A abertura deste espaço, tem como principal razão de ser a denúncia de todos os casos de corrupção, que se têm verificado através da viciação do "SISTEMA" que o Dr. Dias da Cunha, corajosa e persistentemente denunciou. Até aprece que querer que exista VERDADE DESPORTIVA é ... vergonha. Enfim, agora que se sabe que entre outros favores aos árbitos, para além de peças de ouro e sem falar de viagens ao Brasil, há favores sexuais que envolvem vários dirigentes e árbitros internacionais e de meia tigela, e que têm servido de suporte aos bons resultados de alguns, não nos podemos admirar que nos últimos 20 anos os campos estejam inclinados e tenham sido o FCPorto e o sr. Pinto da Costa os maiores beneficiários. A OPERAÇÃO "APITO DOURADO" não sei se será ou não bem sucedida naquilo que TODA A GENTE SABE. No entanto, teve o condão de trazer à luz do dia muitos nomes, poucas vergonhas, batota, mentira, roubo, telemóveis e, MUITA COISA MAIS que andava escondida. Está aberta a caça! Ou estava, a justiça tem destas coisas. E o que é engraçado também no meio de tudo isto, é ver o sr. Luis Filipe Vieira, anafado e literado presidente do Benfica a deitar baba e ranho sobre os telefonemas e a promiscuidade do FCPorto e Pinto da Costa, quando ele próprio andou embrulhado com telefonemas a escolher árbitros. E o Dr. João Rodrigues ... sabem todos quem é. não sabe?
Pelo menos os telefonemas existiram, esses ninguém pode provar que não existiram.
São um facto indesmentível!

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

O que é preciso é Ber ... Ber ...



As escutas do Luis Filipe Vieira

citação:
PARTE DAS ESCUTAS TELEFÓNICAS ONDE É INTERVENIENTE LUIS FILIPE VIEIRA. OS SEUS INTERLOCUTORES SÃO VALENTIM LOUREIRO E PINTO DE SOUSA ...

Luís Filipe Vieira (LFV) - Eu não quero entrar MAIS em esquemas nem falar muito...(...)
Valentim Loureiro (VL) - Eu penso que ou o Lucílio... o António Costa, esse Costa não lhe dá... não lhe dá nenhuma garantia?
LFV - A mim?! F.., o António Costa? F... Isso é tudo Porto !
VL - Exacto , pronto! (...) E o Lucílio?
LFV - Não, não me dá garantia nenhuma o Lucílio!
VL - E o Duarte?
LFV - Nada, zero! Ninguém me dá!... Ouça lá, eu, neste momento, é tudo para nos roubar! Ó pá, mas é evidente! Mas isso é demasiado evidente, carago! Ó major, eu não quero nem me tenho chateado com isto, porque eu estou a fazer isto por outro lado.(...)
VL - Talvez o Lucílio, pá!
LFV - Não, não quero Lucílio nenhum!(...)
VL - E o Proença?
LFV - O Proença também não quero! Ouça, é tudo para nos f...!
VL - E o João Ferreira?
LFV - O João... Pode vir o João . Agora o que eu queria... (...) Disseram que era o Paulo Paraty o árbitro... O Paulo Paraty! Agora, dizem-me a mim, que não tenho preferência de ninguém (...) à última hora, vêm-me dizer que já não pode ser o Paulo Paraty , por causa do Belenenses.

nota: percebem porquê que o Sporting Clube de Portugal tem sempre GRANDES DIFICULDADES com o Paulo Paraty? Pois ééééé ...

Pinto de Sousa - A única coisa que eu tinha dito ao João Rodrigues (o tal advogado) é o seguinte... É pá, há quinze [dias] ou três semanas, ele perguntou-me: "Quem é que você está a pensar para a Taça?"... Eu disse: "Estou a pensar no Paraty"...
VL - Bem, o gajo está f... (...) O Paraty então não consegues, não é?
PS - O Paraty não pode ser. (...) Até para os árbitros restantes, diziam assim: "É pá, que diabo, este gajo tem tantos internacionais e não tem mais nenhum livre, pá?!".(...)
VL - Eu nem dá para falar muito ao telefone, que ele começa para lá a desancar. (...) Mas qual é o gajo que o Porto não quer?! O Porto quere-os todos, pá ! Qualquer um lhe serve! ........... eheheheheehehe (é só rir, é só rir) ...
PS - É... Por acaso é verdade...
VL - O Porto quer lá saber disso! Ao Porto qualquer um serve! ... ....... ehehehehehehehe (é só rir, é só rir)

Luis Filipe Vieira pede árbitros a Valentim Loureiro (sem qualquer surpresa!)

Apito Dourado: escutas apanharam Luís Filipe Vieira a escolher árbitros para o Benfica
As escutas do processo Apito Dourado revelam que Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, se envolveu directamente na escolha do árbitro do jogo das meias-finais da Taça de Portugal da época de 2003/2004 em que o Benfica ganhou ao Belenenses por 3-1.
Esse jogo foi arbitrado por João Ferreira, de Setúbal, na sequência da nomeação acertada num telefonema entre Valentim Loureiro e o presidente dos encarnados.
Nessa conversa, Luís Filipe Vieira começa por se queixar pelo facto de o árbitro nomeado para o jogo já não ser Paulo Paraty, conforme havia sido anunciado por Pinto de Sousa, à data presidente do Conselho de Arbitragem da Federação, a um advogado (João Rodrigues) com ligações ao Benfica.
A discussão foi acesa , com Valentim a esforçar-se por apaziguar os ânimos do dirigente e sugerir-lhe nomes de árbitros para substituir Paraty. Vieira, que diz não ter "preferência" por "ninguém", acaba por recusar o nome de quatro internacionais - "não me dá garantias", disse de alguns deles.
A solução acabou por ser João Ferreira. As escutas telefónicas estão apensas ao processo principal do Apito Dourado, mas Cunha Vaz, responsável pelo gabinete de imprensa do Benfica, negou na altura a sua existência. "O sr. Luís Filipe Vieira nunca falou com Valentim Loureiro por causa dos árbitros da Taça. Isso é mentira, até porque quem os nomeava era a Federação. O Benfica nunca escolheu qualquer árbitro", assegurou.
... ehehehehehehehehehe ...
15 de Março de 2004.
Paulo Paraty tinha arbitrado o jogo do Belenenses-Nacional para o campeonato.
Por esse motivo, não podia ser indicado para o jogo da Taça, que ocorreria dois dias depois, obrigando Pinto de Sousa, que, à data, liderava o Conselho de Arbitragem, a procurar outra opção."
Disseram-me que era o Paulo Paraty o árbitro... Agora dizem-me à última hora, vêm-me dizer que já não pode ser o Paulo Paraty", lamentava-se Vieira a Valentim, enquanto respondia às sugestões dadas por este.
"Não quero Lucílio nenhum! (...) O António Costa?! F... Isso é tudo Porto! (...) O Duarte, nada, zero! (...) O Proença também não quero!".
Só o nome de João Ferreira agradou ao presidente do clube da Luz. "O João pode ser" disse.
Nesta conversa com o presidente da Liga, Luís Filipe Vieira estava visivelmente irritado.
E confessou a Valentim Loureiro que tinha sido informado de que o árbitro seria Paulo Paraty duas ou três semanas antes. O nome agradava-lhe e a sua substituição foi atribuída a uma manobra do FC Porto, cujo presidente, Pinto da Costa, "controlava tudo", na opinião de Luís Filipe Vieira.
No entendimento do dirigente benfiquista, Pinto da Costa decidira até que quem arbitraria o Braga-Porto, também para as meias-finais da Taça, seria Bruno Paixão.
"O Bruno Paixão, em Gil Vicente, eu estendi-lhe a mão para o cumprimentar, não me cumprimentou! Como é que esse gajo [Pinto de Sousa] vai nomear esse gajo para apitar?", perguntava Luís Filipe Vieira, não escondendo a indignação e deixando clara a ameaça: "Eu não sou como o Dias da Cunha. (...) Eu vou [à RTP] fazer alguns alertas para o futebol português".
tomara ele ser como o Dr. Dias da Cunha ... MAS NÃO É!!
Minutos depois, um novo telefonema de Valentim Loureiro a Pinto de Sousa é revelador.
O segundo desculpa-se ao presidente da Liga por não ter indicado Paulo Paraty.
Este árbitro havia sido sorteado para o jogo da Liga, também com o Belennenses, o que o levou a aceitar a indicação de Vieira e nomear João Ferreira para a Taça.
Ainda na mesma conversa, Pinto de Sousa conta a Valentim que a promessa de que Paulo Paraty seria o escolhido tinha sido feita inicialmente a João Rodrigues (O TAL advogado com ligação ao Benfica),.
Mas assegurou que a nomeação para o campeonato acontecera apenas porque se tinha esquecido de avisar Luís Guilherme, o responsável pela gestão da arbitragem para os jogos da Liga.
Sobre a possibilidade levantada por Luís Filipe Vieira de que o Porto teria escolhido o árbitro para a sua própria meia-final, Pinto de Sousa desmentiu-o.
E explicou: "Foi um pedido do Salvador (presidente do Braga).
Não indicar nem o Olegário, nem o António Costa".
Nota: Até o Braga ... ehehehehehehehe ... (Ai,ai,ai Sporting Clube de Portugal, onde estás tu metido?)

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

José Veiga a pedir favores a Valentim Loureiro (sem qualquer surpresa!)

Sr. José Veiga & São Valentim Veiga apanhado nas escutas a pedir favores a Valentim
José Veiga, actual director-geral do Benfica e, em 2004, o maior accionista da SAD do Estoril, foi outra das figuras do futebol português a ser apanhada nas escutas do Apito Dourado.
O dirigente desportivo foi interceptado em pelo menos duas conversas telefónicas com Valentim Loureiro, à data presidente da Liga de Clubes. Foi em Março de 2004 e o objectivo do ex-empresário de jogadores com licença da FIFA era conseguir que a interdição do estádio do Marco de Canaveses coincidisse com o jogo do Estoril Praia. Veiga queria evitar que a sua equipa se deslocasse a um terreno tradicionalmente difícil e facilitar assim a tão almejada pontuação que nesse mesmo ano lhe viria a possibilitar a subida ao principal escalão do futebol.

nota: lembram-se quando o Benfica foi jogar ao Algarve?

Antes desse jogo, que aconteceu a 28 de Março de 2004 e em que o Estoril ganhou por 3-2 ao Marco de Canaveses, José Veiga fez dois telefonemas a Valentim Loureiro . No primeiro pediu que o estádio do Marco fosse interditado. A possibilidade tinha sido aberta devido ao incidente ocorrido cerca de um mês antes (quando Avelino Ferreira Torres pontapeou as placas de publicidade e cadeiras do recinto, ameaçando ainda o árbitro) e José Veiga pretendia então que a interdição coincidisse com o jogo da sua equipa.

Valentim Loureiro ainda tentou que o dirigente do Estoril falasse directamente com Gomes da Silva, então presidente da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes, ou que utilizasse a sua influência através dos jornais. "Pressiona-os", aconselhou o presidente da Liga, acabando por aceder, mais tarde, a dirigir ele próprio o pedido ao juiz desembargador Gomes da Silva. "Eu falo com o gajo", prometeu.

Dias depois, Veiga conheceu a decisão da Liga. O estádio do Marco havia sido interditado por dois jogos e a equipa teria de ir jogar em campo alheio, quando recebesse o Estoril Praia. E não se esqueceu de agradecer a ajuda de Valentim Loureiro. "Vou-lhe dar uma beijoca ", brincou Veiga, ao que Valentim respondeu: "Se não fosse eu...".

Ainda na sequência da mesma interdição, o Marco teve de ir jogar a casa emprestada. E o curioso é que acabou por ser o Boavista, clube dirigido pelo filho de Valentim Loureiro, a ceder o campo. Marco e Estoril defrontaram-se no Bessa a contar para a 28.ª jornada e a vitória dos canarinhos permitiu ao clube da Linha reforçar a liderança, passando a ter 11 pontos sobre o quarto classificado.Os relatos da altura mostram também que a arbitragem do jogo foi polémica. O Estoril marcou primeiro, o Marco empatou. O "caso" do jogo aconteceu quando, pouco antes do intervalo, o árbitro perdoou um segundo cartão amarelo a um jogador do Estoril que, no tempo de compensação e ainda antes da paragem do jogo, fez o passe para o segundo golo dos estorilistas . Nos primeiros minutos da segunda parte, o Estoril aumentou para 3-1 de penalti, mas não existe nos jornais da época qualquer referência ao castigo máximo. O primeiro golo do Estoril também foi por autogolo do Marco.

O árbitro desse jogo foi João Ferreira , o mesmo que esteve envolvido nas escutas noticiadas a semana passada pelo PÚBLICO, como tendo sido aceite por Luís Filipe Vieira para arbitrar as meias-finais da Taça de Portugal, na época 2003-2004.

Na sequência destas e de outras escutas, José Veiga foi interrogado e constituído arguido no processo Apito Dourado, tendo sido extraídas pelo menos duas certidões para o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.

Há alguma Dúvida? O Dirigente do Benfica também é ou não CORRUPTO?

Elucidativo

"Apito Dourado": Punir os implicados
MAIORIA DOS PORTUGUESES CLAMA POR ACÇÃO
Apesar de não ter acesso aos autos, mais de metade dos portugueses (56%) considera existir matéria suficiente para punir os eventuais envolvidos no Apito Dourado, opinião formada a partir daquilo que foi apreendido através da comunicação social.
Esta é uma das conclusões que podem ser retiradas da sondagem Aximage/ Record, subordinada ao tema Corrupção em Portugal. Esmagadoramente preocupados (90, 5%) com o crescimento do flagelo no nosso país, os auscultados pela Aximage não demonstram contemplações para com os envolvidos no Apito Dourado .
Talvez devido à cruzada de Vieira, os benfiquistas (66,1%) são os que mais anseiam pela punição imediata dos implicados, sendo seguidos pelos sportinguistas (56,1%). Na cauda surgem os portistas (39,9%), cujo presidente, Pinto da Costa, é um dos dois mais mediáticos arguidos do processo (o outro é Valentim Loureiro) - os azuis e brancos preferem dar tempo para que os factos sejam clarificados.

Rui Alves não podia faltar

NACIONAL DA MADEIRA ALICIOU ÁRBITROS COM FAVORES SEXUAIS
Na época futebolística de 2003/2004, o Nacional da Madeira ofereceu aos árbitros a companhia de prostitutas, indicam documentos incluídos no processo Apito Dourado citados pelo "Correio da Manhã".
O jornal escreve que o presidente do Nacional, Rui Alves, chegou a ser constituído arguido no processo Apito Dourado, mas que o seu caso foi arquivado por não ter sido provada uma ligação entre as orgias com prostitutas e o eventual favorecimento por parte dos árbitros.
De acordo com os documentos do processo, o intermediário entre o Nacional e os árbitros era, COMO SEMPRE e UMA VEZ MAIS , o empresário de futebolistas ligado ao Futebol Clube do Porto, António Araújo.
Os documentos referem que no dia 24 de Março - um mês antes das detenções no âmbito do processo Apito Dourado -, o então presidente do Belenenses, Sequeira Nunes, telefonou ao presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Pinto de Sousa, para lhe dizer que os dirigentes do Nacional andavam a presentear árbitros.
Sequeira Nunes terá também informado o presidente do Conselho de Arbitragem de que tinha sido o presidente do Marítimo a confidenciar-lhe tal informação.De acordo com os mesmos documentos, no dia 11 de Abril de 2004 também foi interceptado um telefonema entre o presidente do FC Porto e o líder do Conselho Superior de Arbitragem, no qual Pinto da Costa contava a Pinto de Sousa que o presidente do Marítimo lhe tinha dito que o Nacional presenteava os árbitros escolhidos para dirigir os seus jogos.Uma vez mais, o Presidente do Futebol Clube do Porto, SEMPRE EM CIMA DO ACONTECIMENTO!
O "Correio da Manhã" adianta que as investigações da Polícia Judiciária concluíram que o empresário António Araújo contactava os árbitros em nome do Nacional da Madeira.

nota: Percebem agora os negócios falhados do Nacional com o Sporting Clube de Portugal, SEMPRE a favor do FC Porto? ... PERCEBEM? (Paulo Assunção, Helton ...)


quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Abertura de processo

TRIBUNAL DE GONDOMAR DELIBERA A ABERTURA DA INSTRUÇÃO DO PROCESSO.

O Tribunal de Gondomar deliberou hoje a abertura da instrução do processo Apito Dourado, solicitada pela maioria dos 27 arguidos, anunciou esta tarde o matutino lisboeta Público no seu site.
Os arguidos, entre os quais se conta o presidente da Câmara local, Valentim Loureiro, o seu vice-presidente, José Luís Oliveira e Pinto de Sousa, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF são suspeitos de terem montado um esquema para induzir os árbitros a beneficiar o Sport Clube de Gondomar.
O processo envolve ainda outros 24 arguidos, também acusados de crimes de corrupção.

Gondomar: Processo decorrerá à porta fechada

Instrução arranca este mês
A instrução do processo Apito Dourado começará durante este mês de Outubro, mas vai decorrer à porta fechada para tentar evitar mais casos de violação do segredo de justiça. Primeiro analisam-se as questões de Direito e, mediante estas, só mais tarde os factos relacionados com alegados crimes de corrupção no futebol da II Divisão B na época de 2003/2004.
O juiz titular do caso, Pedro Miguel Vieira, está a analisar as questões prévias e incidentais levantadas por requerimentos dos principais arguidos, onde se sustentam a ilegalidade das escutas da PJ do Porto, assim como a inconstitucionalidade da legislação que pune a corrupção no desporto e ainda o enquadramento legal dos factos atribuídos a arguidos, para quem a haver ilicitude, se trata de corrupção desportiva e não a da lei geral (Código Penal).

A defesa argumenta que se existe uma lei especial para tratar a corrupção no fenómeno desportivo, não faz sentido invocar a lei geral, como fez o MP, em Gondomar. São factos crimes ou não relacionados com o futebol e deverão ser dirimidos pela legislação específica.A instrução, importante para limar arestas antes de qualquer julgamento, podendo mesmo evitá-lo, é a fase que corre entre a acusação do Ministério Público e o provável julgamento. Só a partir da instrução é que existe o contraditório, isto é, todos os arguidos conhecendo já do que são acusados, podem então oferecer ao juiz de instrução criminal a chamada prova negativa, de modo a relativizar o teor das acusações.

O final da instrução consta de um debate instrutório, no qual o magistrado confirmará ou não, no todo ou em parte, o libelo acusatório do MP. A ilegalidade das escutas poderá então subir à Relação do Porto e a alegada inconstitucionalidade será suscitada ao Tribunal Constitucional, mas cabe ao juiz de Gondomar a primeira decisão.Amílcar Fernandes, Artur Marques e Pedro Alhinho, que são os advogados de Valentim Loureiro, José Luís Oliveira (vice da Câmara de Gondomar) e Joaquim Castro Neves (vereador em Gondomar e ex-dirigente do Gondomar SC) têm suscitado as principais questões, que poderão implicar a nulidade do próprio processo, caso se confirmem pelos tribunais superiores as alegadas ilegalidades

domingo, 1 de outubro de 2006

Não sei, não...

PEDRO MIGUEL VIEIRA, O JUIZ SEM MEDO
Pedro Miguel Vieira, o juiz de instrução criminal de Gondomar, vai acumular nesta fase a instrução do caso Apito Dourado com o seu trabalho naquela comarca do Grande Porto. Aos 30 anos, o jovem, natural de Viana do Castelo, assumirá a instrução de um dos processos mais delicados. Este juiz já tinha trabalhado em Gondomar, com a juíza Ana Cláudia Nogueira, então a titular do Apito Dourado, entre Março e Julho de 2004.

Há dois meses titular da instrução criminal em Gondomar, o juiz Pedro Miguel Vieira já tem a admiração dos advogados da comarca pela equidistância de que sempre tem dado mostras.Se é verdade que o MP representa o Estado, o juiz representa o cidadão e, sendo de instrução criminal, é por excelência o juiz dos direitos, liberdades e garantias. Para um dos advogados nos interrogatórios a arguidos acabados de deter, agora cumpre-se a Constituição e o Código de Processo Penal, porque os causídicos têm acesso a peças processuais a que tinham direito absoluto, mas que pela pressão de alguns magistrados do MP, os juízes negavam aos defensores dos suspeitos, acabando mais tarde já na Relação do Porto por ser reposta a legalidade.

Pelo menos é um juiz sem medo e isso dá-nos muitas garantias, salientou o mesmo advogado, pedindo anonimato.

O ouro da corrupção

Árbitros do Apito Dourado recebiam ouro falsificado
José Luís Oliveira, vice de Valentim Loureiro na autarquia, era quem comprava os artigos de ourivesaria
O Ministério Público (MP) de Gondomar suspeita que uma parte do ouro oferecido aos árbitros acusados de corrupção desportiva no âmbito do processo Apito Dourado era falsificado. A peritagem efectuada pela Contrastaria do Porto em artigos apreendidos em buscas da Polícia Judiciária concluiu que há vários lotes de peças com marcas de punção inexistentes ou referentes a fabricantes já sem matrícula há bastantes anos.
E que, por essa razão, não podiam circular no mercado.Esta situação faz parte de uma certidão extraída pelo MP para ser averiguada à parte do processo principal. Que recebeu a designação "Apito Dourado" precisamente pela suspeita de que os árbitros seriam subornados pelos dirigentes do Gondomar Sport Clube através da oferta de valiosos objectos em ouro...
Em causa está a apresentação de "marca de punção" falsa, o que pode significar a prática do crime de contrafacção de selos, cunhos, marcas e chancelas, punido pelo Código Penal com entre um a cinco anos de prisão. Para o procurador do MP de Gondomar, Carlos Teixeira, o principal suspeito do crime será o comerciante de ouro que fornecia os objectos aos dirigentes do Gondomar SC, encabeçados por José Luís Oliveira, vice-presidente de Valentim Loureiro na Câmara de Gondomar.
Os artigos em questão - que constam em sete lotes do ouro apreendido - foram descobertos em quatro buscas na fase inicial do processo, aquando das detenções de 16 árbitros, dirigentes do Gondomar e da federação. O relatório pericial sublinha que os artigos de um dos lotes apresentam simulação de marca não registada na Contrastaria do Porto, enquanto os restantes seis apresentam quatro marcas de fabricantes cujas matrículas já tinham sido canceladas há anos.
A mais recente tinha deixado de existir em 1997 e dá pela designação de José Pinto, Lda, enquanto a mais antiga data de 1990, dando pela marca de Universo Jóia. A circulação deste tipo de artigos no mercado pode indiciar tratar-se de ouro de inferior qualidade, já que não é submetido a controlo pelas entidades oficiais.