados estão Valentim Loureiro, ex-presidente da Liga e presidente da Câmara Municipal de Gondomar (suspeito de 28 crimes), Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (26 crimes) e José Luís Oliveira, ex-presidente do Gondomar Sport Clube (47 crimes). Segundo fonte ligada ao processo citada pela Lusa, a crença da defesa no arquivamento «ganha força porque o juiz mostrou a sua autonomia e independência quando rejeitou um documento do procurador do Ministério Público, Carlos Teixeira, que entrou um dia fora do prazo legal».Ao rejeitar as teses do MP, o juiz de instrução, Pedro Miguel Vieira, argumentou que o Ministério Publico deveria, tal como sucede com os arguidos, ter pago uma multa e invocar «justo impedimento. O juiz aceitou um outro requerimento, entregue pela defesa de Valentim Loureiro, também entregue fora de prazo, mas com o cumprimento daquele preceito legal.

A decisão instrutória irá definir quem vai e quem não vai a julgamento, num caso centrado no Gondomar Sport Clube. Este é o processo em fase mais adiantada relativo ao Apito Dourado, a investigação desencadeada em Abril de 2004 em torno de suspeitas de corrupção no futebol português. Além deste processo de Gondomar, foram extraídas 81 certidões relativas a factos que reportam a outras comarcas. O juiz irá tomar posição sobre algumas das questões jurídicas mais polémicas do processo, nomeadamente as da validade das escutas telefónicas e a conformidade, com a Constituição da República, do decreto-lei que pune a corrupção desportiva. Outra das situações a esclarecer prende-se conceito de funcionário público, imputado pela acusação às funções de Pinto de Sousa enquanto líder do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, baseada no facto de a Federação (FPF) ter estatuto de utilidade pública. Essa equiparação permite ao MP sustentar as acusações de corrupção passiva e activa contra o próprio Pinto de Sousa, Valentim Loureiro e José Luís Oliveira.

O debate instrutório ficou também marcado pela audição de testemunhas, como o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madail, e pela junção ao processo de uma carta de Durão Barroso na qual o ex-primeiro-ministro negava qualquer favorecimento ao major Valentim Loureiro que, segundo a acusação, lhe teria pedido para levar Pinto de Sousa numa viagem oficial a Moçambique. Tal seria sinal - segundo a acusação do MP - de que Pinto de Sousa favoreceria o Futebol Clube de Gondomar em troca de vários favores. Na carta ao tribunal, Durão Barroso justificou o convite a Pinto de Sousa com o interesse que o futebol desperta na relação entre os povos de língua portuguesa e com o facto de haver na comitiva outros homens ligados ao futebol como Eusébio, antigo atleta do Benfica nascido em Moçambique.

domingo, 4 de março de 2007

O Apito já chegou a todo o mundo

Inglaterra: Ferguson manda Mourinho calar-se

O treinador do Manchester não gostou de ouvir Mourinho dizer que os Red Devils eram beneficiados pelas decisões dos árbitros em circunstâncias de dúvida.

Para Ferguson, o português devia estar calado. «Ele é a última pessoa que pode falar de arbitragens. O clube dele esteve envolvido em muitas coisas referentes aos árbitros nos últimos anos».

sexta-feira, 2 de março de 2007

Este é dos que sabe

A era Pimenta Machado
Pimenta Machado satisfeito com a inclusão da PJ no futebol

"Se o "Apito Dourado" chegasse mais cedo ao futebol português, o V. Guimarães poderia ter conquistado o título". Pimenta Machado, antigo presidente do V. Guimarães, diz que é muito mais fácil ser dirigente desportivo nos dias de hoje com a intervenção da Polícia judiciária no futebol do que anteriormente, na altura do «sistema». Numa entrevista exclusiva a BB, Pimenta Machado, diz que, com a intervenção da Polícia Judiciária no futebol, seria mais fácil chegar ao título com as equipas que formou, enquanto presidente do V Guimarães.

Na altura chamava-se "Sistema". Actualmente chama-se "Apito Dourado".

Por isso, o Guimarães não conseguiu chegar à conquista de um campeonato nacional.«Atendendo à intervenção da Polícia Judiciária no futebol, com o Apito Dourado, os árbitros têm mais cuidado. Com as boas equipas que na altura tínhamos, sido possível atingir outros resultados. Tentámos lutar, por várias vezes, pelo título, mas na altura fomos afastados pelo sistema, agora chamado de Apito Dourado », diz em entrevista à Renascença

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Suspeitas de fraude fiscal na venda de Pepe


Maria José Morgado anuncia inquéritos por fraudes fiscais

Venda de Pepe investigada

citação:

Maria José Morgado anunciou a abertura de mais cinco inquéritos. A transferência do central Pepe do Marítimo para o FC Porto em 2004 está a ser investigada pela Direcção Distrital de Finanças do Porto (DDFP) por suspeitas de fraude fiscal

Maria José Morgado, procuradora responsável pelo processo Apito Dourado, anunciou ontem que estão a decorrer cinco inquéritos por alegada prática de crimes fiscais associados ao futebol: quatro estão na DDFP e um está a ser investigado pela própria procuradora. Um dos inquéritos diz respeito a Pepe, numa operação que terá custado aos dragões cerca de um milhão de euros. Refira-se que Pepe chegou ao Marítimo em 2001, proveniente do Corinthians Alagoano, clube do qual o empresário António Araújo foi co-proprietário.

Araújo é arguido no Apito Dourado, tendo sido detido em Dezembro de 2004, acusado de cinco crimes de corrupção desportiva e sujeito a uma caução de cem mil euros. Este inquérito teve origem num despacho intercalar enviado pelo procurador de Gondomar Carlos Teixeira para o DIAP do Porto, que por sua vez o enviou para as Finanças do Porto.Os inquéritos foram enviados para várias comarcas: dois para Gondomar, um para Marco de Canaveses, um para o DIAP do Porto e outro para o Funchal.

Este último, que envolve o Nacional da Madeira, é o único que está a ser investigado pela equipa de Maria José Morgado e tem a ver com eventuais práticas de evasão fiscal ao nível de IRS e IRC. UM dos inquéritos de Gondomar e o de Marco de Canaveses poderão ter a ver com ordenados, prémios de jogo e receitas alegadamente não declarados.Depois das investigações serem feitas pela Direcção Distrital Finanças do Porto, as conclusões são enviadas para as comarcas de onde foram originários os inquéritos, cabendo depois ao MP deduzir despacho de acusação ou de arquivamento. No caso do Nacional, essa decisão cabe a Morgado.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Crimes fiscais

MAIS CINCO INQUÉRITOS ABERTOS PARA APURAR CRIMES FISCAIS NO FUTEBOL.

A alegada prática de crimes fiscais associados ao futebol deu origem à abertura de cinco inquéritos criminais, no âmbito do processo Apito Dourado, revelou esta segunda-feira a procuradora-adjunta Maria José Morgado. Numa nota divulgada no site da Procuradoria-geral da República (PGR), a procuradora encarregue das investigações do processo Apito Dourado refere que " foram instaurados cinco inquéritos, para apurar a eventual prática de crimes fiscais (associados ao futebol)".

"Foram extraídas certidões do processo que decorre em Gondomar e que deram origem à abertura de vários inquéritos criminais", para que seja investigada a "prática de eventuais crimes fiscais associados ao futebol, isto é, cometidos sobre matérias próprias das actividades que giram em particular, à volta do futebol", lê-se no documento.

Os referidos crimes são puníveis pelo artigo 103 e 104 do Regime Geral das Infracções Tributárias.Os inquéritos estão a decorrer em várias comarcas: dois em Gondomar, um em Marco de Canaveses, um no Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto e outro a ser conduzido pela equipa de Maria José Morgado.

A equipa de Maria José Morgado tem uma composição e funções multidisciplinares, integrando investigadores de carreira da Polícia Judiciária, magistrados do Ministério Público, um elemento da segurança da PJ e um técnico de Justiça.

O processo "Apito Dourado" teve início com a operação policial com o mesmo nome realizada em 20 de Abril de 2004, que resultou na detenção de 16 pessoas, entre árbitros e dirigentes de futebol, por suspeitas de corrupção desportiva.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Estragos de Carolina

APITO DOURADO: REABERTURA DO PROCESSO BEIRA MAR-FCPORTO, DEVIDO A CAROLINA SALGADO TER DENUNCIADO E CONFIRMADO, PAGAMENTOS A ÁRBITROS EM DINHEIRO.

O despacho de reabertura do caso relativo ao jogo Beira-Mar-FC Porto da época de 2003/2004 confirma a importância do depoimento de Carolina Salgado no início de Janeiro deste ano. Sem ele, o caso continuaria arquivado pelo MP de Gaia, que assim o classificou no passado dia 22 de Abril de 2006.

Maria José Morgado argumenta que Carolina presenciou "várias" visitas de árbitros de futebol à residência que partilhava com o presidente do FC Porto, na Madalena, em Gaia. A ex-companheira de Pinto da Costa salientou que não eram visitas apenas de cortesia mas, sim, visavam a "preparação" dos jogos que esses árbitros iam apitar e que envolviam o FC Porto.Carolina afirmou também que o empresário António Araújo assumia o papel de contactar esses árbitros e de os conduzir até Pinto da Costa, funcionando no papel de intermediário.

Sobre o encontro entre Pinto da Costa e o árbitro Augusto Duarte (que dirigiu o Beira-Mar-FC Porto em questão), Carolina Salgado disse também que presenciou o mesmo, bem assim como a entrega de "um envelope contendo uma certa quantia em dinheiro", confirmando que o árbitro o aceitou e guardou de imediato.

Para Maria José Morgado, este é um novo elemento de prova que representa "uma alteração substancial no quadro fáctico de que partiu o despacho de arquivamento", podendo contribuir para o esclarecimento de uma dúvida razoável sobre "elementos típicos dos crimes em investigação".

Ainda o tadinho de pinto de Sousa

PINTO DE SOUSA FOI INTERROGADO, COMO ARGUIDO, NO MINISTÉRIO PÚBLICO DE MATOSINHOS, SOBRE UM CASO RELACIONADO COM O PROCESSO "APITO DOURADO", EM QUE ESTÁ INDICIADO PELO CRIME DE ABUSO DE PODER.

O ex-líder do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol - que no processo de Gondomar está acusado de 26 crimes dolosos de corrupção passiva para acto ilícito - foi confrontado com o facto de ter acedido a um pedido da presidente da Câmara de Leiria, Isabel Damasceno, para salvar da descida de divisão o árbitro Carlos Amado, seu conterrâneo e ex-colega da escola, no final da época 2003/04.

Quando o processo saiu do Tribunal de Gondomar, o procurador Carlos Teixeira considerou que havia indícios suficientes para indiciar Isabel Dasmasceno pelo crime de corrupção activa e Pinto de Sousa por corrupção passiva.No entanto, o Ministério Público (MP) de Leiria decidiu que não havia suficientes provas contra a autarca, que deixou de ser arguida, enquanto o ex-dirigente da FPF - ouvido em Matosinhos, por ser o local onde reside - passou a responder pelo crime de abuso de poder.Durante as cerca de duas horas em que foi inquirido por um procurador do MP, o CM sabe que Pinto de Sousa, o único arguido do processo, explicou que uma das suas prorrogativas como presidente do CA da FPF era alterar as classificações dos árbitros, garantindo que no caso de Carlos Amado não recebeu qualquer contrapartida. Frisou que para manter Carlos Amado na 2.º categoria aplicou critérios objectivos, situação que se verificou com outros juízes.Para Carlos Amado permanecer na 2.ª categoria, o MP verificou que o "sacrificado" foi Paulo Alves, também árbitro da Associação de Futebol de Leiria.Durante a fase de inquérito, a PJ interceptou um telefonema entre Pinto de Sousa e um dos seus filhos, em que é aconselhado a satisfazer os pedidos de Isabel Damasceno. Noutra escuta, o Ministério Público constatou que o ex-líder do CA da FPF e os seus familiares mais directos têm muitos interesses imobiliários na zona de Leiria. E que o facto de ter acedido ao pedido de Isabel Damasceno para manter o árbitro Carlos Amado na 2.º categoria teria como contrapartida uma decisão favorável da autarca em eventual projecto imobiliário a lançar por Pinto de Sousa no concelho de Leiria.

VALENTIM PRESSIONOU AUTARCA

O árbitro Carlos Amado está também referenciado num caso que envolve Valentim Loureiro, Pinto de Sousa e Isabel Damasceno. Segundo soube o CM, em causa estava o jogo Paredes-Dragões Sandinenses, a contar para a 33.ª jornada do campeonato da 2.ª Divisão, Zona Norte, realizado no dia 14 de Abril de 2004, e dirigido pelo juiz de Leiria. Antes do encontro, José Oliveira, arguido do processo Apito Dourado e presidente do Gondomar, equipa que, na altura, disputava com os Dragões a subida de divisão, concluiu que a nomeação de Amado teria como objectivo prejudicar o Paredes.De acordo com o Ministério Público, Oliveira, Pinto de Sousa e Valentim encontraram-se num restaurante para tratar do assunto "Amado".

Quando soube do que se tratava, o Major telefonou a Isabel Damasceno, pedindo-lhe que falasse com Carlos Amado para não beneficiar os Dragões, que acabaram por ganhar (2-0) ao Paredes.

APONTAMENTOSPINTO DA COSTA

Maria José Morgado já reabriu dois processos em que Pinto da Costa está indiciado por crimes de corrupção desportiva. Em causa, o encontro FC Porto-Beira-Mar (0-0), da época 2003/2004, e o "caso das Prostitutas" disponibilizadas ao árbitro Jacinto Paixão, que dirigiu o jogo em que o FC Porto ganhou (2-0) ao Estrela da Amadora (2004).

SOUSA CINTRA

A procuradora Maria José Morgado arquivou um processo em que Sousa Cintra e Valentim Loureiro tinham sido constituídos arguidos, por suspeitas de tráfico de influências. O inquérito tinha a ver com uma alegada troca de favores sobre a legalização de uma construção de uma moradia do ex-presidente do Sporting, em Vila do Bispo, Algarve, numa zona de reserva da Costa Vicentina.

METRO DO PORTO

O caso de alegado favorecimento a um empresário por parte de Valentim Loureiro, em obras do metro do Porto, também está a ser apreciado por Maria José Morgado. O processo foi arquivado no DIAP do Porto e só pode ser reaberto se existirem novas provas, o que ainda não sucedeu.

PAULO BAPTISTA

O árbitro Paulo Baptista deixou de dirigir jogos, por ter sido formalmente acusado de crimes de corrupção desportiva, pelo Ministério Público da Figueira da Foz.

Tadinho do Pinto de Sousa

PINTO DE SOUSA, EX-PRESIDENTE DO CONSELHO DE ARBITRAGEM DA FPF, ENTRE 1983 E 2004, "EMPURROU" PARA FORA DO FUTEBOL ÁRBITROS SUSPEITOS DE CORRUPÇÃO.

PINTO DE SOUSA ESTÁ ACUSADO DE 26 CRIMES DE CORRUPÇÃO.

Pinto de Sousa chegou mesmo a pagar "do seu próprio bolso" para que os suspeitos deixassem de dirigir jogos. "Num dos casos, passado nos anos 80, deu 400 ou 500 contos a um árbitro para que se reformasse antecipadamente", adiantou uma das fontes, frisando que em causa estavam juízes que "erravam demasiado" e de forma "escandalosa". Pinto de Sousa, arguido no processo Apito Dourado - está acusado de 26 crimes dolosos de corrupção passiva para acto ilícito -, confirmou ter afastado alguns árbitros da Federação, mas não quis utilizar o termo "corrupção":
"É um assunto de que não gosto de falar. No entanto, posso dizer que houve árbitros que a partir de certa altura tiveram, em campo, comportamentos que considerei pouco éticos. Como não podia pactuar com esse tipo de comportamentos, pedi-lhes para se afastarem da arbitragem."
O ex-líder do CA da FPF afirmou, ainda, que houve casos em que teve de pagar para afastar os árbitros de quem desconfiava: "Como alguns foram capazes de provar que precisavam do dinheiro que ganhavam na arbitragem, não tive qualquer problema em ajudá-los."
Sem querer revelar o nome dos juízes com comportamentos pouco éticos, Pinto de Sousa adiantou, no entanto, que os casos em questão aconteceram entre 1983 e 89: "Numa dessas situações houve um juiz que me disse que para abandonar a arbitragem precisava de algumas centenas de contos e eu dei-lhos."

OUVIDO EM MATOSINHOS

Pinto de Sousa vai ser hoje ouvido no Ministério Público de Matosinhos, no âmbito das repetições de inquirições aos arguidos que constem em casos relacionados com o processo Apito Dourado proposta por vários procuradores que teve a concordância de Maria José Morgado. "Sei que fui convocado para ser ouvido numa certidão que tem a ver com a classificações dos árbitros", disse Pinto de Sousa.
No processo sobre as classificações dos árbitros, em que, de acordo com o procurador Carlos Teixeira, do Tribunal de Gondomar, estão em causa crimes de corrupção e falsificação de documentos, são também arguidos, entre outros, Pinto da Costa, Valentim Loureiro, João Loureiro e os árbitros Lucílio Baptista, Carlos Xistra e Augusto Duarte

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Pinto de Sousa NEGA acusações de Carolina Salgado

PINTO DE SOUSA FOI OUVIDO DURANTE
DUAS HORAS NO TRIBUNAL DE MATOSINHOS.
NEGOU TODAS AS AFIRMAÇÕES DE CAROLINA SALGADO

Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, foi ouvido durante duas horas no Tribunal de Matosinhos. À chegada confirmou ter sido chamado no âmbito do processo "Apito Dourado" e voltou a negar os cenários descritos no livro de Carolina Salgado. Depois optou por abandonar as instalações por uma porta secundária. No livro "Eu Carolina", a ex-companheira do presidente do FC Porto revela que o então presidente do CA da FPF se encontrava frequentemente com Pinto da Costa e Valentim Loureiro, na altura presidente da Liga.

Agora é que está arrependido

EX-PRESIDENTE DO CONSELHO DE JUSTIÇA DA FPF DIZ QUE "SE FOSSE HOJE, NÃO ACEITAVA O LUGAR"

Pinto Monteiro, actual Procurador-Geral da República e antigo presidente do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, considera que «se fosse hoje, com a confusão que aí vai, se me convidassem, não aceitava o lugar».

Em entrevista ao Público, O PGR considera «um risco muito grande para os magistrados estarem ligados do futebol», acrescentando que, se fosse hoje, rejeitaria a ligação que teve em tempos com a Federação.O Procurador-Geral da República manifesta dúvidas que o Conselho Superior da Magistratura possa proibir esta ligação, mas refere que aceitar participar no mundo do futebol «é um risco muito grande de que a dignidade dos magistrados possa ser posta em causa e ser discutida na praça pública».

«Pessoalmente, não aceitaria, não porque entenda que deva ser proibido, mas pelo risco que corria», reforçou Pinto Monteiro que no decorrer da entrevista considera que «há ingredientes bastantes no futebol para haver corrupção» e diz que é informado com regularidade sobre o processo Apito Dourado

A "luta continua" ...

FERNANDO PINTO MONTEIRO, PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA DIZ QUE " ATÉ AO VERÃO HAVERÁ RESPOSTAS...

"O Procurador Geral da República (PGR) Fernando Pinto Monteiro esteve presente esta quarta-feira na Grande Entrevista, programa da jornalista da RTP Judite de Sousa. Sem grandes revelações relativamente ao Apito Dourado, o PGR mostrou confiança: "Até Junho muitos processos do Apito Dourado estarão resolvidos, excepto alguns em que se verifiquem, por exemplo, indícios de crime financeiro. "Pinto Monteiro não confirmou que, de entre os três grandes, apenas o FC Porto terá dirigentes constituídos arguidos, remetendo-se a um "Vamos esperar até ao fim".

Questionado se haverá matéria para acusação e eventual pronúncia nos processos de investigação em que Pinto da Costa está envolvido, sublinhou desconhecer ainda se serão casos para arquivar. "Até ao Verão haverá respostas e alguma coisa vai mudar no futebol", sublinhou.Revelou que os processos relativamente aos quais Carolina Salgado depôs "estão todos em segredo de justiça", sem acrescentar, porém, se as declarações prestadas pela ex-companheira do presidente portista acrescentou algo aos factos relatados no livro "Eu, Carolina". E sobre o livro identifica-o como "apenas um dos muitos elementos probatórios"."Se o livro não existisse os processos decorriam na mesma", disse Pinto Monteiro, acrescentando que é "normal que qualquer pessoa que forneça elementos probatórios seja interrogado".

"Mulher corajosa, lutadora, com obra feita..."

O PGR aproveitou a oportunidade para elogiar a Procuradora Geral Adjunta Maria José Morgado, a quem entregou todo o Apito Dourado: "Tive a sorte de constituir uma bela equipa de investigação, mas não sei o que conseguirão provar. Tinha grandes referências da dra. Maria José Morgado, uma mulher corajosa, lutadora, com obra feita. Informa-me semanalmente sobre o andamento dos processos. Pinto Monteiro considerou o processo Apito Dourado, cujas investigações são lideradas pela procuradora adjunta Maria José Morgado, "uma matéria muito difícil, complicada e morosa", que, alegadamente, envolve favorecimento de resultados desportivos, corrupção, criminalidade económica, jogos de influências, entre outros crimes. O processo Apito Dourado, do qual foram extraídas 81 certidões antes de ser avocado pela equipa de Maria José Morgado, já deu origem a quatro acusações "duas das quais na Madeira" e, na opinião do Procurador, "há possibilidades de haver mais acusações".

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Reaberto o processo Beira-Mar - FCPorto


Morgado reabre segundo processo
Procuradora ressuscitou caso Beira-Mar/FC Porto, arquivado em 2006 .

Pinto da Costa recebeu árbitro em casa, poucos dias antes do jogo. Depoimento de Carolina foi decisivo. Defesa vai reclamar para o PGR Este é o segundo processo arquivado que a magistrada ressuscita e que também envolve Pinto da Costa. O caso relativo ao jogo Beira-Mar/FC Porto, realizado a 18 de Abril de 2004, a contar para a Super-Liga Galp Energia, agora reaberto, tinha como arguidos, além do presidente portista, o empresário de futebol, António Araújo, o árbitro Augusto Duarte e o auxiliar Perdigão da Silva . Em causa está o facto de o empresário António Araújo ter levado o árbitro Augusto Duarte ao encontro do presidente do FCP, na casa deste último, em Gaia, a dois dias da penúltima jornada que culminou com o título de campeão nacional para os azuis e brancos.

Depoimento de Carolina decisivo

De acordo com informações recolhidas, os depoimentos de Carolina Salgado foram decisivos para a reabertura de mais um processo. Recorde-se que já no livro «Eu, Carolina» publicado em Dezembro, a ex-companheira de Pinto da Costa referira que «os árbitros Martins dos Santos e Augusto Duarte, entre outros, eram visitas de nossa casa, sempre trazidos pelo António Araújo. Bebiam café e comiam chocolatinhos.» E acrescentava que, «ao contrário dos seus colaboradores fascinados pela impunidade do mundo em que operavam, o Jorge Nuno nunca falou com um árbitro ao telefone, nem precisava de o fazer, visto que eles iam lá a casa confraternizar».

Arguidos notificados

O advogado de Augusto Duarte referiu já ter sido notificado da reabertura do processo, revelando a intenção de «reclamar hierarquicamente» dessa decisão. O advogado de Pinto da Costa está «no estrangeiro», segundo informaram do escritório.

«Cafezinho e conversa sobre nada»

Quando foi ouvido em interrogatório judicial, em Gondomar, Augusto Duarte não soube explicar por que motivo se deslocou a casa de Pinto da Costa na antevéspera do jogo, tanto mais que afirmara nem sequer ter intimidade com o líder portista. Na versão do presidente do FCP, o encontro teria sido motivado por «um cafezinho e uma conversa sobre nada». Por esclarecer ficaram igualmente as razões de nas conversas telefónicas, interceptadas pela PJ, entre Araújo e Duarte, o presidente do FCP aparecer referido como «gerente de caixa », «engenheiro máximo » e «número um », bem como o motivo que levou o árbitro a dizer ao empresário «temos que ver aquele negócio».

O jogo saldou-se por um empate 0-0 e nessa sequência Pinto da Costa é escutado a conversar com o então presidente do Conselho de Arbitragem da Federação, Pinto de Sousa, a quem diz que o árbitro «também não esteve mal mas não deu cheirinho nenhum, nada » «Só nos deixou passar uns livres, o gajo ».... ehehehehehe

No entendimento do procurador adjunto Carlos Teixeira, que extraiu a certidão enviada para a comarca de Gaia, António Araújo, Pinto da Costa e Pinto de Sousa teriam praticado crimes de corrupção desportiva activa (o último como cúmplice) e os árbitros seriam co-autores de um crime de corrupção desportiva passiva.

Arquivado por falta de indícios

O processo foi arquivado pelo Ministério Público de Gaia ,.. ehehehehehehe ... em 2006, por falta de provas, apesar de o procurador ter referido no despacho de arquivamento que «o quadro de facto que se traçou consente perfeitamente que tal tivesse acontecido [as contrapartidas]», mas sem indícios suficientes para, em sede de julgamento, conduzir a uma pena ou medida de segurança. Recorde-se que o depoimento de Carolina Salgado já tinham conduzido à reabertura do chamado «caso das prostitutas», envolvendo Pinto da Costa, António Araújo e o árbitro Jacinto Paixão, entre outros, no jogo Porto Estrela da Amadora, realizado a 24 de Janeiro de 2004.

Os dois processos poderão agora conduzir a uma acusação.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Isto é mesmo de rir ...

O Ministério Público (MP) e a Polícia Judiciária (PJ) estão a voltar a inquirir todos os arguidos que constam nas certidões relacionadas com o processo Apito Dourado, por sugestão de vários procuradores que Maria José Morgado mandou avançar. A repetição das inquirições nada tem a ver com factos novos que tenham sido carreados para os autos, desde que as certidões extraídas do processo principal (Gondomar) foram distribuídas por 33 comarcas.
De acordo com fonte judicial, o MP decidiu "reforçar as garantias de defesa", renovar os termos de identidade e residência e possibilitar aos arguidos que fiquem com a certeza de que a certidão onde estão referenciados deu origem a um inquérito. Além disso, segundo a mesma fonte, as novas inquirições também visam impedir que alguns arguidos avancem com "nulidades processuais", caso não voltassem a ser inquiridos. Entre os arguidos convocados para voltar a prestar declarações, um deles é José António Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, que no dia 22 vai deslocar-se à Procuradoria da República de Matosinhos. Valentim Loureiro, João Loureiro e os árbitros Lucílio Baptista, Paulo Baptista e Paulo Paraty são outros dos arguidos abrangidos pelas novas inquirições. Alguns, como Lucílio Baptista, ainda não foram notificados.

PINTO DA COSTA

Pinto da Costa é um dos arguidos que já foi novamente inquirido sobre o jogo em que o Nacional venceu (3--2) o Benfica (dirigido por Augusto Duarte), disputado no dia 22 de Fevereiro de 2004, no Funchal, em que está indiciado por um crime de corrupção desportiva activa. Em causa, a certidão n.º 3, que está a ser investigada pelo Ministério Público do Funchal e que, ao contrário do que chegou a ser divulgado, não foi arquivada. Nesta segunda ronda de inquirições, Pinto da Costa não prestou qualquer declaração nem foi constituído arguido, dado que já detinha essa qualidade desde o dia 3 de Dezembro de 2004, data em que recebeu ordem de detenção do procurador Carlos Teixeira, quando se apresentou no Tribunal de Gondomar.
Quatro dias depois, o presidente do FC Porto foi interrogado pela juíza de instrução criminal Ana Cláudia Nogueira e sobre o árbitro Augusto Duarte (indiciado por corrupção desportiva passiva) disse que o conhecia desde que começou a apitar jogos de futebol.No caso Nacional-Benfica são ainda arguidos o empresário de jogadores António Araújo e Rui Alves, presidente do clube madeirense. Tal como Pinto da Costa foram ambos indiciados por crimes de corrupção desportiva activa.

INDICIADO POR CRIME DE CORRUPÇÃO DESPORTIVA ACTIVA

Pinto da Costa pode vir a ser julgado pelo crime de corrupção desportiva activa, no âmbito do processo sobre o jogo FC Porto-Beira-Mar (época 2003/04), reaberto por Maria José Morgado.Segundo um advogado especialista em Direito Penal, que solicitou o anonimato, o facto de a procuradora ter decidido reabrir um processo arquivado aponta para um despacho final de acusação: "Não é provável que o desfecho seja outro, tendo em conta o valor das novas provas. Que têm de ser significativas. Só assim se justifica que tenham permitido a alteração da decisão final que foi de arquivamento e que, agora, tudo indica, será de acusação."
Além de Pinto da Costa, são também arguidos os árbitros Augusto Duarte e Perdigão da Silva, o empresário António Araújo e Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, todos indiciados por crimes de corrupção desportiva. A decisão da procuradora-geral adjunta foi feita com base no depoimento prestado por Carolina Salgado, em Janeiro, no qual assegurou que Augusto Duarte era um dos árbitros que frequentava a casa do presidente dos dragões. No livro "Eu, Carolina", aliás, a ex-companheira de Pinto da Costa escreveu que Augusto Duarte e o também árbitro Martins dos Santos iam a casa de Pinto da Costa, levados pelo empresário de jogadores António Araújo, comer "chocolatinhos" e beber café. Maria José Morgado considerou o depoimento de Carolina como nova e fundamental prova para reabrir um processo que tinha sido arquivado (2006) pelo Ministério Público de Gaia. Com esta decisão, são já dois os processos reabertos pela magistrada em que Pinto da Costa está envolvido.
O primeiro foi no dia 16 de Janeiro e diz respeito ao Caso das Prostitutas, relativo ao jogo em que o FC Porto venceu o Estrela da Amadora (2-0 época 2003/04), em que também estão envolvidos, entre outros, o árbitro Jacinto Paixão e o empresário António Araújo. No processo agora reaberto está em causa a ida de Augusto Duarte e António Araújo a casa de Pinto da Costa no dia 16 de Abril de 2004, quarenta e oito horas antes de o árbitro de Braga dirigir o FC Porto - Beira-Mar, que acabou empatado.
Após o jogo, Pinto da Costa foi apanhado numa escuta a dizer a Pinto de Sousa que o árbitro não esteve mal, mas que só deixou passar "uns livres" a favor do FC Porto. Augusto Duarte e Pinto de Sousa vão reclamar junto do Procurador-geral da República, Pinto Monteiro, da decisão de Maria José Morgado.

ENCONTRO NA IGREJA DAS ANTAS

António Araújo e Augusto Duarte encontraram-se na Igreja das Antas, no Porto, antes de rumarem para casa de Pinto da Costa, em Gaia. A 16 de Abril de 2004, dois dias antes do jogo Beira-Mar-FC Porto, que o juiz de Braga ia dirigir. Segundo o Ministério Público, o empresário com ligações aos portistas e o árbitro de 1.ª categoria partiram da Igreja das Antas para casa de Pinto da Costa às 22h00. Como não sabiam bem o caminho foi o próprio líder dos dragões que, pelas 22h18, lhes indicou o melhor percurso. Quando foi ouvido pela juíza de instrução Ana Cláudia Nogueira, o presidente do FC Porto classificou como despropositada a visita de Araújo e Duarte. ehehehehehehehe ...

O QUE DISSERAM NA FASE DE INQUÉRITO

- "O FC Porto nem sequer precisava de ganhar o jogo com o Beira-Mar. Augusto Duarte tomou um cafezinho e falámos de nada." Pinto da Costa
- "Só fui tomar um café a casa do senhor Pinto da Costa. Antes disso nunca tinha estado pessoalmente com ele." Augusto Duarte
- "Foi o árbitro Augusto Duarte que me pediu para ir a casa do senhor Pinto da Costa." (Nas escutas telefónicas da PJ, é António Araújo quem insiste com o árbitro para ir a casa de Pinto da Costa, em Gaia) António Araújo

JOAQUIM PINHEIRO NA PJ

Joaquim Pinheiro, irmão do dirigente do FC Porto Reinaldo Teles, foi ontem ouvido pela PJ do Porto. De acordo com o que Carolina Salgado escreveu no livro "Eu, Carolina", Joaquim Pinheiro era uma das pessoas que, com o empresário de jogadores António Araújo e Reinaldo Teles, angariava prostitutas em bares do Porto que eram disponibilizadas a árbitros de futebol. Segundo a ex-companheira de Pinto da Costa, os serviços de prostituição tinham como objectivo pagar arbitragens favoráveis ao FC Porto. Joaquim Pinheiro também terá sido uma das pessoas que avisou Pinto da Costa de que a sua casa ia ser alvo de buscas, no dia 2 de Dezembro de 2004, o que levou o líder portista a ausentar-se para Espanha.

SEGREDO DE JUSTIÇA

A FPF informou ontem que o Tribunal de Gondomar não lhe forneceu informações sobre o Apito Dourado para não quebrar o segredo de justiça.
"GERENTE DE CAIXA"
"Gerente de caixa" e "engenheiro máximo" foram duas das expressões que António Araújo utilizou para se referir a Pinto da Costa.
No livro "Eu, Carolina", a autora escreveu que Pinto da Costa não telefonava a árbitros, porque eles iam a casa do líder dos dragões.

ERROS A FAVOR DO FC PORTO

No jogo com o Beira-Mar (0-0), os peritos Vítor Pereira, Jorge Coroado e Adelino Antunes detectaram três erros do árbitro a favor do FC Porto.

LÍDER PORTISTA NEGA PRENDAS

Pinto da Costa disse à juíza Ana Cláudia Nogueira, do Tribunal de Gondomar, que o FC orto nunca deu prendas e dinheiro a árbitros.

ARGUIDOS

Todos os arguidos das 81 certidões relacionadas com o caso Apito Dourado que não foram arquivadas, vão voltar a ser ouvidos.
AUTARCAS
Valentim Loureiro, 15 (número de certidões)Avelino Ferreira Torres, 3Isabel Damasceno, 2Manuel Pinto Teixeira, 1
DIRIGENTES
Pinto de Sousa, 10Pinto da Costa, 9João Loureiro, 9José Luís Oliveira, 7António Henriques, 7Júlio Mouco, 6Azevedo Duarte, 6Luís Nunes, 5Carlos Carvalho, 5Francisco Costa, 4Rui Alves, 3Aprígio Santos, 3Joaquim Barbosa, 3Carlos Silva, 2José Veiga, 2João Bartolomeu, 2Artur Mesquita, 2David Rodrigues, 2António Candelária, 2Adriano Pinto, 1Reinaldo Teles, 1Carlos Esteves, 1Mário Graça, 1Hernâni Silva, 1Artur Azevedo, 1Simão Ribeiro, 1Antonino Silva, 1Blanco Miranda, 1
TREINADOR
Mário Reis, 1
ÁRBITROS
Jacinto Paixão, 2Augusto Duarte, 5João Macedo, 5Pedro Sanhudo, 19Martins dos Santos, 5António Perdigão, 4Sérgio Jesus, 4João Vilas Boas, 3Licínio Santos, 3Nuno Almeida, 3Vasco Vilela, 3Luís Lameira, 3Óscar Coutinho, 3José Alves, 3Ricardo Sousa, 3Paulo Batista, 2Paulo Pereira, 2Patrick Pinto, 2José Chilrito, 2Hernâni Duarte, 2Ângelo Ferreira, 2Nuno Borba, 2José Ferreira Rodrigues, 2Belarmino Aleixo, 2Gonçalo Pires, 2Joaquim Assunção, 2José Ferreira, 2Marco Santos, 2Paulo Pinheiro, 2Hélder Carvalho, 2Amílcar Brito, 2José Cardoso, 2Leonel Moreira, 2José António Pereira, 2Paulo Paraty, 1Lucílio Baptista, 1Carlos Xistra, 1Mário Mendes, 1António Resende, 1Artur Soares Dias, 1Cosme Machado, 1Carlos Amado, 1Manuel Quadrado, 1Devesa Neto, 1António Neiva, 1Nuno Fraguito, 1Rui Rodrigues, 1Sérgio Pereira, 1Jorge Saramago, 1José Palma, 1Valente Mendes, 1João Andrade, 1Paulo Miranda, 1Aníbal Gonçalves, 1Carlos Rogério, 1João Henriques, 1Carlos Vigário, 1António Bernardo, 1Joaquim Freitas, 1Bruno Costa, 1António Moreira, 1Bernardino Silva, 1Joaquim Lourenço, 1Francisco Vicente, 1Pedro Maia, 1Constantino Pereira, 1Pedro Pereira, 1Sérgio Cunha, 1Marco Ferreira, 1Francisco Ribeiro, 1António Miranda, 1Manuel Fernandes, 1Jorge Ferreira, 1Paulo Rodrigues, 1Gil Teixeira, 1Francisco Ferreira, 1Daniel Santos, 1Carlos Barros, 1Rui Correia, 1
OBSERVADORES
Ezequiel Feijão, 3Pinto Correia, 4Serafim Nogueira, 2Manuel Soares Dias, 1Barbosa da Cunha, 1João Penicho, 1Paulo Pita, 1José Mendonça, 1Teresa Faria, 1
FUNCIONÁRIOS (LIGA)
Carlos Pinto, 3
FUNCIONÁRIOS (FPF)
Paulo Gonçalves, 1
EMPRESÁRIOS
António Araújo, 6Sousa Cintra, 1Couto Alves, 1Joaquim Camilo, 1

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

O arguido Pinto da Costa

PRESIDENTE DO FCPORTO INDICIADO PELA PRÁTICA DE CORRUPÇÃO ACTIVA

O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, foi ontem constituído arguido por indícios da prática de corrupção activa. O processo diz respeito ao jogo Nacional-Benfica da época 2003/2004.SICEsta quarta-feira, Pinto da Costa esteve na Polícia Judiciária do Porto onde ter-se-á recusado a prestar declarações sobre um processo onde é acusado de ter tentado prejudicar o Benfica num encontro com o Nacional da Madeira na época de 2003/2004.

O presidente do FC Porto saiu das instalações da PJ na condição de arguido, acusado da prática de corrupção desportiva activa. De acordo com a equipa liderada por Maria José Morgado, o Futebol Clube do Porto tinha interesse na derrota do Benfica, já que os "encarnados" ainda estavam na luta pelo título.
É neste contexto que entra em cena António Araújo, devidamente mandatado por Pinto da Costa e por Rui Alves, o empresário terá abordado Duarte Gomes no sentido deste ajudar o Nacional a alcançar a vitória, algo que acabou mesmo por acontecer.

Numa das escutas telefónicas, António Araújo confidenciou a Luís Gonçalves, dirigente do FC Porto, que tinha-se encontrado com Augusto Duarte num café em Braga e que estava a prestar um serviço para os "dragões".

Para além do Nacional-Benfica, o nome do Futebol Clube do Porto está ainda envolvido em mais três jogos, o FC Porto-Estrela da Amadora, que envolve o árbitro Jacinto Paixão, o FC Porto-Maia, da Taça de Portugal referente à epoca de 2003/2004, e ainda o FC Porto-Leiria, da supertaça de 2003.

Perguntas

E a Federação Portuguesa de Futebol?
Qual é o seu papel no meio de tudo isto?
Porque não instaura processos disciplinares?
Porquê que irradiou o árbitro Francisco Silva sem este ter sido julgado em tribunal?
Lembram-se quem era o Presidente do Conselho de Arbitragem na altura?
Esse mesmo, Lourenço Pinto, advogado e grande amigo de Pinto da Costa e Valentim Loureiro.
Não é curioso saber que são sempre as mesmas pessoas que andam à volta destes casos?
E quando não são essas pessoas são sempre os amigos mais chegados?
Porque será? Coisa estranha

Isto está a aquecer ...


Processos - Maria José Morgado define prazos
Corrupção desportiva concluída até final de Maio

Maria José Morgado quer que os inquéritos do processo Apito Dourado relacionados com a corrupção desportiva estejam concluídos até final de Maio. Segundo dados divulgados pela procuradora-geral adjunta, há 33 certidões "pendentes" distribuídas por várias comarcas, como a do Porto (17), Guimarães (oito) e Coimbra (três).

A equipa de Maria José Morgado também está a investigar alguns processos. Um deles - reaberto pela magistrada em Janeiro - tem a ver com o jogo em que o FC Porto venceu (2-0) ao Estrela da Amadora, na época 2003/2004. Entre os suspeitos de terem praticado crimes de corrupção desportiva, estão, entre outros, o árbitro Jacinto Paixão, os dirigentes Pinto da Costa e Reinaldo Teles, e o empresário de jogadores António Araújo. Para conseguir que dentro de três meses haja despachos finais, que podem ser de acusação ou de arquivamento, a magistrada está a contar com a colaboração dos representantes do Ministério Público e das delegações da PJ que investigam processos derivados do Apito Dourado.

Maria José Morgado, aliás, já sublinhou o "empenho" que tem sido revelado pelo director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, bem como o "profissionalismo e dedicação" manifestados pelos inspectores da Brigada da Directoria do Porto. Dos processos relativos a crimes de corrupção desportiva que foram enviados de Gondomar para 33 comarcas, até ontem apenas três tiveram despachos de acusação: dois na Madeira e um na Figueira da Foz. Neste último, o Ministério Público acusou Valentim Loureiro de corrupção desportiva activa e o árbitro Paulo Baptista de corrupção desportiva activa. Em causa está o jogo em que a Naval venceu (1-0) o Chaves (II Liga, época 2003/04), dirigido por Paulo Baptista.

No entanto, há casos que sofreram recentemente alguma evolução. Foi o que aconteceu na semana passada, quando João Loureiro, presidente do Boavista, foi ouvido na PJ do Porto, como arguido, no âmbito de uma investigação relacionada com o processo Apito Dourado, em que estão em causa eventuais ilegalidades cometidas aquando do loteamento de terrenos do clube, junto ao Estádio do Bessa.

PINTO DA COSTA RECORRE NO CASO DAS PROSTITUTAS

Pinto da Costa, Reinaldo Teles e o empresário de jogadores António Araújo entregaram na procuradoria-geral da República uma reclamação sobre a decisão de Maria José Morgado ter reaberto o processo das prostitutas disponibilizadas aos árbitros Jacinto Paixão, Manuel Quadrado e José Chilrito, após o jogo em que o FC Porto venceu (2-0) o Estrela da Amadora, relativo à 19.ª jornada da I Liga, na época 2003/04. Os requerimentos dos três arguidos, indiciados por crimes de corrupção desportiva, já foram anexados ao processo, mas só serão apreciados pelo procurador-geral da República, Pinto Monteiro, a partir do dia 23, data em que termina o prazo em que é possível avançar com reclamações hierárquicas do despacho de Maria José Morgado.

A procuradora-geral adjunta determinou a reabertura do processo no dia 16 de Janeiro, depois de ter ouvido Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, confirmar que, a mando do líder dos dragões, o empresário António Araújo, Reinaldo Teles e Joaquim Pinheiro recrutavam raparigas em bares do Porto que punham à disposição de árbitros. Segundo Carolina Salgado, esse procedimento tinha como objectivo pagar arbitragens favoráveis aos portistas, frisando que além de prostitutas os árbitros também recebiam dinheiro, sendo que uma destas situações aconteceu no jogo FC Porto-Estrela da Amadora, dirigido por Jacinto Paixão.

Maria José Morgado considerou o depoimento de Carolina como um novo elemento de prova, pelo que decidiu reabrir um processo que havia sido arquivado pelo Departamento Central de Investigação Penal do Porto.

Apinto da Costa ... mais uma para a colecção!

Pinto da Costa arguido
SUSPEITO DE TENTAR PREJUDICAR O BENFICA EM JOGO COM O NACIONAL
Pinto da Costa foi ontem chamado a depor na Polícia Judiciária do Porto, onde foi constituído arguido no caso Nacional-Benfica. O presidente portista terá recusado prestar declarações. É a confirmação de que a investigação deste caso está a acelerar sob a condução de Maria José Morgado, cuja equipa esteve no Porto para interrogar Pinto da Costa.

Na primeira vez em que foi interrogado sobre este caso no qual está indiciado de um crime de corrupção desportiva activa, Pinto da Costa considerou normal Rui Alves, após o jogo em questão, ter ligado a dizer que deu uma ajuda, afirmando que a vitória do Nacional foi uma ajuda porque afastou uma adversário portista da luta pelo título.

O líder portista disse ainda que o empresário António Araújo falava regularmente com Rui Alves porque transferiu muitos jogadores daquele clube para o FC Porto, dando o exemplo de Paulo Assunção e Rossato. PC negou, "peremptoriamente", que alguma vez o FC Porto tivesse dado prendas a árbitros ou dinheiro. A tese da acusação, que Maria José Morgado irá tentar consolidar, refere que o FC Porto tinha interesse no resultado do jogo Nacional-Benfica, realizado a 22 de Fevereiro de 2004, pois os encarnados ainda não estavam afastados da luta pelo título.

Por isso mesmo, compreende a reunião prévia que Araújo manteve com Pinto da Costa, presumindo que quando Araújo falou com o árbitro Augusto Duarte estava "duplamente mandatado" pelos presidentes do Nacional e do FC Porto, estando o primeiro interessado na vitória da sua equipa e o segundo na derrota do Benfica

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Agora é o Nuno Almeida ...

NUNO ALMEIDA, ÁRBITRO ENVOLVIDO NO "APITO DOURADO" POR SUSPEITAS DE VICIAÇÃO NO RESULTADO DO JOGO FCPORTO-MAIA (TAÇA DE PORTUGAL), FOI NOMEADO PARA O JOGO DO FCPORTO E A NAVAL.

A Comissão de Arbitragem da Liga escolheu o árbitro Nuno Almeida para apitar o jogo entre o FC Porto e a Naval, naquilo que na melhor da hipóteses demonstra uma de completa falta de sensatez e, na pior, é uma demonstração preocupante de premeditação por parte daquele orgão. Nuno Almeida é um dos árbitros envolvidos no processo Apito Dourado por suspeitas de viciação do resultado do jogo FC Porto-Maia a contar para a Taça de Portugal em 2003, jogo em que a formação então orientada por José Mourinho venceu por 3-0 a equipa do escalão secundário.

É-o apesar de ter expulso da partida o avançado portista McCarthy por alegada agressão. Uma decisão que o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol rectificaria semanas mais tarde, considerando que as imagens televisivas afastavam a presunção de que o árbitro falava verdade no relatório e provavam não ter existido agressão, reduzindo a pena aplicada ao sul-africano. Aliás, Nuno Almeida voltaria a expulsar McCarthy em 2005, dessa feita num jogo com o Leiria e, mais uma vez, vendo a sua decisão contestada pelos portistas.

Seja como for, o facto é que Nuno Almeida está envolvido no processo Apito Dourado o que torna inevitável perguntar que condições tem o árbitro algarvio para apitar jogos do FC Porto? O que será que vai fazer um árbitro suspeito de beneficiar o FC Porto caso tenha que decidir sobre um lance duvidoso na partida de sexta-feira?

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Este até armado andava ...

O ÁRBITRO AUGUSTO DUARTE FOI CONDENADO E MULTADO, POR POSSE ILEGAL DE ARMA.

O Tribunal de Braga condenou hoje o árbitro bracarense Augusto Duarte à pena de 150 dias de multa, à taxa diária de 5 euros, num total de 750 euros, pelo crime de posse ilegal de uma arma.A juíza Luísa Alvoeiro deu como provado que o arguido tinha uma pistola calibre 6.35 mm em sua posse, quando a sua casa foi, em Dezembro de 2004, alvo de buscas pela PJ no âmbito do processo Apito Dourado.

Ouvido a 2 de Dezembro de 2004 no Tribunal de Gondomar, por suspeita dos crimes de corrupção desportiva passiva e corrupção desportiva activa na forma de cumplicidade, Augusto Duarte viu posteriormente os dois inquéritos em que foi ouvido - envolvendo as suas arbitragens nos jogos FC Porto-Beira-Mar e Nacional-Benfica - serem arquivados.

No entanto, a entrada em funções da equipa dirigida por Maria José Morgado levou a reabertura dos mesmos, estando a ser reanalisados pelo Ministério Público.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Os suspeitos estão sempre do mesmo lado ...


Agente FIFA suspeito
Morgado investiga aliciamento a jogadores

O eventual aliciamento a jogadores, alegadamente "corrompidos" para ajudarem "rivais" a atingir determinados fins - vitórias, claro -, está, a ser investigado pela equipa liderada por Maria José Morgado. Desta feita, o caso ultrapassa em muito o tráfico de influências que marca a grande maioria dos episódios sobre os quais versa o processo "Apito Dourado". Em causa estarão pagamentos suspeitos feitos a atletas, sempre através de intermediários, em dias que antecederam jogos de especial relevância. Mesmo admitindo a existência de outros exemplos semelhantes, a final da Supertaça entre FC Porto e União de Leiria, referente à temporada 2002/2003 - o jogo disputou-se a 12 de Agosto - é uma das partidas que está sob suspeita.

DOCUMENTO SUSPEITO NA PJ

A sustentar a investigação da Polícia Judiciária, além de eventuais testemunhos e, admite-se, escutas telefónicas, estão, segundo apurámos, alguns documentos que comprovam o pagamento de avultadas verbas - fala-se mesmo num pagamento de 25 mil euros - a pelo menos um jogador, então ao serviço da União de Leiria. Por saber, e será isso que importa esclarecer às autoridades, está a razão de ser deste pagamento.

Afinal, e mesmo que o jogador se tenha recusado a "entrar na jogada", só a simples tentativa de aliciamento, cenário possível, já constitui crime. A atenção das autoridades está centrada na conduta de um conhecido agente FIFA, à data com excelentes relações no universo portista e que terá, de acordo com informações recolhidas, assumido o referido pagamento, considerado suspeito pela equipa de Maria José Morgado. Contudo, atente-se, nenhum dos indícios de corrupção, activa e passiva, está provado. Aliás, admite-se que só o resultado de futuras inquirições, caso as mesmas não tenham ainda sido efectuadas mas estejam na calha, se revele fundamental no apuramento de toda a verdade relacionada com este caso.

MAIS DENÚNCIAS

Refira-se ainda que a equipa de Maria José Morgado tem vindo a desenvolver várias diligências e, depois da estreita colaboração de Carolina Salgado - testemunha chave para a reabertura de alguns processos que haviam sido arquivados, nomeadamente relacionados com o presidente do FC Porto, Pinto da Costa -, tem contado também com outras ajudas preciosas. É que, nem só a ex-companheira do líder portista entregou documentos à equipa de investigadores.

Sob anonimato, vários ex-dirigentes e outros agentes relacionados de forma mais ou menos directa com o futebol aproveitaram o momento para entregar documentação às autoridades e fazer novas denúncias. Alguns sem sequer, porventura com receio, darem a cara. Certo mesmo é que depois de muito se falar sobre condutas de árbitros, ex-árbitros, observadores e vários outros agentes desportivos, chegou a vez de também (alguns) jogadores se perfilarem na mira das autoridades. O rastilho da corrupção está aceso. A bomba, desde que as suspeitas se confirmem, pode estar para rebentar, numa altura em que estão espalhadas pelo País várias certidões relacionadas com a corrupção no futebol português.

25 MIL EUROS

Este terá sido o valor pago a pelo menos um jogador, que então representava a União de Leiria. Desconhece-se o fundamento.

VITÓRIA PORTISTA

A partida da Supertaça em 2003 foi ganha pelo FC Porto (1-0). Costinha foi o autor do único golo (muito contestado, como se lembram)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Resultados para breve?

PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA QUER RESULTADOS ATÉ AO FIM DO ANO

O Procurador-geral da República, Pinto Monteiro, pretende que Maria José Morgado, coordenadora da investigação à corrupção no futebol, apresente resultados relacionados com o processo Apito Dourado até ao final do ano. Pinto Monteiro disse que o trabalho da Procuradora-geral adjunta está a gerar um "efeito em cadeia" no combate à corrupção, adiantando que se não tivesse nomeado Maria José Morgado ninguém falava no combate à corrupção no futebol.

"Estou a ver todos os organismos a interessar-se, o que acho óptimo. Vamos esperar até ao fim do ano", afirmou o PGR.

Pinto Monteiro garantiu que "nada vai ficar parado" e que a investigação que está a ser feita já causou "alguns resultados", nomeadamente a reabertura de um caso que tinha sido arquivado relativo ao jogo FC Porto-Estrela da Amadora, da época 2003/2004, que tem como arguidos o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e o árbitro Jacinto Paixão. Apesar de lembrar que os "juízes e o Ministério Público são pessoas e não são deuses", Pinto Monteiro considera que a nomeação de Maria José Morgado fez com que a justiça se tenha começado a interessar pelo futebol.

Maria José Morgado foi nomeada no dia 14 de Dezembro para dirigir e coordenar a "investigação de todos os inquéritos já instaurados ou a instaurar" relacionados com o caso Apito Dourado.O processo teve início com a operação policial realizada em 20 de Abril de 2004, que resultou na detenção de 16 pessoas, entre árbitros e dirigentes do futebol, por suspeitas de corrupção desportiva, inicialmente centradas no Gondomar SC, clube da Liga de Honra.Ao longo do processo foram constituídos 27 arguidos, incluindo o então presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e ainda presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Valentim Loureiro, e o ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Pinto de Sousa.

Acusado de 47 crimes, o principal arguido é José Luís Oliveira, que à data dos alegados factos (2001/2004) desempenhava os cargos de vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar e de presidente da Comissão Administrativa do Gondomar SC.A instrução do processo, pedida por 16 dos 27 arguidos, começou em 12 de Dezembro de 2006 e vai agora confirmar ou anular a acusação, estando previsto que a fase de inquirição de testemunhas termine a 17 de Janeiro de 2007.

Herminio Loureiro e o benefício da dúvida.

"11 dos 25 árbitros (da 1.ª categoria) devem ser suspensos", titula na primeira página o semanário Sol.

Hermínio Loureiro, no seu discurso de tomada de posse, prometeu actuar em relação ao caso Apito Dourado, defendendo a credibilização do futebol português. Na altura, muitos o criticaram e duvidaram das suas promessas.

A sua coragem em pedir toda a informação ao Ministério Público, neste caso à Procuradora Geral Adjunta que coordena todas as investigações do "Apito Dourado", parecem revelar que estamos na presença de alguém que quer reformar o futebol português. Hermínio Loureiro sabe que o desafio não será nada fácil. Vamos a factos.

Em poucas semanas de mandato, fez mais do que muitos fizeram durante anos a fio. Lançou a Taça da Liga, pôs na agenda a inevitável profissionalização dos árbitros, através da realização de um interessantíssimo colóquio internacional, quer criar a primeira escola profissional de árbitros de futebol, obrigou-os a entregarem a declaração de interesses e de rendimentos, rebaptizou a Liga de Honra, está a estudar a forma de levar mais adeptos aos estádios, sobretudo jovens e mulheres, assumiu, sem complexos, o cargo de vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, a Comissão de Arbitragem da Liga deu o tratamento devido ao árbitro da 1.ª categoria que foi acusado de corrupção e a sua Comissão Disciplinar vai instaurar processos disciplinares aos agentes desportivos que estão indiciados nos vários inquéritos do "Apito Dourado".

Hermínio Loureiro e a sua equipa já têm obra para mostrar e só espero que não parem. O futebol português precisava de mudar há muito tempo e foi preciso chegar alguém da política para o fazer. Curiosamente, o presidente da Liga é alguém que vem do basquetebol, onde tudo é mais simples, mais prático, mais espectacular, modalidade em que não há tempos mortos no jogo jogado. Talvez seja esta a grande diferença entre Hermíno Loureiro e os restantes dirigentes do futebol. É que ele não queima tempo e, pelos vistos, encesta com facilidade, quer no garrafão quer fora dele. Esperemos que não apareça ninguém a pedir um desconto de tempo com o intuito de quebrar o seu ritmo.

Mas, ainda assim, não sei se ele está mesmo com vontade de mudar. Aquela de manter o Valentim Loureiro nos seus corpos sociais como Prsidente da Assembleia Geral ... hummmm ... dá muito que pensar!

sábado, 3 de fevereiro de 2007

A "coisa" começa a ficar preta ...

LIGA DE FUTEBOL PREPARA-SE PARA ABRIR PROCESSOS DISCIPLINARES A CINCO PRESIDENTES DE CLUBES: PINTO DA COSTA, JOÃO LOUREIRO, JOÃO BARTOLOMEU, APRÍGIO SANTOS E RUI ALVES.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional solicitou à procuradora-geral adjunta Maria José Morgado acesso ao processo «Apito Dourado» para abrir processos disciplinares aos dirigentes e árbitros envolvidos em corrupção. O pedido feito pelo presidente da Comissão Disciplinar da LPFP, Ricardo Costa, à magistrada que coordena o processo sobre corrupção no futebol português desde finais de 2006 «é o primeiro passo para abrir processos disciplinares a todos os dirigentes e árbitros suspeitos de corrupção no «Apito Dourado».

Na reunião realizada esta semana, Ricardo Costa pediu «formalmente o acesso a todas as peças processuais relativas a indícios de corrupção no futebol profissional», para «apurar eventuais infracções disciplinares de arguidos no caso».

Em causa estarão presidentes de pelo menos cinco clubes da Liga, como Pinto da Costa (FC Porto), João Loureiro (Boavista), João Bartolomeu (União de Leiria), Aprígio Santos (Naval 1.º de Maio) e Rui Alves (Nacional), bem como 11 dos 25 árbitros da primeira categoria.

Será por eles terem ido à missa??

Há com cada uma ...

Farto-me de rir.
O Dr. Dias da Cunha foi ouvido na Judiciária como pessoa ÍNTEGRA e que nunca se deixou levar por rebuçadinhos nem viagens ao Brasil.
O Dr. Dias da Cunha é a pessoa que melhor se tem portado em todo este processo. Ninguém o vê por aí em bicos de pés ou a pedir que falem nele.
Retirou-se e mantém-se incógnito.
Não precisa de falar dele próprio como muitos que sabem que NADA valem utilizam esse expediente para se fazerem notar.
Toda a gente sabe o papel que ele teve no Apito Dourado e do que se riam quando ele e o Sporting Clube de Portugal falavam no Sistema. Aí está o Apito.
Vir com notícias do Dr. Dias da Cunha desse género como se fosse alguma bomba que tivesse rebentado, só dá mesmo vontade de rir.

Dias da Cunha é sinónimo de seriedade o que, é bem diferente de corrupção

A apito também é encarnado ...

PJ VOLTA À CARGA NO ESTORIL-BENFICA

O Estoril-Benfica, de 2005, realizado no Estádio Algarve, voltou à agenda da Polícia Judiciária. Litos e Carlos Xavier, na altura treinador e adjunto do Estoril, foram recentemente interrogados pelas autoridades, na qualidade de testemunhas, tendo reiterado as impressões recolhidas naquela noite polémica. E novas inquirições estão na calha, já sob a batuta de Maria José Morgado, coordenadora das investigações do Apito Dourado.

Recorde-se que os técnicos estranharam alguns comportamentos não só na noite do jogo, como também na semana que o antecedeu. Então, José Fernando, primo de Veiga, ainda em funções no Benfica, ter-se-á deslocado ao Estoril e convidado jogadores para almoçar. Tais factos caíram como uma bomba entre os estorilistas e logo despoletaram a suspeita. O Benfica acabaria por vencer por 2-1, numa partida em que a arbitragem mereceu duras críticas.

"Chegou a uma altura em que me fui embora porque estava enojado", disse Xavier, após a partida. Durante a inquirição, Litos e Carlos Xavier esclareceram o teor de algumas declarações proferidas e relataram alguns episódios passados longe de olhares indiscretos, como um em que José Veiga, então director dos encarnados, terá ameaçado Litos com um desemprego ... perpétuo.

"Em consciência" - diz ele ... isto é de rir!

SENHOR MAJOR, NÃO HAVIA NECESSIDADE

Valentim Loureiro veio a público manifestar o desejo de que o processo Apito Dourado vá até ao fim para provar que ele não cometeu, "em consciência", qualquer falta.

Enquanto o Major falava daquele jeito, o seu advogado dizia alto e bom som que está confiante em que as provas apresentadas pelo Ministério Público não tenham cobertura legal considerando, como hipótese mais que provável, que o processo possa ser arquivado. Perante a contradição entre cliente e causídico fica um intervalo de estupefacção, porque se Loureiro quer que o processo vá até ao fim não deverá solicitar ao seu representante legal que requeira a nulidade do mesmo.

Com um historial ligado ao futebol que vai de dirigente do Boavista até à presidência da Liga de Clubes, Valentim Loureiro, perante situações de alegada anormalidade em face das suas responsabilidades, não deveria vir a público falar de consciências ou inconsciências do que fez ou deixou de fazer. Em consciência acho que o Major deveria remeter-se ao silêncio público e tentar provar a sua inocência nos locais próprios. Parece-me que as suas intervenções públicas só servem para desacreditar, ainda mais, o futebol português sendo reflexo disso mesmo as cada vez mais diminutas assistências nos estádios.

O actual presidente da assembleia-geral da Liga, para sua salvaguarda, há muito que devia ter suspendido as suas funções no futebol, aguardando que as alegadas acusações, que o tornaram arguido no Apito Dourado, sejam ou não provadas. Valentim Loureiro não deveria dar azo à chacota que grassa por aí perante as suas declarações públicas sobre um processo que ainda tem muitas pontas por puxar.

Agora é que vão ser elas ...

A LIGA QUER ABRIR OS PROCESSOS DISCIPLINARES.MOTIVO DE REUNIÃO COM MARIA JOSÉ MORGADO.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) pediu à procuradora-geral adjunta Maria José Morgado - através do presidente da sua Comissão Disciplinar (CD), Ricardo Costa - acesso ao processo Apito Dourado, para abrir processos disciplinares aos dirigentes e árbitros envolvidos em corrupção. Na reunião realizada quinta-feira para o efeito, Ricardo Costa pediu "formalmente o acesso a todas as peças processuais relativas a indícios de corrupção no futebol profissional", para "apurar eventuais infracções disciplinares de arguidos no caso".

Citados a este propósito foram presidentes de pelo menos cinco clubes da Liga, como Pinto da Costa (FC Porto), João Loureiro (Boavista), João Bartolomeu (União de Leiria), Aprígio Santos (Naval) e Rui Alves (Nacional), bem como 11 dos 25 árbitros da primeira categoria, o lote do qual são escolhidos os juízes dos dois campeonatos da Liga.

A LPFP "conta com o apoio de Maria José Morgado", até porque "o Código de Processo Penal permite ao Ministério Público extrair certidão de processos que estejam em segredo de justiça, se estiver em causa o exercício de um poder público disciplinar, como é o caso". O artigo lembra ainda que "este entendimento jurídico foi seguido pela actual direcção da Liga, presidida por Hermínio Loureiro, ao contrário do que aconteceu com o seu antecessor, Valentim Loureiro", arguido no Apito Dourado.

MARIA JOSÉ MORGADO: "ISENÇÃO E VERDADE".

"A Liga e a Federação têm o dever de defender a isenção da arbitragem e a verdade desportiva. Temos esse objectivo em comum", disse Maria José Morgado ao jornal, para salientar ainda: "Se existe alguém que não respeitou a verdade desportiva, a Liga e a Federação têm que reagir disciplinarmente - é o princípio da legalidade que está em causa".

FPF FORNECE ÁRBITROS SUPLEMENTARES

Esta situação abre um cenário de gravidade para a arbitragem: caso suspenda os 11 árbitros - depois de já ter afastado Paulo Baptista, também suspeito de corrupção -, a LPFP ficaria apenas com 14 juízes disponíveis para dirigirem os 16 jogos semanais dos campeonatos profissionais (Liga e Liga de Honra). Assim, Hermínio Loureiro e o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl, já discutiram a possibilidade de, caso seja necessário, se recorrer ao quadro de árbitros de segunda e terceira categoria para os jogos das competições profissionais. Ambos os quadros de árbitros são geridos pela FPF e Gilberto Madaíl "terá concordado com a solução".

Pedro Mourão: É difícil ter razão antes do tempo

«É difícil ter razão antes do tempo». Foi este o comentário de Pedro Mourão, em resposta ao Maisfutebol, depois de ter lido este sábado no «Sol» que a Liga quer ter acesso às peças processuais do «apito dourado».
Pedro Mourão foi presidente da Comissão Disciplinar da Liga durante poucas semanas, no Verão passado. O tempo suficiente para escrever ao procurador de Gondomar e à Procuradoria-Geral da República, solicitando acesso ao processo. O objectivo era claro: perceber se existiam motivos para punir disciplinarmente árbitros e dirigentes ou outros agentes desportivos, no âmbito do «apito dourado».
Acontece que as cartas escritas podem nunca ter saído da Liga. «Desconheço se foram realmente enviadas. Dei instruções para que assim fosse, mas como entretanto saí não tenho forma de saber se realmente seguiram para a Procuradoria», afirmou. Apesar de desconhecer se o passo que decidiu dar teve efeitos práticos, Pedro Mourão fica satisfeito por saber que o actual presidente da CD, Ricardo Costa, fez pedido idêntico à procuradora-geral adjunta Maria José Morgado.
«Importante é zelar pelos interesses do futebol, mas não posso deixar de referir que é difícil ter razão antes do tempo e pelos vistos foi isso que sucedeu comigo», afirmou.
O Código de Processo Penal permite ao Ministério Público passar certidões. Mesmo de processos que ainda estejam em investigação, desde que Liga e/ou Federação se obriguem ao segredo de justiça. Foi isso que Ricardo Costa solicitou, na semana passada.
Em declarações ao semanário «Sol», Maria José Morgado foi clara: «Como magistrada do Ministério Público, tenho que fornecer os elementos necessários para que se apure se alguém desvirtuou a verdade desportiva. Esses elementos poderão estar ou não em segredo de justiça. Quanto aos processos já arquivados, a Liga e a Federação poderão consultá-los, se assim entenderem».