A abertura deste espaço, tem como principal razão de ser a denúncia de todos os casos de corrupção, que se têm verificado através da viciação do "SISTEMA" que o Dr. Dias da Cunha, corajosa e persistentemente denunciou. Até aprece que querer que exista VERDADE DESPORTIVA é ... vergonha. Enfim, agora que se sabe que entre outros favores aos árbitos, para além de peças de ouro e sem falar de viagens ao Brasil, há favores sexuais que envolvem vários dirigentes e árbitros internacionais e de meia tigela, e que têm servido de suporte aos bons resultados de alguns, não nos podemos admirar que nos últimos 20 anos os campos estejam inclinados e tenham sido o FCPorto e o sr. Pinto da Costa os maiores beneficiários. A OPERAÇÃO "APITO DOURADO" não sei se será ou não bem sucedida naquilo que TODA A GENTE SABE. No entanto, teve o condão de trazer à luz do dia muitos nomes, poucas vergonhas, batota, mentira, roubo, telemóveis e, MUITA COISA MAIS que andava escondida. Está aberta a caça! Ou estava, a justiça tem destas coisas. E o que é engraçado também no meio de tudo isto, é ver o sr. Luis Filipe Vieira, anafado e literado presidente do Benfica a deitar baba e ranho sobre os telefonemas e a promiscuidade do FCPorto e Pinto da Costa, quando ele próprio andou embrulhado com telefonemas a escolher árbitros. E o Dr. João Rodrigues ... sabem todos quem é. não sabe?
Pelo menos os telefonemas existiram, esses ninguém pode provar que não existiram.
São um facto indesmentível!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

citações


citação:
(...) E o discreto Madaíl, que se queixa "de não mandar nada no futebol português", espera que a tutela do Governo devolva à sua Federação os poderes que lhe foram retirados pela actual Lei de Bases.
A organização dos campeonatos, ele dispensa, que continue com a Liga, o que ele pretende (foi, afinal, o que Pedroto aconselhou a Pinto da Costa há vinte anos) é ter nas mãos a arbitragem e a disciplina.
Conta com o apoio do seu amigo Blatter, da FIFA, e chegou a ameaçar os papalvos que esta "poderia suspender os nossos campeonatos" se esses poderes continuassem na Liga, como se não fôssemos um Estado soberano e a FIFA pudesse intervir no nosso ordenamento jurídico interno. (...)
citação:
Cunha de peso
Uma das acusações feitas no Apito Dourado ao presidente do Nacional da Madeira, Rui Alves, que esteve entre os arguidos, era a de que ele tentara aliciar o árbitro Augusto Duarte num jogo Nacional-Benfica, para, é claro, a favorecer o seu clube.
Para lá da desvergonha e do arrojo (não sabia que estas coisas não se faziam assim na cara do árbitro), ficou-se agora a saber um curioso pormenor desta cena de corrupção terceiro-mundista : esse homem de sucesso que é o sr. Alves explicou ao confrangido Augusto Duarte (confrangido, admito eu) que lhe fazia tal recomendação, "a pedido do sr. Pinto da Costa !"
Sim, porque "o objectivo era que o Benfica perdesse aquele jogo para que o FC Porto aumentasse a sua distância face ao seu rival de Lisboa".
Claro que ninguém vai acreditar, mas que era cunha de peso, era. A história vem contada no "Público" deste sábado.
Diz o jornal do eng. Belmiro que o MP mandou arquivar as acusações contra Alves por "insuficiência de indícios".
Queriam mais?

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Processo das prostitutas


Pinto da Costa e Jacinto Paixão envolvidos.
Processo das prostitutas enviado para o Porto
O processo dos alegados favores sexuais por parte de prostitutas à equipa de arbitragem liderada por Jacinto Paixão, após o jogo entre o FC Porto e o Estrela da Amadora de 2003/2004, foi remetido de Gondomar para o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto.
Este departamento vai decidir se acusará ou se arquivará este caso, em que Pinto da Costa , presidente do FC Porto, e Jacinto Paixão são já suspeitos por alegada corrupção.
Carlos Teixeira, o magistrado do Ministério Público de Gondomar, já extraiu a certidão, porque os factos em causa terão ocorrido na comarca do Porto, a 24 de Janeiro, quando os portistas venceram o jogo por 2-0.
A equipa de arbitragem terá ido jantar com Reinaldo Teles (administrador da SAD do FC Porto) e após o repasto os juízes de campo terão mantido relações sexuais com três prostitutas brasileiras, que aguardavam a chegada dos árbitros aos quartos onde Paixão e seus pares pernoitaram no Porto.
Jacinto Paixão, tal como os dois assistentes, José Chilrito e Manuel Quadrado, foram detidos pela PJ do Porto, estando indiciados por crimes de corrupção desportiva passiva, por alegadamente terem favorecido os "dragões" e beneficiado da noitada no hotel.
Isto foi confirmado pelas prostitutas, que reconheceram todos os elementos da equipa de arbitragem e disseram terem sido contratadas por uma intermediária e pagas por um empresário, António Araújo, muito ligado ao FC Porto.
De acordo com as suspeitas, os árbitros terão aceite essas contrapartidas.O processo será encaminhado para a 6.ª Secção do DIAP do Porto, que trata exclusivamente de casos de corrupção e dos de criminalidade económica e financeira, chamados crimes de "colarinho branco".

ahahahahahahahaha ...

JOSÉ LUÍS OLIVEIRA NEGA DÍVIDA A OURIVES
O ourives António Fernando Neves Ribeiro confirmou ao CM que processou o vice-presidente da Câmara de Gondomar, José Luís Oliveira, reclamando uma alegada dívida de 14 900 euros, por peças de ouro, que o autarca terá encomendado para, supostamente, entregar a árbitros de futebol.
O ourives gondomarense, testemunha no "Apito Dourado" e alvo de buscas aquando da operação da PJ do Porto, em 20 de Abril de 2004, diz que nunca recebeu parte do dinheiro que o então presidente do Gondomar Sport Clube lhe devia pelas encomendas semanais de peças em ouro.
O processo encontra-se já no 1.º Juízo Cível de Gondomar, a aguardar por marcação do julgamento, mas o autarca contestou, tendo referido "não ter comprado nenhum desses objectos", que, segundo o ourives, serão 18 pulseiras, 42 fios, 45 cruzes e seis colares, durante os anos de 2002 e de 2003.
Foi mesmo emitida uma factura já em 7 de Março de 2005, mas faltará pagar a maior parte da conta.
O ourives alega que José Luís Oliveira teria pago apenas 2500 dos 17 400 euros dos fornecimentos de artefactos de ouro.
Segundo refere o Ministério Público, as peças seriam para árbitros dos jogos do Gondomar, mas nem todos eles aceitaram as ofertas que alegadamente eram colocadas nas cabinas dos juízes antes dos jogos.

Não sabem NADA ... não viram NADA ... NUNCA lhes disseram NADA. Aconteceu ... simplesmente, tá ?

Polícia Judiciária soube, em 2000, que o presidente de um clube com um "passado indicioso de práticas imorais e pouco abonatórias da sua integridade" telefonou a um árbitro que dirigia jogos da I e da II Liga para o tentar aliciar.
O dirigente em questão chegou mesmo a exigir o "pagamento de algo" que havia sido acordado no ano anterior.
Este episódio consta de um comunicado da Comissão de Arbitragem da Liga que foi enviado aos juízes em Outubro de 2000 e que não refere os nomes dos envolvidos.
Foi José Luís Tavares, presidente da CA da Liga entre 1996 e 2001, quem o contou à PJ, algum tempo depois de ter informado os juízes do que aconteceu.
"Confirmo que esse comunicado foi feito em Outubro ou Novembro de 2000 e enviado aos árbitros. Algum tempo depois, já eu tinha saído da Liga, soube que as autoridades avançaram com o processo Apito Dourado", disse José Luís Tavares, garantindo não se lembrar dos nomes do árbitro e do dirigente envolvidos no telefonema.
No comunicado - que chegou a ser discutido, em Leiria, numa reunião de árbitros em que estiveram presentes os dirigentes da CA da Liga José Luís Tavares, Nemésio de Castro e o falecido José Guedes, a CA fez questão de enaltecer o facto de o juiz ter denunciado a situação por que passou e por ter "despachado o senhor" dirigente.
"Dissemos ao árbitro que ao informar-nos do sucedido a sua responsabilidade no assunto terminava ali e assim aconteceu", pode ler-se na carta enviada para a residência dos juízes que, em 2000, dirigiam jogos da I e II Liga.
O facto de ter sido possível identificar o autor do contacto, segundo a CA da Liga, deveu-se a que o seu número de telefone ficou registado no telemóvel do árbitro.
Lucílio Baptista, Vítor Pereira e Jorge Coroado foram três dos árbitros que receberam o comunicado, onde também consta um alerta: "(...)Todos aqueles que receberem mensagens duvidosas (...) de dirigentes de clubes e não informarem a Comissão de Arbitragem tornam-se coniventes de práticas incorrectas.
"Reacções:
LUCÍLIO BAPTISTA - ÁRBITRO (Arguido do processo 'Apito Dourado')"Não se chegou a saber quem eram os implicados". (...)
VÍTOR PEREIRA - EX-ÁRBITRO" (...) Nunca soube quem foi o dirigente nem o árbitro."
JORGE COROADO - EX-ÁRBITRO"Ninguém nos disse os nomes dos implicados. (...) a Comissão de Arbitragem não foi clara na forma como expôs a situação"

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

O SISTEMA no seu melhor (2)

MOTIM EM VIZELA
Se o jogo da primeira jornada, Taipas-Gondomar (1-2), arbitrado por Pedro Valente, correu conforme o pretendido, já a partida da segunda jornada - o Gondomar recebeu o Paredes - se complicou.
O árbitro Sérgio Pereira foi informado por Oliveira de que havia lá "umas coisinhas" e solicitado a "fazer o que puder" . Mas o jogo correu mal, o Gondomar perdeu no último minuto através de uma grande penalidade e um dos seus jogadores foi expulso.
Após o jogo, Oliveira desabafou com Valentim, insultando o árbitro. Ele e o Major responsabilizaram na conversa Pinto de Sousa com abundante linguagem irreproduzível por não ter nomeado Pedro Sanhudo, conforme fora pedido.
A partir daqui, os métodos refinaram-se para precaver mais falhas. Na jornada seguinte, Vizela-Gondomar, o árbitro Licínio Santos não os deixou ficar mal. A acusação aprecia os diversos lances errados que valeram ao Gondomar uma vitória por 3-0.
Em Vizela, contudo, os adeptos revoltaram-se com Licínio Santos e ao intervalo as coisas tomavam o aspecto de motim.
O árbitro de Leiria, conforme conversas telefónicas com Oliveira, conteve-se na segunda parte e, num ou noutro lance, até beneficiou os vizelenses . Porque, explica, se desse um cartão a alguém do Vizela em certa jogada teria que mostrar a um jogador do Gondomar que já seria o segundo e por isso era expulso...ahahahahahaha ... isto é um goooozo!!!!!
Percebem porquê que há tantos cartões amarelos e vermelhos à tôa??
Percebem porquê que se marcam faltas num ou noutro QUALQUER lance ... "aos outros"??

O SISTEMA no seu melhor

Ponto central é uma reunião que terá ocorrido a 19 de Janeiro de 2004, entre Valentim Loureiro, Pinto de Sousa (presidente do Conselho de Arbitragem da FPF) e José Oliveira para discutirem as nomeações.
A hora é precisa, 20h17, mas é omisso o local e as circunstâncias. Remete para telefonemas que estão no processo.
Mas já em Março de 2003 o telefone de José Luís Oliveira, vice-presidente da Câmara e presidente da Comissão Administrativa do clube, era escutado. Em Maio Pinto de Sousa era também alvo de escutas, enquanto Valentim e outros só passaram a ter os telefonemas controlados em Outubro.
A PJ foi deixando correr o processo, deixando os suspeitos afirmarem coisas comprometedoras.O esquema era sempre o mesmo: Oliveira pedia a Pinto de Sousa um árbitro.
As equipas de arbitragem nomeadas a pedido eram "contempladas" com voltas de ouro no valor total de cerca de 700 euros, geralmente entregues por Castro Neves, director do futebol do clube. Seriam ainda objecto de boa classificação dos observadores, que por seu turno também seriam bem classificados pelos assessores encarregados de os avaliar

Porquê?

Porquê que o Presidente da República
não condecora DIAS DA CUNHA ?

Confesso-me

VOU CONTAR TUDO!

Rui Mendes, o árbitro que deu origem ao processo "Apito Dourado", quer relatar em julgamento tudo o que sabe sobre a corrupção no futebol português, nomeadamente as reuniões que teve com Valentim Loureiro e José Luís Oliveira, na Câmara de Gondomar.

"Apesar de ter sido constituído arguido, vou contar tudo o que se passou comigo", disse o árbitro do Porto que o Ministério Público (MP) acusou de um crime de corrupção desportiva passiva.Segundo o MP, Rui Mendes, a pedido do arguido José Luís Oliveira, aceitou dirigir o Trofense-Gondomar (1-1), que se realizou no dia 8 de Abril de 2001, com a contrapartida de ajudar a equipa visitante.
Foi precisamente o que rodeou esta partida que esteve na base das investigações que, desde o início, contaram com a colaboração do juiz que, na altura, militava na 1.ª categoria nacional e que se sentia prejudicado na sua classificação (estava para descer) desde que dirigira o Campomaiorense-União de Leiria (I Liga).
De acordo com o que o CM apurou, antes do jogo de Campo Maior, que se realizou em Outubro de 2000 e terminou empatado (1-1), Rui Mendes foi alvo de uma tentativa de aliciamento. Como não correspondeu ao que lhe foi pedido "ajudar os raianos" as notas que foi recebendo colocaram-no nos lugares do fundo da classificação na arbitragem.
Decidiu, então, que tinha de contar a Valentim Loureiro o que se passara antes do encontro da 4.ª jornada da Liga. Mas só no dia 2 de Abril de 2001 o conseguiu, quando foi convocado por José Luís Oliveira para uma reunião na Câmara de Gondomar.
Após relatar o que se passou numa área de serviço a caminho do Alentejo, o árbitro ouviu o Major dizer-lhe que, embora a sua classificação fosse má, era possível recuperar. A determinada altura, Valentim Loureiro deixou o gabinete onde se encontravam.
E, segundo o MP, foi já sem a presença do Major que José Luís Oliveira perguntou a Rui Mendes se não se importava de dirigir o Trofense-Gondomar. Aceitou, para, tentar descobrir até que ponto ia a corrupção na arbitragem portuguesa e com a firme intenção de "denunciar tudo". O MP, no entanto, entendeu que o árbitro sabia muito bem que ao dizer sim a Oliveira teria de ajudar o Gondomar.
E que seria recompensado com uma boa nota, dado que o observador do seu trabalho (Joaquim Pinheiro da Silva) também estaria controlado. Durante a conversa na CM de Gondomar, ainda de acordo com o MP, Oliveira terá telefonado a Pinto de Sousa, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, ordenando-lhe que nomeasse Rui Mendes para o Trofense-Gondomar.
Passado algum tempo, Rui Mendes soube que o observador o tinha pontuado com uma nota fraca. E em Maio de 2001 contou tudo (aliciamento na área de serviço e conversas com Valentim Loureiro e José Luís Oliveira) a Pimenta Machado (na altura, presidente do V. Guimarães e arqui-rival do Major), Comissão Disciplinar da Liga e Conselho Disciplinar da FPF.
O recurso às instâncias de futebol custou-lhe 40 dias de suspensão, por ter denunciado o que lhe sucedeu à Comunicação Social.
Percebem porquê que o
Sporting Clube de Portugal
é contra as nomeações?

sábado, 11 de fevereiro de 2006

Escutas telefónicas (4 Abril 2004)


citação:
Vitória por 5-4 com arbitragem polémica (4 Abril 2004)
Final do jogo entre o Gondomar e o Lixa.
Conversa entre Valentim Loureiro (VL) e José Luís Oliveira (JLO)

VL - Estou?
JLO - Sim?
VL - Sim, então?
JLO - Então? F...-se, isto é que foi um jogo f...o
VL - Então?
JLO - Ganhámos 5-4
VL - (risos) ... f...-se!
JLO - (risos)
VL - 5-4? Foi bom, c.....o
JLO - Foi
VL - Isso como é que foi?
JLO - Ó pá, o gajo ...
VL - Hã?
JLO - O gajo .... eu acho que o gajo vinha para nos f....r. Eles fizeram 1-0, nós empatámos 1-1 e depois o gajo marca-nos um penalty que não existe e expulsa-nos o central.
VL - F...-se!
JLO - Para aí aos ... sei lá ... aos 15 minutos de jogo
VL -Quinze mimutos de jogo??
JLO- Sim.
VL - Ah! E vinha para nos f... r mesmo. Que c.....o, pá!
JLO - Pois... pois vinha, pronto. E os gajos fizeram 2-1, ficaram a ganhar 2-1. Ainda na primeira parte, nós ainda chegámos ao 4-2.
VL- 4-2 ???
JLO - Sim! Na primeira parte.
VL - Com dez??
JLO - Com dez!
VL - F...-se
JLO - E depois... eh... na... na entrada da segunda parte, pronto... ele... ele mudou um bocado, porque nós, já a diferença era grande, não é?...
VL - Sim...
JLO - já não adiantaria de muito, e... pronto, depois carregou um bocado para o nosso lado. Fizemos o 5-2. Depois os gajos meteram um lance de sorte, fizeram o 5-3 e o gajo, a partir daí, tomou a (imperceptível) os gajos! Filho da p...a!
VL - Ai sim? ?
JLO - Foi. E os gajos fizeram, de pois, a acabar, o... o quarto golo, aqui. A bola estava quase fora, os gajos descuidaram-se um bocado e fizeram o quarto golo. Ficou 5-4
VL - f....-se!

Escutas telefónicas (28 de Março 2004)


citação:
Sandinense com Calendário mais fácil (28 de Março 2004)
Final do jogo entre o Trofense e o Gondomar.
Conversa entre Valentim Loureiro (VL) e José Luís Oliveira (JLO).

VL- Estou?
JLO - Sim ... 2-0
VL - Então foi bom ...
JLO - Foi
VL - E os outros?
JLO - Estavam a ganhar 4-0 c.....o!
VL - Ó carago
JLO - Era em casa também ....
VL - E o próximo agora qual é?
JLO - Agora é em casa, ... em casa com o Lixa... e eles, nem sei bem, (só que?)...
VL - Vão fora?
JLO - .... eu não sei se eles são em casa outra vez, eles têm mais jogos em casa do que fora, ora eles, Valdevez- Sandinense ... eles vão ao Infesta ... pode não ser fácil
VL - (imperceptível) ... ali, o casino
JLO - É falar com o gajo ...

Escutas telefónicas (14 Março 2004)


citação:
Tramados por árbitro do Porto (14 Março 2004)
Final do jogo Freamunde e Gondomar. Conversa Valentim Loureiro (VL) e José Luís Oliveira (JLO)

VL - Estou?
JLO - Sim
VL - Então? Como é que ficou?
JLO - Empatámos 1-1
VL - Oh ... ca......o!!
JLO - Marcámos primeiro, o gajo na segunda parte f...-nos!
VL - Porquê?
JLO - Acabámos com nove!
VL - P...a que o pariu. F...-se! Quem era o artista?
JLO - Era aqui do Porto, o Pedro Maia.
VL - Eu sei lá quem é esse Pedro Maia. Então, e você como é que foi...
JLO - Filho da p...a!
VL - ... como é que foi (imperceptível)?
JLO - Ó pá, pronto. Eu tinha alguma confiança no filho da p...a, mas os gajos, os observadores é que mandaram esta m...a para aqui.
VL - Ai é?
JLO - Pois! Ó pá, isto não adianta nada. Os gajos, ... pode vir o gajo mais amigo... como o gajo que nos f..eu em Paredes, também era um gajo que eu punha o pescoço por ele! Mas depois, outros valores se levantam... isso, não há ... não há hipótese!
VL - E os outros?
JLO - Devem ter ganho. Eles, ao intervalo, acho que já estavam a ganhar 3-O ao Braga.
VL - F...-se! Eu ontem falei com... o Pinheiro a dizer... combinei até que a gente, esta semana almoçasse !
JLO - Hummm .. hummm
VL - Eu ontem falei com o gajo... Mas... então o gajo expulsou dois gajos? Mas porquê?
JLO - Expulsou! Por nada! Quer dizer.., um tinha acabado de entrar, os gajos fizeram uma falta, ali perto da entrada da área sobre o jogador, o gajo reclamou falta e o gajo: pimba, amarelo! Deve ter dito mais qual coisa e o gajo... vermelho Está fora.. E outro, também foi por amarelos mas.., pelo menos o segundo, aquela m..a não tem pés nem cabeça, não era amarelo nenhum, nem.... f...-se ... A meio-campo! Á beira da linha de meio-campo!
VL - Isso é feito pelos gajos, pá!
JLO - Uma falta normal ...
VL - É ... os outros artistas andam a movimentar-se ...
JLO - É ...
VL - Adrianos, e o c......o, depois o Alverca e tal .... isso é tudo m...a, pá ...
JLO - É, é, é ....
VL - Isso é tudo m...a. São uns merdilheiros do c.....o! É filho da p...a esse gajo!

Escutas telefónicas (7 Março 2004)


citação:
Sandinenses ganham nos descontos (7 Março 2004)
Final do jogo entre o Gondomar a Associação Desportiva de Lousada.
Conversa entre Valentim Loureiro (VL) e José Luís Oliveira (JLO)

VL - Então?
JLO - Ganhámos dois a zero!
VL - Ora aí está!
JLO - Mas os gajos [querendo referir-se aos Dragões Sandinenses, adversários do Gondomar na corrrida ao primeiro lugar da tabela classificativa] ganharam 4-3 com um penalty aos 94 ou 95 m ou o c.......o!
VL - Fo...-se!
JLO -P....a que o pariu! É sempre ...
VL - É?
JLO - Os gajos têm sempre quem marque penáltis!
VL - Que filho da p....a. Mas enfim, olha tem que se ir ... E onde é que foi ? Onde é que eles foram?
JLO - Foi em casa com o Ermesinde! É um dos que estão para descer!
VL - F....-se!
JLO - Ao intervalo estavam a perder 2-1!
VL- F....-se!
JLO - Depois fizeram o 3-3 e marcaram o 4-3!
VL - isso é uma vergonha, pá. É preciso dizer a esse senhor... É preciso dizer ao pequenino [a referir-se ao arguido José António Gonçalves Pinto de Sousa] pá! Ele não tem vergonha nenhuma também!

Escutas telefónicas (28 Janeiro 2004)


citação:
Cunha para arranjar bilhetes para o Euro (28 Janeiro 2004)
O arguido Licínio Silva Santos (LS) telefonou para o major Valentim Loureiro (VL) a solicitar-lhe dois bilhetes para o jogo Portugal - Grécia.

LS - Estou-lhe a telefonar para lhe pedir um favorzinho ...
VL- Diga
LS - ... Para compensar as suas maldades ...
VL - Então?...
LS - Eh... Oh major, diga-me uma coisa ... não... não me arranja dois bilhetes para a ... para a inauguração do... do Euro 2004?
VL - Amigo, estou a ver se arranjo. Estou a ver se arranjo pois que estou a... a ver junto da Federação, se é possível.
LS - Oh!...
VL - Se eu arranjar, você mas mais daqui a... quin...a quinze dias.
L.S - Eu queria v...queria ver se ia ver, que é...
VL - Pronto! Ok amigo! Mas... vou ver
LS - ... é no... deixe qual é que é aquilo... eu já...ah!... É Portugal/Grécia, no Estádio de Dragão
VL - ... é para o Dragão, não é?
LS - É, nem que eu tenha que os pagar! Porque eu não consigo arranjar. Já virei tudo...
VL - Não trate de nada. Eu vou ver, pá!
LS - Veja se me arranja isso, está bem?
VL - Está bem. Ok, ok
LS - de resto... está tudo bem ?

Escutas telefónicas (11 Janeiro 2004)


citação:
Sempre a controlar os Dragões Sandinenses (11 Janeiro 2004)
O Gondomar derrota o Infesta, 1-O. José Luis Oliveira (JLO) liga, logo a seguir ao jogo, ao major (VL).

JLO - Estou...?
VL - Então, como é que correu?
JLO - Ganhámos 1-0
VL- Ah...Mas foi bom...
JLO - Foi a um quarto, foi a um quarto de hora da segunda parte ... Na primeira parte, tínhamos feito, ... Na primeira parte foram ... portanto jogámos muito bem, só que as bolas não entravaram, carago
VL - Mas a que horas começou o jogo?
JLO - Começou às três
VL - Ahhhh . .. (imperceptível)
JLO - Ainda vi, ainda vi o jogo todo ... Vi! Também saí lá de baixo, vocês saíram de lá eram para aí quê, três menos um quarto ou três menos vinte...
VL - Humm ... E foi em casa?
JLO - Foi, foi ...
VL - Ah ... Quem foi o ...
JLO- Foi com o Infesta, foi com o Infesta ...
VL - Ahhh esses ...
JLO - Foi o Licínio Santos, mas os gajos têm uma equipazinha, batem-se bem... Claro que ... pronto, não têm nada a ver com os nossos
VL - E os outros? [ a referir-se à equipa dos Dragões Sandinenses]:(imperceptível)?
JLO - Os outros ganharam no Leça, o Leça não vale, não tem nada, não é? Ganharam por 3-1.
VL - (imperceptível)
JLO - Logo na primeira parte estavam a ganhar 1-0 ,e esta m...a tinha que ... a ver se a gente ganhava mais ... dava um ... deixavam mais três pontitos para trás

Escutas telefónicas (4 Janeiro 2004)


citação:
Adversários joqaram "como leões" (4 Janeiro 2004) José Luís Oliveira (JLO) liga ao major (VL), após vitória, por 1-O, em casado Pedras Rubras.
JLO - Sim
VL - Sim, então?
JLO - olá.
VL - Como é que ficou?
JLO - Ganhámos 1-0.
VL - Ei! Caragol Bem bom.. Parabens ... E os outros?
JLO - Não sei ainda... Náo sei como é que ficou...
VL - Óptimo ... pá, óptimo...
JLO - Foi difícil ... Mas...
VL - Ahahah, difícil ...
JLO - Os gajos entram... Agora atiram-se como leões...
VL - Quando um gajo vai à frente é pior ...
JLO - F...-se! Pois é... VL - 0k ... óptimo! Até logo, e Um abraço
JLO - Até logo...!

Telefonema Valentim Loureiro - António Garrido (22 Dezembro 2003)


citação:
Uma discussão com António Garrido (22 Dezembro 2003)
No dia seguinte ao jogo em Sandirn, frente aos Dragões Sandinenses (empate polémico 1-1 com o golo do Gondomar a acontecer aos 89 minutos numa grande penalidade inexistente), o major Valentim Loureiro (VL) toma conhecimento por intermédio de José Luis Oliveira, de um jantar entre o assessor António Garrido (AG) e o árbitro de tão polémico desafio, o lisboeta Pinto Mendes.
Temendo que Garrido pudesse querer influenciar o relatório do jogo, Valentim liga ao assessor.

António Garrido - Estou.
Valentim Loureiro - Senhor Garrido!!!
AG - Ó senhor major.
VL- Está bom? Como está vossa excelência está bem?
AG - Obrigadíssimo.
VL - É pá. você anda a baixar muito, carango!
AG - O quê?
VL - Você é um homem com estatuto na arbitragem, então agora já vai ver jogos da Segunda B, carago?
AG - Pois, e acho bem, é um grande jogo!
VL - Foi um grande jogo!
AG - Foi um grande jogo.
VL - Agora ir para lá para dar conselhos ao árbitro, é que não!
AG - Conselhos ao árbitro? Eu não, nem sequer falei com o árbitro!
VL - Não? Você disse ao árbitro que ele devia ter expulso o gajo quando ele marcou o penalty contra o Gondomar .
AG - Quem é que disse? Eu disse isso?
VL - Ó Garrido, eu vou dar-lhe um conselho: não se meta nisto...
AG - Eu?
VL - ... senão eu tomo medidas e limpo-o do futebol!
AG - Mas..
VL - Ouça só o que eu lhe estou a dizer ...
AG - ...mas, mas...
VL - Você faça lá o seu trabalho,...
AG - E eu faço o meu trabalho.
VL - ...mas não se meta em áreas que conflituem com algo que tenha a ver comigo!
AG - Mas que áreas?
VL - Ouça, vou dar-lhe um conselho!
AG - Diga lá,
VL- A gente até se conhece bem...
AG - Você já viu o meu relatório? Viu o meu relatório?
VL - Não conflitue nada com essa m....a, porque senão...
AG - Viu o meu relatório?
VL - Não! Eu sei eu conheço os relatórios todos.
AG - Àhhh, mas o meu não conhece
VL - Ó Garrido eu não lhe mereço isso e você sabe que eu estou à frente da Câmara de Gondomar!
AG - Ele mostra bem o cartão amarelo...
VL - Eu não lhe mereço isso!!!
AG - ... ele mostra bem o cartão amarelo, ó major
VL - Eu não lhe mereço isso, pá! Você, pá, é, pá, sinceramente. Acho que, é pá, acho que você...
AG - Ó Major, o senhor tem de me ouvir primeiro a mim ...
VL- ... eu compreendo a vida, sei o que é vida, as suas dificuldades, os problemas, sei tudo . Agora há uma coisa que você deve evitar fazer!
AG - O quê?
VL - É meter-se em áreas para fo...r alguma instituição a que eu esteja minimamente ligado
AG - Ó Major, mas o senhor está enganado, você está completamente enganado
VL - Garrido!!!!!!
AG - Eu estive inclusive a jantar com o árbitro, ontem, em Lisboa, a jantar com o árbitro...
VL - Eu sei tudo, eu sei tudo!
AG - ... e disse-lhe a ele que ele esteve...
VL - Eu sei tudo!
AG - Mas sabe tudo, afinal, o senhor não sabe nada!
VL - Sei.., sei sei.
AG - O senhor está-me a dizer que eu disse que o cartão.., que ele devia ter expulso o gajo, O meu relatório, inclusive, diz que está bem o cartão amarelo!
VL - Eu sei que você jantou ontem com ele, eu sei isso tudo, pá!
AG - E não lhe disse que tinha sido uma grande arbitragem?
VL - Sei isso tudo, sei isso tudo e sei muito mais coisas.
AG - Então por que é que o senhor está-me agora a incriminar a mim?
VL - Pronto, Garrido, tenha um bom Natal, está bem, pronto. adeus.
AG - Igualmente para si, mas olhe ...

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

Escutas telefónicas (14 Dezembro 2003)


citação:
Gondomar já leva 3 pontos de avanço (14 Dezembro 2003) Jogo Gondomar - Ermesinde (1-0).
Logo que o jogo finalizou, José Luís Oliveira (JLO) ligou ao major (VL).
JLO - Sim?
VL - Sim, então? Como é que ficou?
JLO - Um a zerito ...!
VL - Ahhhhhh...
JLO - Chegoul Mas, falhámos para ai dez...! C......o! F....-se! De baliza aberta, mesmo!
VL - Mas basta um pá!
JLO - E os gajos... Os outros perderam.
VL - Âhhh?
JLO - Os nossos concorrentes.., perderam 2-0 no Vizela
VL. - Ei carago! Então está na frente, já outra vez...
JLO - É ... Outra vez
VL - Agora já está mesmo ... Não é...?!
JLO - Agora, estamos três pontos à frente.
VL - E óptimo...
JLO - Vamos lá para domingo jogar com eles,.
VL - 0k! Depois falo uma coisita tá ...? Está bem.
JLO - Está... Até logo, até logo...

À espera de milagres?

Dragões Sandinenses querem ser ressarcidos caso se prove resultados viciados

Os Dragões Sandinenses pretendem ser ressarcidos dos prejuízos sofridos caso se provar a viciação de resultados do Gondomar, no âmbito do processo Apito Dourado, que investiga corrupção no futebol português, disse hoje à Lusa o advogado do clube.
Francisco Coelho dos Santos, advogado mandatado pela direcção do clube para avaliar da viabilidade desta pretensão, apresentou já um requerimento para juntar aos autos do processo Apito Dourado, a decorrer no Tribunal de Gondomar.
O clube pretende agir judicialmente contra a maior parte dos arguidos no processo Apito Dourado, quer dirigentes quer árbitros, que de alguma forma tenham tido influência na adulteração da verdade desportiva.
Em causa está o facto de os Dragões Sandinenses terem terminado a época de 2003/04 no segundo lugar da II Divisão B/Zona Norte, a apenas um ponto do Gondomar, que ascendeu na altura à Liga de Honra.
Se ficarem provados os factos constantes na acusação, nomeadamente no que se refere à alegada viciação de resultados, os Dragões Sandinenses pretendem ser ressarcidos pelos prejuízos causados na forma de um pedido de indemnização cível.

Escutas telefónicas (26 Outubro 2003)


citação:
Cinco pontos de avanço sobre os Dragões Sandinenses (26 Outubro 2003)
O Gondomar triunfa, em casa, diante do Freamunde por 2-1. Logo após o término do jogo, José Luís Oliveira (JLO) telefona a Valentim Loureiro (VL)

VL - Estou!
JLO - Sim!
VL - Então?
JLO - Ganhámos 2 e 1 !! ... 2 e 1
VL - Eh, carago! Foi bom! Então...
JLO - Os outros... os outros...
VL - Âh?!
JLO - Os outros acho que perderam 2-1 em Braga!
VL - Quem, o...?
JLO - Ainda não tenho a certeza..., os... os... os concorrentes!
VL - Sim, sim ...
JLO - Os Sandinenses !
VL - Então é bom! Sandim...
JLO - È! Era bom, era bom se for assim ...VL - Nós estamos com quantos à frente?
JLO - Nós estávamos com 2... eles têm um jogo a menos, não é?
VL - Ah... têm um jogo a menos...
JLO - Têm o jogo da folga,... agora, se eles tiverem perdido, ficamos com 5... embora eles com um jogo a menos mas também ficamos sempre, depois, com quatro de diferença!
VL - E isso é bom! Óptimo ! (..)

Poisssssssssss ... SEMPRE a CONTROLAR o adversário!!!!!

E ainda mais esta? (19 Outubro 2003)


citação:
Até Valentim entrou no jogo do Gondomar (19 Outubro 2003)
Jogo em Lousada, Após o segundo golo do Gondomar (o resultado final foi 3-O) José Luís Oliveira (JLO) liga a Valentim Loureiro (VL).
VL - Estou,
JLO - Sim.
VL - Então?
JLO - Já começaram a ficar bravos. Já estamos a ganhar 2-O
VL - ... óptimo!
JLO - já estão para aqui... a insultar o c......o! P...a que os pariu!
VL - É mandar dar uma volta
JLO - É! O senhor... o senhor também já entrou em jogo...
VL - Quem?
JLO - Os... você já entrou para ai há... para aí há cinco minutos já entrou em jogo! Quando nós marcámos o primeiro golo, o senhor entrou! Ah Ah! Ah!
VL - Eh! Eh! Eh! Ah... eu?! Ah Ah! Ah!
JLO - Sim. sim! AhAh! Ah! Ah!
VL - Ó filho da p...a! Ah!Ah!Ah!
JLO- Ah! Ah! Ah!
VL - Ok. Até já!
JLO - Até já! Ah! Ah! Ah! VL - Ah! Ah! Ah!

Escuta telefónica (13.Setembro.2003)


citação:
O árbitro Pedro Sanhudo ficou pendurado (13 Setembro 2003)
Chamada entre José Luís Oliveira e Valentim Loureiro, após a vitória do Gondomar, por 2-O, diante do FC Porto B.
JLO - Ganhámos 2-O, ganhámos 2-O.
VL- Óptimo, óptimo, isso é que é bom
JLO - Eu tinha de ir agora ter com o Sanhudo (árbitro), c.....o, eu fiquei de ir jantar com ele
VL - Ó pá, diga ao gajo que aconteceu uma coisa qualquer, que janta segunda feira ou o carago .
JLO - (...)
VL- E correu bem aquilo? Isso não interessa venha assim. Correu bem o jogo ou eles não jogaram nada?
JLO - Correu bem, correu ó pá, ganhámos mas podíamos ter marcado mais. Marcámos um na primeira e outro na segunda.
VL - Então é bom, o que interessa é ganhar
JLO - É.
VL - Ó Oliveira, mas venha ter aqui, pá. Diga lá ao gajo que você fala lá com o gajo, deixe-lhe lá a conta paga e diga lhe que havia uma coisa qualquer a que você não veio, um casamento, pá. Eu também tinha outras coisas e vim aqui.

E mais esta ... (7 Setembro 2003)


citação:
Braga "B" Jogou sem "veteranos" (7 Setembro 2003) Telefonema entre José Luís Oliveira (JLO) e Valentim Loureiro (VL), no final do jogo Gondomar - Braga B (3-O).
VL - Então?
JLO - Acabou agora. 3-O.
VL - Ah! Tá a ver? Foi bom. Os gajos jogaram pouco?
JO - A equipa ainda é nova, não é? A deles.
VL - Sim.
JLO - São mais novitos. Os nossos são mais ... mais experientes
VL - Então não puseram lá nenhum dos veteranos deles?
JLO - Não, não, não, não. Não puseram lá ninguém. Foi o habitual ...
VL - Eles têm quantos pontos?
JO - O Braga? Só tem 3. Acho que só tem 3.
VL- E nós agora 9, né?
JO - Nós temos 9, agora.
VL - Tá bem,
JO- É o quarto jogo...
VL - Ok. Pronto.

E esta? (1 Setembro 2003)


citação:
Desta vez o "apitacho" até esteve muito bem (1 Setembro 2003)
José Luís Oliveira (JLO) telefona para Valentim Loureiro (VL) depois do Vizela - Gondomar.
VL- Grande vitória c.....o
JLO - Foi c.....o! Eu ontem liguei-lhe, mas o senhor não tinha ...
VL- Então e novidades?
LO - Aquilo lá correu bem.
VL - Foi. Foi 3-O. E o "apitacho" ?
JLO - Teve bem, teve bem .
VL- Mas foi alguma m....a?
JLO - Não. Não precisou, não... As coisas começaram a correr bem.. Logo aos dois minutos fez-se 1-O, não é? E depois aos 11 ele expulsou o Nelo . Já jogou aí no Boavista, não é?

Valentim Loureiro: Tou? (24. Agosto.2003)

A acusação do processo "Apito Dourado" utilizou como base, escutas de telefonemas de e para Valentim Loureiro.
As chamadas aqui transcritas têm como intervenientes, além do major, José Luís Oliveira, vice-presidente da Câmara de Gondomar e ex-presidente do Gondomar Sport Clube, António Garrido, ex-árbitro internacional de futebol; Licínio Santos, árbitro, António Ferreira, amigo de Valentim e pai do empresário José Ferreira, também escutado, e ainda Leonel Viana, vereador da autarquia gondomarense.
Destes, apenas Garrido e Viana não foram constituídos arguidosValentim Loureiro ameaçava pressionar árbitros, prometia mover influências para ajudar amigos na Câmara de Gondomar e avisava um observador de jogos que podia acabar-lhe com a carreira caso se metesse com os interesses dele.
Estas são algumas das conversas escutadas de Valentim Loureiro que constam da acusação do Apito Dourado.

citação:
Arbitragem polémica no Gondomar - Paredes ( 24 Agosto 2003) José Luís Oliveira (JLO) para Valentim Loureiro (VL), após o Gondomar - Paredes .
VL-Tou?
JLO -Sim
VL- Então?
Ganharam?
JLO -Perdemos 2-1
VL - F......-se, Então porquê?
JLO - Acabámos com nove.
VL- Oh que c......o! O gajo esteve bastante mal?
JLO - Esteve bastante mal. Quer dizer.., Eles marcaram um penálti a acabar. Expulsou-nos um jogador. Enlearam-se os dois jogadores. Um deles um nosso. Aquilo, a expulsar, era os dois Mas a bola até estava parada. Eu não sei como é que é essa m...a, a lei do jogo
VL- Como? Como?
JLO- Estava o jogo parado..,
VL- Sim110- Os gajos a fazer lançamento..
VL- Sim...
JLO - Ou um livre ou o c. ....o e os gaios pegaram-se, os dois jogadores, o nosso e um deles junto da área.
VL - Oh, é burro também
JLO- E o filho da p...a marca penalty.
VL - Estava 1-1 ?LO - Até expulsou o gajo. Estava 1-1.
VL - Quem era o gajo?
JLO - Era o Sérgio.
VL - Qual Sérgio?
JLO - O Sérgio Pereira ... é do Porto
VL - Oh que filho da p...a!
JLO- Oh... Isto é o ,filho da p....a do Pinto de Sousa. Eu tinha-lhe pedido ... Veio este de recurso . Porque era para vir .... Eu tinha pedido o Pedro Sanhudo (árbitro) e o gajo não quis mandá-lo. Que se f...a! P...a que o pariu, também!
VL- Então mas esse filho da p... a não faz nada que a gente ...
JLO - Não ajuda... não ajuda nadinha. Já Domingo também teve que vir um....
VL- Vá para a p...a que o pariu! Tenho que me empertigar com o gajo, pá.

nota : Pinto de Sousa era o Presidente do Conselho de Arbitragem, era ele que fazia as NOMEAÇÕES.
Percebem agora porquê que o Dias da Cunha SEMPRE se bateu por SORTEIO de árbitros quando percebeu que NADA podia fazer contra esta cambada?
É que ao menos com o sorteio ... era a sorte!

Isto repugna

Dizia-me um amigo:
"ACREDITAM QUE ALGUÉM VAI SER CONDENADO POR "APITOS DOURADOS" , "APITOS E MAIS APITOS" !!!!DEPOIS DO QUE SE PASSOU EM FELGUEIRAS EM MARCO CANAVESES ETC.ETC. EU JÁ NÃO VEJO FIM À VISTA !!!"
Na verdade, não é coisa que já não tenha pensado porque a nossa justiça é o que se sabe a começar por um julgamento como este que vai durar anos e anos, mas enfim ...
Se tens estado atento, até já alvitrei que no fundo, no fundo, quem ainda vai ser preso é o juiz Mas mesmo que isso aconteça, mesmo que haja irregularidades processuais ou outras quaisquer, uma coisa é certa, todos nós ficámos a saber como é que tudo isto se faz, se fazia e se fez. Tenho pena não ter guardado as conversas dos quinhentinhos, das viagens ao Brasil, etc., tudo isso que veio no Jornal Expresso na altura e que é do conhecimento de toda a gente, não é invenção minha.
Estou convencido que este Apito Dourado, terá pelo menos o condão de esclarecer muito mais.Tenho aqui um "dossier" do António Oliveira quando era treinador no FC Porto sobre o caso "N´Dinga" e aquilo que ele disse acerca do carimbo e atitrou a Académica para a II Divisão.UMA VERGONHA, não percebo como é possível aquilo ter ficado impune, não percebo.
E ele ontem a dizer que, com ele, o Penafiel é um clube honesto etc, etc, etc, ... Incrível.
Querer a VERDADE DESPORTIVA acima de tudo, não é dizerem que são desportistas e depois pactuarem e aceitarem autênticas vigarices só porque os seus clubes foram beneficiados anos e anos, nessa altura já a Verdade Desportiva não interessa.
Se do Sporting Clube de Portugal houver algum implicado, ... que coma pela medida grossa.
Mais do que todos os outros juntos porque para mim, ser-se do Sporting identifico-o com grande responsabilidade no fenómeno desportivo. Isto sou eu a pensar, claro.
Se o clube beneficiou com essas VIGARÍCES, que desça de divisão como aconteceu em França, Espanha, Alemanha, Bélgica, etc. E os seus dirigentes presos como o Vale e Azevedo ou o Tapi ou o Gil e Gil ... etc ...
Estou para ver.
Sabes porquê que eu não admito que haja erros contra o Sporting Clube de Portugal? Porque as coisas funcionam da seguinte maneira, queres ver algumas conversas gravadas pela Policia Judiciária?
E estamos a falar do Gondomar da II Divisão B, nem queiras saber quando isto mete muito dinheiro com o Campeonato Nacional e a Taça dos Campeões Europeus.
Isto não dá vontade de rir ... repugna !!!!!!!!!

Não fica por aqui!

Além dos 27 acusados no âmbito do processo "Apito Dourado", o Ministério Público (MP) extraiu dezenas de certidões dirigidas ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa e Porto e nas quais se incluem as escutas telefónicas relacionadas com o alegado envolvimento de Pinto da Costa no caso de corrupção desportiva.
O Correio da Manhã nota que o presidente portista será investigado nas comarcas de Lisboa e Porto por suspeita de crimes de corrupção passiva e falsificação de documentos. Em causa estão situações dúbias quanto à nomeação e classificação de árbitros durante a época 2003/2004, de acordo com o mesmo diário.
Também investigados no DIAP de Porto e Lisboa serão Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, e Valentim Loureiro, presidente da Liga de Clubes, ambos já acusados de crimes de corrupção pela comarca de Gondomar.
O Correio da Manhã justifica que «o Tribunal de Gondomar não tem competência territorial para deduzir acusação relacionada com factos ocorridos na FPF, cuja sede é em Lisboa, e Liga de Clubes, sediada no Porto».
O mesmo diário frisa que Valentim Loureiro será investigado no Porto com base em indícios do tráfico de influências, nomeadamente em casos disciplinares da Liga de Clubes relacionados com o ex-jogador portista Deco, com o próprio Pinto da Costa e com o ex-treinador azul e branco José Mourinho, e ex- tradutor no Sporting Clube de Portugal.
Também terão sido extraídas certidões com destino a Lisboa e Porto em relação à presidente da Câmara de Leiria Isabel Damasceno, ao árbitro Paulo Paraty e ao presidente do Boavista João Loureiro .

Os acusados do processo "Apito Dourado"

Foram finalmente notificados pelo Ministério Público (MP).

O mega-processo de corrupção desportiva tem nesta fase 27 arguidos que respondem por mais de 180 crimes no âmbito das suspeitas em torno do favorecimento ao Gondomar que terá culminado com a subida desta equipa da II Divisão B à Liga de Honra na época 2003/2004.
O presidente da Liga de Clubes e da Câmara de Gondomar, Valentim Loureiro, é acusado de 26 crimes de corrupção activa, enquanto o ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pinto de Sousa, está acusado de 26 crimes de corrupção passiva.
O Major arrisca-se a uma pena de prisão efectiva, sendo que a corrupção activa é punida com um mínimo de um mês e um máximo 40 meses.

Deste processo foram entretanto extraídas certidões a enviar a outras comarcas que envolvem nomes como os de Pinto da Costa e João Loureiro, presidentes do Porto e do Boavista, respectivamente.
VALENTIM LOUREIRO (presidente da Liga de Clubes e da Câmara de Gondomar) - 26 crimes de corrupção activa sob a forma de cumplicidade- 2 crimes dolosos de prevaricação
JOSÉ LUÍS OLIVEIRA (vice-presidente da Câmara de Gondomar e ex-presidente do Gondomar SC)- 26 crimes dolosos de corrupção activa sob a forma de autoria- 21 crimes de corrupção desportiva activa
PINTO DE SOUSA (ex-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF) - - 26 crimes de corrupção passiva para acto ilícito
JOAQUIM CASTRO NEVES (vereador na Câmara de Gondomar) - 19 crimes de corrupção desportiva activa
FRANCISCO COSTA (ex-vogal do Conselho de Arbitragem da FPF) - - 26 crimes de corrupção passiva para acto ilícito sob a forma de cumplicidade
LUÍS NUNES DA SILVA (ex-vogal do Conselho de Arbitragem da FPF)- 2 crimes de corrupção activa, um sob a forma de autoria, outro por cumplicidade- 4 crimes de corrupção desportiva activa
CARLOS MANUEL CARVALHO (ex-presidente do Conselho de Arbitragem da AF Porto) - 1 crime de corrupção desportiva passiva
LICÍNIO SANTOS (árbitro da AF Leiria) - 2 crimes de corrupção desportiva passiva
SÉRGIO PEREIRA (árbitro da AF Porto) - 1 crime de corrupção desportiva passiva
HUGO VLADIMIRO SILVA (árbitro da AF Porto) - 2 crimes de corrupção desportiva passiva
JOÃO MACEDO (árbitro da AF Porto) - 2 crimes de corrupção desportiva passiva
RICARDO PINTO (árbitro da AF Porto) - 3 crimes de corrupção desportiva passiva
ANTÓNIO EUSTÁQUIO (árbitro da AF Leiria) - 2 crimes de corrupção desportiva passiva
PEDRO SANHUDO (árbitro da AF Porto)- 3 crimes de corrupção desportiva passiva- 2 crimes de corrupção desportiva activa
JORGE SARAMAGO (árbitro da AF Leiria) - 1 crime de corrupção desportiva passiva
JOSÉ MANUEL RODRIGUES (árbitro da AF Braga) - 2 crimes de corrupção desportiva passiva
MANUEL PINTO MENDES (árbitro da AF Lisboa) - 3 crimes de corrupção desportiva passiva
ANÍBAL GONÇALVES (árbitro da AF Porto) - 1 crime de corrupção desportiva passiva
SÉRGIO SEDAS (árbitro da AF Leiria) - 1 crime de corrupção desportiva passiva
RUI MENDES (árbitro da AF Porto) - 1 crime de corrupção desportiva passiva
MANUEL CUNHA (observador de árbitros da FPF) - 1 crime de corrupção passiva para acto ilícito
JOÃO MESQUITA (ex-vogal do Conselho de Arbitragem da FPF) - 1 crime de corrupção desportiva activa por cumplicidade
AMÉRICO NUNES (dirigente do Sousense, clube de Gondomar) - 1 crime de corrupção desportiva activa sob a forma de co-autoria
AGOSTINHO DA SILVA (dirigente do Sousense, clube de Gondomar) - 1 crime de corrupção desportiva activa sob a forma de co-autoria
LEONEL VIANA (ex-autarca de Gondomar) - 1 crime de prevaricação sob a forma de co-autoria
ANTÓNIO FERREIRA (observador de árbitros da FPF) - 1 crime de prevaricação sob a forma de instigação
JOSÉ HORTA FERREIRA (observador de árbitros da FPF) - 1 crime de prevaricação sob a forma de cumplicidade

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

O desespero é total

Quem assistiu ao telejornal da RTP e ouviu as variadíssimas transcrições das conversas telefónicas entre os implicados deste VERGONHOSO PROCESSO, nomeadamente, dirigentes da arbitragem e árbitros, só pode sentir NOJO e VÓMITOS.
Já nem vontade de rir dá.!!!!
UMA VERGONHA.
Se isto no início é assim, como será lá mais para diante ...Vejam ao ponto a que chega mais um dos muitos arguidos do norte, ... que tábua de salvação ele arranjou ...

Valentim Loureiro acusa o Presidente da República Jorge Sampaio
O arguido mais mediático do processo Apito Dourado até este momento, acusou o Presidente Jorge Sampaio de inacção no combate à violação do segredo de justiça, desafiando-o "a passar das palavras aos actos"
O Presidente da República, que tanto tem criticado o funcionamento da justiça em Portugal, tem neste caso [Apito Dourado] uma boa oportunidade para passar das palavras aos actos", afirmou o major, salientando que "é isso que os cidadãos esperam num Estado de Direito"."Já se falou demais, mas nunca o vi tomar qualquer iniciativa para resolver o assunto. Só o vi mais abespinhado quando foi atingido há tempos no processo da pedofilia, só porque alguém tinha lá as chamadas que ele eventualmente possa ter feito do seu número particular", acrescentou.O presidente da Câmara de Gondomar comentava assim, à margem da apresentação da feira de ourivesaria Ourindústria, em Gondomar, a divulgação, nos últimos dias, das várias acusações de que será alvo no âmbito do processo Apito Dourado e das quais garante não ter sido ainda notificado."Está aqui demonstrado, neste caso, que não tendo eu sido notificado se fala do processo e dos crimes de que eu irei ser acusado, o que significa que alguém do Ministério Público está a cometer o crime de violação do segredo de justiça e isto num Estado de direito é grave", sustentou.
Para Valentim Loureiro, sendo o Presidente da República, "segundo a Constituição, o mais alto magistrado da nação", impõe-se "que ponha na ordem os magistrados que não cumprem a lei".
Neste âmbito, o autarca diz ter já feito chegar, terça-feira à noite, "em mão", uma carta a Jorge Sampaio. Relativamente às acusações do Ministério Público de que será o principal instigador do caso Apito Dourado, usando a sua influência política no futebol, Valentim Loureiro considerou-as "um romance", limitando-se a afirmar: - "Não aprecio ficção ".

Estão a ver como é que as coisas funcionam?

Atenção que estamos a falar de equipas da II Divisão ... ehehehehe.
Imaginam aqui outros interesses ao nível dos Campeões Europeus?
Estamos apenas a falar do Boby e do Tareco, imaginem como não terá sido isto anos a fio ... Mas que grande REGABOFE!!
Compreendem porquê que o Dias da Cunha era uma pessoa incómoda?
Mesmo assim, apesar de estarmos a falar apenas de um PEQUENO clube do norte (o Gondomar, claro) vejam o envolvimento:
- Em 26 arguidos, 12 são árbitros
- Presidente da Liga Portuguesa de Futebol
- Presidente do Conselho de Arbitragem
- Presidente de Câmara Municipal
- Vice Presidente da Câmara Municipal
- Presidente de Clube desportivo
- Vogais do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol
- Presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Porto

Pergunto: Porque será que os jornais desportivos não falam do Apito Dourado que envolve árbitros e dirigentes quando levam para a primeira página "conversas da intimidade, do compadrio e da promiscuidade" entre o Zé Veiga e o arguido do norte ?
PORQUÊ????????
Sabem de que cor são os jornais desportivos e que interesses representam?
Cala-te Francisco!


Isto começa a ficar bonito ...

II Divisão B, época 2003/2004
Após ter vencido o Clube Caçadores das Taipas, o Gondomar SC recebeu (a 24 de Agosto de 2003) O União de Paredes. José Luís Oliveira, segundo a acusação, tentou que Pedro Sanhudo (acusado de .....) fosse nomeado para o jogo, o CAFPF acabou por escolher Sérgio Pereira. Antes de iniciar o jogo, Oliveira falou ao telefone com o árbitro a quem disse que tinha "umas coisinhas para vocês [mais os árbitros assistentes]" que seriam objectos de ouro. Porém, a equipa de José Luís Oliveira acabou por perder o jogo.
No mesmo dia, Oliveira faz queixa a Valentim Loureiro:
- "Isto é o Pinto de Sousa. Eu tinha pedido o Pedro Sanhudo e o gajo não quis mandá-lo."
- "É um artista esse Pinto... Então no princípio da época não manda já quem se quer, porquê?", responde o major e a conversa ficou registada nos autos.
A partida seguinte descrita na acusação é o jogo entre o Vizela e o Gondomar. José Luís Oliveira pediu para o árbitro Licínio Santos (acusado de...) ser nomeado, Pinto de Sousa anuiu. Os gondomarenses venceram por 3-0, Oliveira e Castro Neves entregaram os objectos à equipa de arbitragem.
Na acusação, o MP descreve alguns lances da partida em que o árbitro interveio a favor do Gondomar, ao não assinalar faltas cometidas por jogadores desta equipa, e numa situação de agressões entre dois jogadores, apenas expulsou o do Vizela.O árbitro e o presidente do Gondomar falariam depois ao telefone sobre as incidências da partida.
Na conversa, referida na acusação, ambos concordam que o momento-chave do jogo foi a expulsão do jogador do Vizela Nelo, que também já representou o Boavista.
- "Aí é que teve o cerne da questão. Foi aí. Foi o gajo ter ido para a rua", disse o árbitro Licínio Santos.
José Luís Oliveira retorquiu - "Pois foi. Deu uma ajuda grande, não é?"
O árbitro anuiu: - "Deu. O gajo... Aí é que teve o cerne da questão. Foi duro como o c...! Foi estafada!"
O lance que originou a expulsão do jogador do Vizela está assim descrito na acusação "
Aos 10,47 minutos, à entrada do meio-campo do Gondomar, aquando de um ataque do Futebol Clube de Vizela, um jogador do Gondomar Sport Club agarrou, puxou e derrubou o jogador daquela equipa que estava de posse da bola e, com este já no chão, pisou-o. O árbitro interrompeu o jogo. Nesse momento o jogador do Vizela agrediu com um soco o jogador do Gondomar. O árbitro expulsou (cartão vermelho) de imediato o jogador do Futebol Clube de Vizela por "conduta violenta" e advertiu (cartão amarelo) o jogador do Gondomar Sport Club. Ora, este jogador também deveria ter sido expulso por conduta violenta, por ter pisado o adversário, e não o foi, tendo sido violada pelo árbitro a Lei 12."
No final do jogo, Joaquim Castro Neves entregou à equipa de arbitragem:
"volta de argola de mola em ouro, com o toque 0,800 (oitocentos milésimos), com o peso de dezasseis gramas e oito decigramas (16,8g), com o "desenho de marca" correspondente à firma Fernando Manuel Silva Basílio, e com o valor de cento e trinta e cinco (135) euros, e de uma cruz de ouro, como o toque de 0,800 (oitocentos milésimos), com o peso de dois gramas e seis decigramas (2,6g), com o "desenho de marca" correspondente à firma Jorge Fernando Ferreira Silva, e com o valor de vinte (20) euros".
Segundo o Ministério Público, Licínio Santos não quis receber os objectos na hora porque "dava muito nas vistas", já que se encontravam no estádio do adversário do Gondomar Sport Club. Decidiram receber esses objectos numa próxima oportunidade, dizendo que depois se encontravam para tomar café, ou quando a equipa de arbitragem voltasse a apitar "aqui para cima".
Outros dos jogos acompanhados pelos investigadores decorreu a 19 de Outubro de 2003 entre a Associação Desportiva de Lousada e o Gondomar SC. Oliveira pediu a Pinto de Sousa que fosse nomeado o árbitro António Eustáquio. A nomeação, segundo o MP, foi concretizada pelo antigo vogal do CAFPF Francisco Costa.
Dias antes, foi registada uma conversa telefónica entre José Luís Oliveira e António Eustáquio, na qual o primeiro perguntou
- "Oh, pá, quer dizer, eu não sei se, prontos, se o senhor se sente em forma pra ir lá no próximo."
- "Tou sempre", respondeu o árbitro.
A equipa de Gondomar venceu o jogo por 0-3, e a investigação registou erros de arbitragem "Aos 51 minutos, Dinis, jogador do Gondomar, marcou o primeiro golo desta equipa. Porém, a marcação do golo foi antecedida de uma falta ofensiva de um jogador do Gondomar que o árbitro não assinalou".
No final do jogo, José Luís Oliveira e Castro Neves deslocaram-se à cabina do árbitro, "onde entregaram uma pulseira, de ouro, com o peso de cerca de dezasseis gramas" a António Eustáquio, no valor de 134 euros, diz a acusação.

Valentim Loureiro no centro do esquema

A acusação baseia-se em milhares de horas de escutas telefónicas São cerca de 15 mil horas de escutas telefónicas validadas pela juíza Ana Cláudia Nogueira que suportam grande parte do despacho final do Ministério Público aos 27 arguidos acusados no processo "Apito Dourado".
O arco acusatório do documento circunscreve-se a 29 jogos do Gondomar SC, na época 2003/2004.
O antigo presidente do clube José Luís Oliveira é acusado de ser o pivot de todo o alegado esquema. E os seus pedidos de árbitros eram aceites, segundo o procurador Carlos Teixeira, porque eram como se fossem feitos por Valentim Loureiro (que também deverá ser acusado em processo autónomo por tráfico de influências).
Para "segurar" Pinto de Sousa, continua o MP na acusação, Valentim, usando da sua influência junto do poder político, abria as portas deste ao presidente do CAFPF. Exemplificando, o MP refere uma viagem do antigo primeiro-ministro Durão Barroso a Moçambique, na qual Pinto de Sousa integrou a comitiva dos convidados e não dos empresários.
Quando questionado pelo filho sobre como conseguiu, Pinto de Sousa respondeu "Foi o major."As prendas em ouro entregues aos árbitros são apontadas como a contrapartida para o crimes de corrupção desportiva activa e passiva. (onde é que eu já ouvi isto?? ... ehehehee)
Aliás, a frequência com que os dirigentes do Gondomar SC (José Luís Oliveira e Joaquim Castro Neves, ambos acusados) faziam tais ofertas levou a que, numa conversa telefónica entre os árbitros Pedro Sanhudo (acusado de corrupção desportiva activa e passiva) e Óscar Coutinho, este tenha dito ao primeiro "Vós, daqui a pouco, ides abrir uma ourivesaria."
Entre Valentim Loureiro, José Luís Oliveira e Pinto de Sousa, o MP estabelece uma relação de cumplicidade. Isto é o procurador de Gondomar diz que Pinto de Sousa atendia aos pedidos de Oliveira, porque estes eram como se fossem do major.
Na acusação é dito que Valentim Loureiro "sabia" que os pedidos feitos por José Luís Oliveira a Pinto de Sousa implicavam que "fossem tomadas decisões semanais ilegais na nomeação dos árbitros que iriam apitar os jogos do Gondomar Sport Clube".
"Mas, apesar de o saber, sempre quis apoiar com veemência José Luís Oliveira na obtenção de tais decisões, quer falando directamente com Pinto de Sousa quer incentivando" Oliveira a falar com o presidente do CAFPF.
Aliás, no documento, é referida uma conversa entre Oliveira e Valentim, em que o primeiro pede ao major para dar um "apertão" em Pinto de Sousa por causa da nomeação dos observadores para um jogo entre o Gondomar SC e os Dragões Sandinenses (o mais directo adversário).
Esta é uma das intervenções directas assacadas a Valentim Loureiro. Outra registada tem a ver com uma interpelação directa a António Garrido, ex-árbitro, que actuava como assessor.
O major não gostou de saber que Garrido teve uma intervenção junto de um árbitro que apitou um jogo do Gondomar e partiu a louça "Ó Garrido, eu vou dar-lhe um conselho: não se meta nisto... (...) se não eu limpo-o do futebol. " ...
O alegado esquema em causa até era simples José Luís Oliveira terá fornecido uma lista de árbitros a Pinto de Sousa e antes de cada jogo do Gondomar SC ambos combinavam o nome escolhido. Juntamente com Joaquim Castro Neves (acusado de 19 crimes de corrupção desportiva activa), Oliveira entregava aos árbitros prendas em ouro.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

Já são conhecidos os 27 arguidos

Os arguidos do processo Apito Dourado, sobre um alegado caso de corrupção no futebol e na autarquia de Gondomar, apenas hoje conheceram o despacho de acusação, cinco dias depois da sua publicação em vários órgãos de comunicação social.
O teor da acusação foi hoje comunicado aos arguidos e respectivos advogados pelo Tribunal Judicial de Gondomar, que lhes entregou em mão o documento. O texto confirma os 27 arguidos anunciados, nomeadamente o presidente da Câmara de Gondomar e líder da Liga de Clubes, Valentim Loureiro, e o seu vice-presidente na autarquia, José Luís Oliveira.
O presidente do Município está indiciado por 26 crimes de corrupção activa, sob a forma de cumplicidade, e dois crimes dolosos de prevaricação, enquanto que o vice-presidente é acusado de 26 crimes dolosos de corrupção activa e 21 crimes dolosos de corrupção desportiva activa.
O vereador Joaquim Manuel de Castro Neves é acusado de 19 crimes dolosos de corrupção desportiva activa e o ex-presidente do Conselho de Arbitragem, José António Pinto de Sousa, é acusado de 26 crimes dolosos de corrupção passiva para acto ilícito.
O Ministério Público acusou também os ex-vogais do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol Francisco Fernando Tavares - 26 crimes dolosos de corrupção passiva para acto ilícito - e Luís Nunes da Silva - de dois crimes dolosos de corrupção activa, um deles sob a forma de cumplicidade, e quatro crimes dolosos de corrupção activa desportiva.
O ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Porto, Carlos Manuel Carvalho, é acusado de um crime doloso de corrupção desportiva passiva e o árbitro da Associação de Futebol do Porto, Sérgio Manuel Pereira, é acusado de um crime doloso de corrupção desportiva passiva.
Um outro árbitro, Licínio da Silva Santos, da Associação de Futebol de Leiria, está indiciado por dois crimes dolosos de corrupção desportiva passiva, enquanto que Pedro Gonçalo Morais Sanhudo, árbitro da Associação portuense, está acusado de três crimes dolosos de corrupção desportiva passiva e de dois crimes dolosos de corrupção desportiva activa.
O árbitro assistente do Porto Hugo Vladimiro Teixeira da Silva, integrado na equipa de Pedro Sanhudo, está indiciado por dois crimes dolosos de corrupção desportiva passiva e o árbitro assistente da mesma equipa, João Pedro Carvalho da Silva Macedo, de dois crimes dolosos de corrupção desportiva passiva.
O árbitro assistente Ricardo Emanuel da Fonseca Pinto, também membro da equipa de Pedro Sanhudo, foi acusado de três crimes dolosos de corrupção desportiva passiva enquanto o árbitro da Associação de Futebol de Lisboa Manuel Fernando Valente Pinto Mendes, está acusado de três crimes do mesmo tipo.
O árbitro da Associação de Lisboa António Ramos Eustáquio foi indiciado por dois crimes dolosos de corrupção desportiva passiva e o árbitro de Leiria Jorge Pereira Saramago de um crime do mesmo tipo.
O árbitro da Associação de Futebol de Braga José Manuel Ferreira Rodrigues está indiciado pela autoria de dois crimes dolosos de corrupção desportiva passiva e o árbitro do Porto Aníbal Augusto Rodrigues Gonçalves de um crime idêntico.
O árbitro de Leiria Sérgio Amaro Jesus Sedas está indiciado por um crime doloso de corrupção desportiva passiva, o observador Manuel Alberto Barbosa da Cunha de um crime doloso de corrupção passiva para acto ilícito e o também observador João Soares Mesquita de um crime doloso de corrupção activa, sob a forma de cumplicidade.
O Ministério Público deduziu, ainda, acusação contra os arguidos Américo Manuel Santos de Sousa Neves e Agostinho José Nogueira Duarte da Silva, por um crime doloso de corrupção desportiva activa, e contra Leonel Arcanjo Neves Viana, por um crime doloso de prevaricação, sob a forma de co-autoria.
Os arguidos António Ferreira e José António Horta Ferreira são acusados de um crime doloso de prevaricação, o primeiro sob a forma de instigação, e o segundo por cumplicidade.
Como diz o nosso Major .... a acusação é FALSA ...
ehehehe
Isto é tudo gente boa!!! ... é, é.
Há mais ... eheheh

sábado, 4 de fevereiro de 2006

Até onde pode chegar o processo «Apito Dourado»?

Esta é uma questão que tem alimentado as mais variadas especulações sobre o inquérito que corre no Ministério Público (MP) de Gondomar.
O que começou com uma denúncia de um árbitro sobre eventuais ilegalidades na arbitragem portuguesa transformou-se num dos chamados processos mediáticos. Para que tal acontecesse, a inclusão do major Valentim Loureiro no rol de arguidos foi determinante. Mas o que é o «Apito Dourado»?
Os direitos de autor da expressão pertencem à Polícia Judiciária do Porto (PJ) que, normalmente, identifica uma determinada operação com um nome de código. Assim aconteceu no dia 20 de Abril deste ano, quando os inspectores detiveram um conjunto de pessoas, sobre as quais recaem suspeitas de corrupção e tráfico de influências no futebol, sobretudo ao nível da arbitragem.
Um dos presentes que seria entregue aos árbitros era precisamente um apito dourado, em alusão à cultura da filigrana em Gondomar.Mas cedo se percebeu que as investigações ultrapassavam os muros do futebol.
Como personagem central está Valentim Loureiro e os inúmeros cargos que ocupa (ver caixa ao lado). As relações entre o major com empreiteiros, poder político e alguns magistrados judiciais foram decalcadas durante um ano de investigação. Esta manteve-se discreta e em total regime de sigilo. Aliás, logo após as detenções, várias vozes - a coberto do anonimato - fizeram transparecer para os jornais alguma incomodidade por as estruturas centrais da Polícia Judiciária e do Ministério Público não estarem a par das mesmas.
A primeira consequência foi a demissão dos dois responsáveis da PJ do Porto, Teófilo Santiago e João Massano, por uma questão de «falta de lealdade», como viria a admitir posteriormente o novo director, o juiz Ataíde das Neves. Recentemente, foi tornada pública uma resposta do procurador de Gondomar a um parecer encomendado por Valentim Loureiro aos professores Jorge de Figueiredo Dias e Manuel da Costa Andrade, da Universidade de Coimbra.
No documento, constata-se que Valentim Loureiro está colocado na posição central numa teia de influências, seja em relação ao futebol ou até junto de membros do governo de Durão Barroso. Apesar de, do ponto de vista da doutrina jurídica, aqueles professores argumentarem que o major não pode ser indiciado dos crimes em questão (corrupção passiva para acto ilícito e tráfico de influências), o procurador de Gondomar adverte, no final do documento, que os crimes imputados ao major continuam «a ser os mesmos, ou até mais, agora que foi recolhida mais prova e foram certificadas mais transcrições de escutas efectuadas aos arguidos».
Aliás, Valentim Loureiro, quando confrontado com os factos em primeiro interrogatório judicial, não terá, segundo a juíza Ana Cláudia Nogueira, admitido «sequer uma leve censura ética... porque... afinal... nada fez para merecer a sua detenção, apenas se limitou a ajudar os amigos», lê-se no parecer de Figueiredo Dias e Costa Andrade.
Os factos imputados ao major envolvem dois empreiteiros, Joaquim Camilo (por esclarecer está o empreendimento da Boapor, licenciado pela Câmara do Porto) e Alberto Couto Alves, para os quais o major terá prometido obras na Metro do Porto e terá aceitado mover influência junto do Governo para adjudicação de outra obra relacionada com a estrada nacional 222.
Outra questão que poderá emergir do inquérito diz respeito ao papel dos juízes da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP). Na resposta do MP ao parecer de Valentim Loureiro, faz-se referência a «uma conversa telefónica entre Valentim Loureiro e um decisor da Comissão Disciplinar da Liga».
Em suma, segundo o MP, Valentim «não se limitava a usar da sua influência, ele dirige-se aos decisores sobre os quais se dispõe a exercer influência, não só fazendo questão de referir o poder político que detém, mas também de forma agressiva e de tal forma constrangedora que a tais decisores mais não resta do que atender às suaspretensões».

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Apito Dourado com 29 acusados em Gondomar

O despacho de acusação do processo Apito Dourado envolve 29 acusados "cuja actividade se centrou na área de Gondomar", informou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O gabinete de Souto Moura não confirmou - nem no comunicado, nem quando solicitado pela Lusa a fazê-lo - se Valentim Loureiro integra o grupo de 29 arguidos, o que é dado certo pela imprensa. Também um assessor do autarca disse que nem Valentim Loureiro, nem o seu advogado, receberam ainda qualquer notificação alusiva, ainda que admitisse que o major "fazia parte do núcleo central da investigação".
O procurador de Gondomar, Carlos Teixeira, entendeu que não tinha competência territorial para deduzir acusação a todos os arguidos, pelo que extraiu certidões para processos autónomos, enviadas para comarcas distintas, com um "manancial de indícios vasto".
Com esta decisão, fica por esclarecer se será ou não deduzida acusação contra o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, igualmente indiciado neste processo de corrupção e troca de influências no futebol português.
O advogado do dirigente portista lamentou já o atraso e avançou com um pedido de indemnização ao Estado, de 50 mil euros, por alegada detenção "ilegal" do seu cliente para interrogatório, a 03 de Dezembro de 2004.
De acordo com o comunicado da PGR, foram arquivados processos relativos a 127 arguidos, 94 das quais referentes a jogos de futebol.
Os acusados têm 20 dias para requer a abertura de instrução do processo, contados a partir da data das notificações, que já começaram a ser feitas

"Apito" estilhaçado em 81 processos

COMARCA DO PORTO É A RECORDISTA A RECEBER CERTIDÕES EXTRAÍDAS DO CASO DE CORRUPÇÃO NO FUTEBOL
O processo Apito Dourado estilhaçou e transformou-se em 81 pequenos inquéritos que irão correr em diferentes comarcas espalhadas pelo país.
O procurador-geral da República, Souto Moura, adiantou, ontem, este facto, através de comunicado, confirmando ainda a acusação a 29 arguidos, respeitante ao caso de corrupção no futebol do Gondomar e outros pequenos clubes do mesmo concelho.
Entre os acusados, tal como já noticiado, estão o autarca Valentim Loureiro, dirigentes da arbitragem e de clubes e árbitros. Esta acusação refere-se não só a casos de eventual corrupção em torno do Gondomar Sport Clube mas também em redor de pequenos clubes, como o Sousense. De acordo com informações recolhidas pelo JN, das comarcas que receberam mais certidões a do Porto é a recordista, com cerca de dez casos distintos, seguindo-se Lisboa e o próprio Ministério Público (MP) de Gondomar.
Entre estas certidões está o caso da noite do jogo F. C. Porto-Amadora, em que terá havido um encontro de árbitros com prostitutas e uma situação de alegado ilícito fiscal ocorrido aquando da transferência do jogador Pepe do Marítimo para o F. C. Porto .
De resto, comarcas como Leiria, Madeira, Setúbal, Braga, Évora, Beja ou Aveiro vão receber também um manancial de certidões. Ainda segundo apurámos, estas certidões não vão ser alvo de qualquer tipo de acompanhamento especial por parte da hierarquia do MP, uma vez que, na esmagadora maioria dos casos, tratam-se de situações sem conexão. O andamento dos processos vai andar segundo a livre vontade dos respectivos magistrados.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirma o arquivamento de 127 suspeitas de ilícitos criminais, das quais 94 respeitam a jogos de futebol. Mas isto refere-se a situações apuradas no país inteiro e não só a situações investigadas em Gondomar. "Sobre tais jogos recaiu análise cuidadosa quanto ao seu desenvolvimento incluindo o desempenho da arbitragem", diz o comunicado.
"A partir da abordagem daquelas cento e vinte e sete situações puderam formular-se, a respeito de cada uma, juízos quer de insuficiência de prova quer mesmo de inexistência de qualquer infracção penal", acrescenta. Face a esta informação da PGR, alguns árbitros que foram impedidos de apitar põem a hipótese de processar o Estado.
A notificação da acusação aos 29 arguidos vai ainda demorar alguns dias, dado o número de certidões que têm de ser extraídas. No total, como já adiantou o JN, o despacho, da responsabilidade do procurador adjunto Carlos Teixeira, tem mais de mil folhas, incluindo as partes referente à extracção das 81 certidões, arquivamentos e acusação. Juíza manda apagar escutas que julga não terem interesse
A ainda juíza de instrução criminal do Apito Dourado decidiu mandar apagar dos CD-ROM as intercepções telefónicas que julga não terem interesse para o processo. Disso notificou, ontem, os 16 arguidos que tiveram os seus telefones sob escuta. Acontece, porém, que a medida de Ana Cláudia Nogueira está a ser veementemente contestada pelos advogados dos arguidos, que consideram que algumas das conversas que a juíza pensa não terem interesse sejam, afinal, fulcrais para a defesa, uma vez que podem enquadrar e contextualizar outras conversas avaliadas como indícios de crimes.
Tencionam, por isso, recorrer da decisão.
Entre os arguidos notificados estão Pinto da Costa , Valentim Loureiro, José Oliveira, Pinto de Sousa, António Henriques, Castro Neves, Francisco Costa, João Loureiro, António Araújo , Pedro Sanhudo, Vasco Vilela, Mário Graça, Júlio Mouco, Paulo Paraty, Luís Nunes e Martins dos Santos.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Há sempre um Portugal desconhecido ...

Suspeita de fraude fiscal na transferência de Pepe
MP de Gondomar remete caso para o Porto Uma das certidões extraídas pelo tribunal de Gondomar para o DIAP do Porto tem a ver com a transferência de Pepe do Marítimo para o FC Porto, no defeso de 2004.
O MP de Gondomar encontrou suspeitas de fraude fiscal.Por esclarecer está quem terá tentado enganar as finanças portuguesas, numa transferência que publicamente foi realizada pelo empresário Jorge Mendes.
Pepe chegou ao Marítimo na época de 2001/2002 proveniente do Corinthians Alagoano, clube de que o empresário António Araújo chegou a ser co-proprietário. António Araújo , note-se, é um dos arguidos do processo "Apito Dourado", tendo sido detido em Dezembro de 2005, para ser acusado de 5 crimes de corrupção desportiva e ser sujeito a uma caução de 100 mil euros Pepe chegou ao FC Porto no início da época de 2004/2005 tendo assinado um contrato válido por 5 anos.
Embora não tenham sido revelados números oficiais, a sua transferência para a cidade do Porto terá custado 1 milhão de euros.
O procurador adjunto de Gondomar, Carlos Teixeira, remeteu também uma certidão para o Departamento Central de Investigação e de Acção Penal, em Lisboa, por factos relacionados com eventuais fraudes fiscais envolvendo o Nacional da Madeira