Maria José Morgado apela à luta contra o crime económico no futebol
Maria José Morgado, procuradora-geral adjunta, entrevistada hoje pela Rádio Renascença, expôs de viva voz algumas das causas por que tem vindo a bater-se no âmbito do combate à corrupção no futebol.
"As realidades patológicas do mundo do futebol têm de ser combatidas permanentemente, sob pena de não termos verdade desportiva, embora o fenómeno seja muito mais vasto do que isso. É a luta contra o crime económico na indústria do futebol que importa não descurar, mas isso exige uma máquina judiciária e um aparelho de investigação, que no nosso caso ainda não está preparado para este tipo específico de infracções. Mas o pior de tudo nessas situações é a impunidade. Nunca se investiga tudo... Mas ainda pior do que isso é não se fazer nada. Portanto, é sempre positivo fazer-se alguma coisas porque corresponde a um avanço", referiu Maria José Morgado que aludindo especificamente ao caso Apito Dourado deixou críticas à organização judiciária:
"Esta questão colocou problemas que ainda hoje não estão resolvidos e que têm a ver com a organização do ministério público para a investigação de situações graves. Há a necessidade de se ser eficaz, porque a criação de mega processos é sempre muito morosa e de eficácia duvidosa".
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