MARIA JOSÉ MORGADO ENVIOU PARA A LIGA E FEDERAÇÃO OS PROCESSOS QUE ENVOLVEM VALENTIM LOUREIRO E PINTO DA COSTA.
ESTES PROCESSOS JÁ FORAM ALVO DE ARQUIVAMENTO (5) E ACUSAÇÃO (4).
As informações que a equipa liderada pela procuradora-geral adjunta está a enviar para a Liga e FPF têm "fins disciplinares". Ainda, que o facto de não haver indícios suficientes para avançar com acusações a nível judicial, "não quer dizer que suceda o mesmo" a nível desportivo: "Mas isso tem de ser apreciado pelos órgãos competentes da Liga e da Federação, que têm a missão pública de combater a corrupção, a violência, a dopagem e defender a integridade no desporto."
E para que os órgãos jurisdicionais do futebol cumpram a "missão pública que lhes é exigida", o Ministério Público está a "fornecer-lhes os elementos necessários". Apesar da iniciativa da equipa de Maria José Morgado, que não está a ser seguida por todos os procuradores que estão a investigar casos relacionados com o processo Apito Dourado, o Ministério Público "não pode obrigar a Liga e a FPF" a instaurar inquéritos, dado que "os órgãos da justiça desportiva são autónomos".
O presidente da Liga, Hermínio Loureiro, limitou-se a afirmar que os processos oriundos da equipa de Maria José Morgado "são matéria do foro da Comissão Disciplinar".
Já Gilberto Madaíl, presidente da FPF, assegurou que "qualquer certidão de tribunal que entre" na Federação será objecto de processo disciplinar.
PINTO DA COSTA E VALENTIM SÃO VISADOS
Um dos cinco processos arquivados pela procuradora-geral adjunta Maria José Morgado que foi enviado para a Federação Portuguesa de Futebol tem a ver com o jogo FC Porto-Boavista, da final da Taça de Portugal da época 2003/04, que teve como arguidos, entre outros, Pinto de Sousa e Pinto da Costa.Para a Liga, Maria José Morgado enviou o processo (arquivado) do Boavista-Alverca (2003/04), em que Valentim Loureiro, entre outros, foi constituído arguido.
O Major é o actual presidente da Assembleia Geral da Liga.Quanto aos quatro processos relacionados com o Apito Dourado que resultaram em acusação por parte da equipa de Maria José Morgado, um deles é o que está relacionado com o jogo Boavista-Estrela da Amadora (2003/04), em que Valentim também surge como arguido.
FPF ACTUA CONTRA ÁRBITROS
No âmbito do processo Apito Dourado, o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol já avançou com processos disciplinares contra onze árbitros.
Em causa estão jogos da época 2203/04, da II Divisão B.
Entre os árbitros visados estão Cosme Machado, de Braga, Licínio Santos (Leiria), José Rodrigues (Braga), Rui Silva (Vila Real), Pedro Sanhudo, Vladimiro Silva, João Pedro da Silva e Ricardo Fonseca (todos do Porto), Valente Pinto, Fausto Marques e Jorge Mendes (Lisboa).
Também ao ex-elemento do Conselho de Arbitragem da FPF, Francisco Costa foi instaurado procedimento disciplinar. Na base dos processos estão as escutas telefónicas realizadas pela PJ do Porto.
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